O PS celebra hoje, e bem, os seis meses de liderança da Câmara de Lisboa. Liderança decorrente de uma situação pouco comum na cidade, tal o estado de degradação que recrudescia, devido à governação do PPD.
Inimaginável há uns anos, mas que foi, infelizmente, bem patente até há pouco tempo.
Após seis trágicos anos de (des)governação, a autarquia volta a ter um rumo, um projecto para a cidade, assentes na credibilidade e rigor que António Costa tem desenvolvido como edil da capital, como se tem verificado nestes meses.
Este marco, de meio ano do PS na liderança da autarquia, deve ser também um momento adequado para a reflexão e para encarar o futuro.
E, em política, o futuro deve encarar-se com as devidas e necessárias lições e ilações do que se passou. E estas tanto se devem tirar no momento da derrota como no da vitória.
O PS em Lisboa não quis tirar nenhuma conclusão do resultado de 2005 nem de 2007. Mas devia e precisava de tirar, até porque as responsabilidades são maiores com a condução dos desígnios da autarquia.
O PS em Lisboa não pode, pois, repetir certos actos e posições que se verificaram antes de António Costa ter assumido a candidatura à Câmara Municipal.
Devia ter ficado claro que as hesitações exibidas no tempo de Carmona foram um erro, que a exigência de uma clarificação quanto ao futuro da capital, convocando, para tal, os munícipes a pronunciar-se, devia ter sido assumida, antes mesmo da tardia mas ainda lúcida, reconheça-se, intervenção de Marques Mendes, quando pediu eleições intercalares - tal não era então já o avançado estado de desagregação da autarquia. Situação esta que hoje convoca António Costa para uma árdua e complexa tarefa de endireitar os serviços municipais, para que estes estejam ao serviço da cidade.
O momento deve ser de satisfação para o PS, naturalmente, pois os lisboetas voltaram a ter confiança na sua Câmara, no seu Presidente e no futuro da cidade. Mas o momento tem de ser, também, de rigor e credibilidade, pois os desafios não são fáceis e as dificuldades inúmeras.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
A caminho da final da Taça da Liga
Caro Leonel,
Obrigado pela calorosa saudação!
Vamos ver se o Vitória continua a ter a mesma prestação ao longo da época como teve até ao momento. A saída de Matheus (regressa ao Braga) e Edinho (foi jogar para a Grécia) foram duas baixas relevantes e difíceis de colmatar, dadas as muitas limitações do plantel.
Quanto à final, a malta está animada e num momento único como este as surpresas costumam acontecer.
Seria bom, o Vitória ser a primeira equipa portuguesa a ganhar a Taça da Liga, desde logo pelo valor simbólico do torneio e, naturalmente, de ser o primeiro.
Em Março veremos e desejaremos a grande vitória, do Vitória!
Obrigado pela calorosa saudação!
Vamos ver se o Vitória continua a ter a mesma prestação ao longo da época como teve até ao momento. A saída de Matheus (regressa ao Braga) e Edinho (foi jogar para a Grécia) foram duas baixas relevantes e difíceis de colmatar, dadas as muitas limitações do plantel.
Quanto à final, a malta está animada e num momento único como este as surpresas costumam acontecer.
Seria bom, o Vitória ser a primeira equipa portuguesa a ganhar a Taça da Liga, desde logo pelo valor simbólico do torneio e, naturalmente, de ser o primeiro.
Em Março veremos e desejaremos a grande vitória, do Vitória!
A "pedra no sapato" do PP
Mesmo com o apoio dado pelos principais líderes europeus de direita: Merkel, Sarkozy e Ahren, Rajoy continuará, até ao dia da eleição, com uma pedra, e que pedra, no sapato: a dupla Aguirre/Gallardón, que continuam a dar um triste espectáculo, muito por culpa de Aguirre.
A Presidente da Comunidade de Madrid cada vez que surge numa cerimónia pública, em que também está Gallardón, acaba por dar mais protagonismo ao alcaide de Madrid. Como sucedeu há dias, numa entrega de prémios, em que Aguirre, por birra, saiu da sala onde estava Gallardón.
Rajoy devia ter resolvido o caso de Madrid há muito. Deixou-se conformar e a cada dia que passa rebenta sempre mais um episódio que compromete os populares. O PSOE agradece.
A Presidente da Comunidade de Madrid cada vez que surge numa cerimónia pública, em que também está Gallardón, acaba por dar mais protagonismo ao alcaide de Madrid. Como sucedeu há dias, numa entrega de prémios, em que Aguirre, por birra, saiu da sala onde estava Gallardón.
Rajoy devia ter resolvido o caso de Madrid há muito. Deixou-se conformar e a cada dia que passa rebenta sempre mais um episódio que compromete os populares. O PSOE agradece.
A desistência de Giuliani e o apoio dado a McCain
O ex-Mayor de Nova Iorque assumiu uma estratégia audaz e deu-se mal. Apostou nos grandes Estados, considerando que os pequenos não contam. Mas contam. A táctica podia ter dado certo, mas não deu.
Uma vez mais se nota que os favoritos, à partida, nem sempre conseguem alcançar o seu objectivo. Há quatro anos, Howard Dean era o grande favorito Democrata. Sucumbiu nos primeiros Estados.
Giuliani, antes que saísse humilhado, preferiu dar apoio a quem no Partido Republicano está em melhores condições de ganhar as primárias e a eleição de 4 de Novembro.
Se calhar está a guardar-se para 2012. Caso McCain, ao que tudo indica o nomeado Republicano para disputa deste ano, e ganhar a eleição em Novembro, deverá realizar um só mandato. Giuliani bem pode querer surgir, na próxima eleição, como o seu seguidor.
Uma vez mais se nota que os favoritos, à partida, nem sempre conseguem alcançar o seu objectivo. Há quatro anos, Howard Dean era o grande favorito Democrata. Sucumbiu nos primeiros Estados.
Giuliani, antes que saísse humilhado, preferiu dar apoio a quem no Partido Republicano está em melhores condições de ganhar as primárias e a eleição de 4 de Novembro.
Se calhar está a guardar-se para 2012. Caso McCain, ao que tudo indica o nomeado Republicano para disputa deste ano, e ganhar a eleição em Novembro, deverá realizar um só mandato. Giuliani bem pode querer surgir, na próxima eleição, como o seu seguidor.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Desistência de Edwards
John Edwards abandona a corrida primária Democrata, permitindo, deste modo, aos eleitores uma opção evidente, ou Hillary ou Obama.
Edwards demonstra, assim, que não esteve na corrida para ser um obstáculo, mas um contribuinte da melhoria da disputa Democrata.
Simpatizo com Edwards e espero, tal como há quatro anos, que seja convidado para Vice-Presidente do candidato Democrata.
Seria e gostaria de ver uma dupla na Casa Branca Hillary/Edwards.
Veremos quem ganha a nomeação e que equipa formará.
Do lado Republicano já se pode prever uma dupla McCain/Lieberman.
Edwards demonstra, assim, que não esteve na corrida para ser um obstáculo, mas um contribuinte da melhoria da disputa Democrata.
Simpatizo com Edwards e espero, tal como há quatro anos, que seja convidado para Vice-Presidente do candidato Democrata.
Seria e gostaria de ver uma dupla na Casa Branca Hillary/Edwards.
Veremos quem ganha a nomeação e que equipa formará.
Do lado Republicano já se pode prever uma dupla McCain/Lieberman.
A dinâmica da mudança
Excelente sessão de esclarecimento da candidatura do Miguel Teixeira, ontem à noite, na Secção de Alvalade.
Casa mais do que cheia. Boa apresentação do Miguel, excelente debate político promovido pelos militantes.
Constata-se que os militantes do PS/Lisboa querem ter uma Concelhia activa e que lhes dê a capacidade de escolher.
A dinâmica de mudança está a ganhar dimensão e cada vez mais força.
A mudança está a começar a ter lugar!
Casa mais do que cheia. Boa apresentação do Miguel, excelente debate político promovido pelos militantes.
Constata-se que os militantes do PS/Lisboa querem ter uma Concelhia activa e que lhes dê a capacidade de escolher.
A dinâmica de mudança está a ganhar dimensão e cada vez mais força.
A mudança está a começar a ter lugar!
À beira da nomeação
McCain tem sido uma surpresa pela positiva. Sinceramente, não tive grandes expectativas do Senador do Arizona estar na pole position dos Republicanos nesta altura das primárias, até porque no início as sondagens indicavam Giuliani como grande favorito (é aqui que se deve empregar a célebre frase: as sondagens valem o que valem).
De facto, McCain é um resistente, como o foi no Vietname, não desiste nem quebra perante as dificuldades.
Quando se poderia pensar que, derrotado em 2000, não mais voltaria ao combate presidencial com as mesma probabilidades de vitória que chegou a ter quando disputou a corrida com George W. Bush, ainda por cima, agora, aos 71 anos, McCain demonstra, neste momento, uma vitalidade invejável. E à medida que ganha, mostra-se mais em forma.
Ontem, com a vitória na Florida, o aspirante à Casa Branca obteve um impulso importante e surge em condições de arrebatar mais Estados na super-terça. E o discurso de vitória, hoje de madrugada, elogiando Romney, Giuliani e Huckabee, pretende já evidenciar que ele se começa a assumir como o nomeado.
Giuliani, que arriscou (quase tudo) na Florida, está à beira de perder o sonho presidencial. Se na próxima terça os resultados nos grandes Estados (Califórnia, New Jersey e Nova Iorque, além dos outros) não forem outros que não a vitória, o ex-Mayor de Nova Iorque termina a sua participação na corrida presidencial, uma semana depois de a ter iniciado (uma vez que praticamente ignorou os primeiros Estados).
Pelo menos, com a vitória de McCain há uma certeza: os Republicanos apresentam um candidato que dá condições de confiança e segurança. Razões que nos últimos oito anos estiveram arredadas da Casa Branca.
De facto, McCain é um resistente, como o foi no Vietname, não desiste nem quebra perante as dificuldades.
Quando se poderia pensar que, derrotado em 2000, não mais voltaria ao combate presidencial com as mesma probabilidades de vitória que chegou a ter quando disputou a corrida com George W. Bush, ainda por cima, agora, aos 71 anos, McCain demonstra, neste momento, uma vitalidade invejável. E à medida que ganha, mostra-se mais em forma.
Ontem, com a vitória na Florida, o aspirante à Casa Branca obteve um impulso importante e surge em condições de arrebatar mais Estados na super-terça. E o discurso de vitória, hoje de madrugada, elogiando Romney, Giuliani e Huckabee, pretende já evidenciar que ele se começa a assumir como o nomeado.
Giuliani, que arriscou (quase tudo) na Florida, está à beira de perder o sonho presidencial. Se na próxima terça os resultados nos grandes Estados (Califórnia, New Jersey e Nova Iorque, além dos outros) não forem outros que não a vitória, o ex-Mayor de Nova Iorque termina a sua participação na corrida presidencial, uma semana depois de a ter iniciado (uma vez que praticamente ignorou os primeiros Estados).
Pelo menos, com a vitória de McCain há uma certeza: os Republicanos apresentam um candidato que dá condições de confiança e segurança. Razões que nos últimos oito anos estiveram arredadas da Casa Branca.
Ilegalização do PCTV
A primeira de duas previstas e previsíveis ilegalizações de partidos políticos em Espanha está à beira de acontecer.
O Partido Comunista das Terras Bascas (PCTV) deve ser ilegalizado nas próximas horas, depois de se conhecer a sua ligação à pretensão de sabotar a construção da rede de Alta Velocidade no País Basco, além das fortes e quase indesmentível de ligações e financiamento da ETA.
Resta saber o que acontecerá à ANV, se é autorizado ou não a concorrer às legislativas de 9 de Março.
P.S.- Agora percebe-se o desconforto do PP com a lei da paridade, defendida e implementada pelo PSOE. A constituição das listas de deputados não cumpriam os mínimos requeridos.
O Partido Comunista das Terras Bascas (PCTV) deve ser ilegalizado nas próximas horas, depois de se conhecer a sua ligação à pretensão de sabotar a construção da rede de Alta Velocidade no País Basco, além das fortes e quase indesmentível de ligações e financiamento da ETA.
Resta saber o que acontecerá à ANV, se é autorizado ou não a concorrer às legislativas de 9 de Março.
P.S.- Agora percebe-se o desconforto do PP com a lei da paridade, defendida e implementada pelo PSOE. A constituição das listas de deputados não cumpriam os mínimos requeridos.
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
O que custa na saída de Correia de Campos
Há áreas da governação que são extremamente delicadas por natureza e em que a popularidade dos governantes costuma estar nos patamares mais baixos. Finanças, Saúde e Educação são algumas dessas mais delicadas e fulcrais áreas.
Se em termos de Finanças Teixeira dos Santos tem dado provas da sua competência e qualidade, e os números do seu trabalho não enganam a boa obra que o responsável da Fazenda tem desenvolvido, nas outras áreas delicadas, da Educação e da Saúde, sabia-se que o Governo tinha em Maria de Lurdes Rodrigues e Correia de Campos dois dos melhores governantes.
Se a Ministra da Educação desenvolve uma política necessária, ainda que pouco popular, enfrentando bastantes resistências, sobretudo dos imobilistas do costume que têm grande peso no sector educativo - mas num país que tanto investe em Educação e tão poucos resultados obtém, em comparação com os seus parceiros da OCDE, a situação carecia de mudança, de modo a colocar a Educação ao serviço do desenvolvimento do País, e Maria de Lurdes tem feito isso; já na Saúde, um qualificado técnico da área geria um dos Ministérios que mais orçamento consome do bolo do Estado.
Simpatize-se ou não com Correia de Campos, mas este teve a virtude de estancar o esbanjamento do Ministério da Saúde (e como foi enorme e não orçamentado nos Governos PPD/CDS). Simpatize-se ou não com Correia de Campos, mas este tinha uma política pública de Saúde que, infelizmente, não a concluiu.
Tal como a mulher de César, não basta ser e, a Correia de Campos, faltou o parecer. Os portugueses sabiam, e sabem, que ele é uma pessoa que reúne as qualificações para o cargo, porque sabem que ele tem uma visão para o sector.
Quando tanto dizem que este Governo é de 'show', foi precisamente 'show', com 'powerpoint' o que faltou a Correia de Campos, que há muito devia ter apresentado ao País o seu plano global para o sector. Como não o fez, o que erradicaria todas as dúvidas, poderia causar, como é natural, algumas resistências, mas pelo menos sabia-se ao que vinha e o que ia fazer. Assim, acabou por governar a apagar fogos locais. A imagem pública desgastou-se e o descrédito assomou-se.
Correia de Campos sai do Governo, mas a sua política reformadora do sector não pode terminar, sob pena de se comprometer o serviço público de saúde a médio prazo.
Hoje, muitos podem manifestar alegria com a saída do Ministro, mas não deviam, pois o que custa na saída de Correia de Campos, é saber que deixa de exercer funções alguém que tinha um projecto público para o sector.
Os que hoje 'celebram' são aqueles que querem um Hospital em cada esquina. Mas destes, não se pode esperar que tenham na garantia e valorização do serviço público de Saúde um princípio, apenas transpiram a hipocrisia, porque no fundo não querem saber dos serviços e da qualidade com que o Estado deve prestar aos portugueses.
Se em termos de Finanças Teixeira dos Santos tem dado provas da sua competência e qualidade, e os números do seu trabalho não enganam a boa obra que o responsável da Fazenda tem desenvolvido, nas outras áreas delicadas, da Educação e da Saúde, sabia-se que o Governo tinha em Maria de Lurdes Rodrigues e Correia de Campos dois dos melhores governantes.
Se a Ministra da Educação desenvolve uma política necessária, ainda que pouco popular, enfrentando bastantes resistências, sobretudo dos imobilistas do costume que têm grande peso no sector educativo - mas num país que tanto investe em Educação e tão poucos resultados obtém, em comparação com os seus parceiros da OCDE, a situação carecia de mudança, de modo a colocar a Educação ao serviço do desenvolvimento do País, e Maria de Lurdes tem feito isso; já na Saúde, um qualificado técnico da área geria um dos Ministérios que mais orçamento consome do bolo do Estado.
Simpatize-se ou não com Correia de Campos, mas este teve a virtude de estancar o esbanjamento do Ministério da Saúde (e como foi enorme e não orçamentado nos Governos PPD/CDS). Simpatize-se ou não com Correia de Campos, mas este tinha uma política pública de Saúde que, infelizmente, não a concluiu.
Tal como a mulher de César, não basta ser e, a Correia de Campos, faltou o parecer. Os portugueses sabiam, e sabem, que ele é uma pessoa que reúne as qualificações para o cargo, porque sabem que ele tem uma visão para o sector.
Quando tanto dizem que este Governo é de 'show', foi precisamente 'show', com 'powerpoint' o que faltou a Correia de Campos, que há muito devia ter apresentado ao País o seu plano global para o sector. Como não o fez, o que erradicaria todas as dúvidas, poderia causar, como é natural, algumas resistências, mas pelo menos sabia-se ao que vinha e o que ia fazer. Assim, acabou por governar a apagar fogos locais. A imagem pública desgastou-se e o descrédito assomou-se.
Correia de Campos sai do Governo, mas a sua política reformadora do sector não pode terminar, sob pena de se comprometer o serviço público de saúde a médio prazo.
Hoje, muitos podem manifestar alegria com a saída do Ministro, mas não deviam, pois o que custa na saída de Correia de Campos, é saber que deixa de exercer funções alguém que tinha um projecto público para o sector.
Os que hoje 'celebram' são aqueles que querem um Hospital em cada esquina. Mas destes, não se pode esperar que tenham na garantia e valorização do serviço público de Saúde um princípio, apenas transpiram a hipocrisia, porque no fundo não querem saber dos serviços e da qualidade com que o Estado deve prestar aos portugueses.
Podia-se ter refrescado o Governo
Sócrates substitui ministro da Saúde e da Cultura
O Primeiro-Ministro podia aproveitar a oportunidade para refrescar o Executivo em áreas necessitadas de renovação, como a Economia, Ambiente e Obras Públicas. Assim, mudou, e bem, numa das áreas mais apagadas, a Cultura.
O Primeiro-Ministro podia aproveitar a oportunidade para refrescar o Executivo em áreas necessitadas de renovação, como a Economia, Ambiente e Obras Públicas. Assim, mudou, e bem, numa das áreas mais apagadas, a Cultura.
O perigoso desleixo da linguagem política
«Acho que o dr. Alberto João Jardim quer eternizar-se no poder seguindo o modelo de Augusto Pinochet», disse o porta-voz do PS-M, Jaime Leandro.
Em política, espera-se que quem tem responsabilidades tenha noção do que diz. Por mais que se discorde das opções e atitudes, sobretudo de quem governa, não se pode comparar alhos e bugalhos. Não sou simpatizante nem considero o modelo do Presidente do Governo Regional da Madeira o melhor, mas, felizmente, o arquipélago da Madeira não vive debaixo de um regime como o que existiu no Chile de Pinochet.
Os actuais responsáveis do PS/Madeira, um pouco dados a frases mais do que arrojadas, devem ter isso presente.
Nota-se, aos poucos, por parte de vários políticos, a utilização de um discurso sem memória e, parece, conhecimento de causa.
A linguagem política não se pode banalizar, sob pena de se relativizar a política e actos de regimes autocráticos.
Em política, espera-se que quem tem responsabilidades tenha noção do que diz. Por mais que se discorde das opções e atitudes, sobretudo de quem governa, não se pode comparar alhos e bugalhos. Não sou simpatizante nem considero o modelo do Presidente do Governo Regional da Madeira o melhor, mas, felizmente, o arquipélago da Madeira não vive debaixo de um regime como o que existiu no Chile de Pinochet.
Os actuais responsáveis do PS/Madeira, um pouco dados a frases mais do que arrojadas, devem ter isso presente.
Nota-se, aos poucos, por parte de vários políticos, a utilização de um discurso sem memória e, parece, conhecimento de causa.
A linguagem política não se pode banalizar, sob pena de se relativizar a política e actos de regimes autocráticos.
A brincar com o fogo
Los ministros de Asuntos Exteriores de la Unión Europea (UE) ofrecieron hoy a Serbia firmar el próximo 7 de febrero un Acuerdo de Cooperación Política centrado en el diálogo político, el libre comercio, la supresión de visados y la colaboración en materia educativa.
(...)
en cualquier caso de que si Nikolic gana la segunda vuelta de las elecciones presidenciales "no se firmará ni el Acuerdo de Estabilización ni este acuerdo" y se entrará "en una situación difícil"
Perante o receio de ver o radical Nikolic vencer as eleições presidenciais sérvias do próximo domingo, a UE tenta, à última da hora, abrir as portas aos sérvios.
A abertura o entendimento entre Bruxelas e Belgrado é total, diz a UE, mas, cláusula de condição, tem de ganhar o pró-europeu Tadic.
Depois de vários meses a atiçar os sérvios, com a defesa da independência do Kosovo, e após receber o Primeiro-Ministro kosovar albanês, Thaci, em Bruxelas, onde disse na semana passada que o Kosovo está "a dias de alcançar a independência", a UE parece despertar para uma eleição que pode desembocar num novo conflito nos Balcãs, pois a vitória do candidato radical gera mais receios do que certezas.
No fundo, acaba por ser disparatado Bruxelas dizer que se Tadic não vencer a adesão não se concretiza, pois Nikolic, já sabe, tem os braços do gigante e irmão eslavo, Rússia, disponíveis para apoiar.
Num momento em que a Rússia começa a projectar o seu poderio externo, a Sérvia seria uma primeira vitória na frente ocidental, caso Nikolic vença no domingo.
A UE deu um tiro no pé nestes últimos tempos, com a defesa da independência do Kosovo.
Oxalá a Europa não comece a esvair-se em sangue, como quase sempre os Balcãs são o ponto de erupção.
(...)
en cualquier caso de que si Nikolic gana la segunda vuelta de las elecciones presidenciales "no se firmará ni el Acuerdo de Estabilización ni este acuerdo" y se entrará "en una situación difícil"
Perante o receio de ver o radical Nikolic vencer as eleições presidenciais sérvias do próximo domingo, a UE tenta, à última da hora, abrir as portas aos sérvios.
A abertura o entendimento entre Bruxelas e Belgrado é total, diz a UE, mas, cláusula de condição, tem de ganhar o pró-europeu Tadic.
Depois de vários meses a atiçar os sérvios, com a defesa da independência do Kosovo, e após receber o Primeiro-Ministro kosovar albanês, Thaci, em Bruxelas, onde disse na semana passada que o Kosovo está "a dias de alcançar a independência", a UE parece despertar para uma eleição que pode desembocar num novo conflito nos Balcãs, pois a vitória do candidato radical gera mais receios do que certezas.
No fundo, acaba por ser disparatado Bruxelas dizer que se Tadic não vencer a adesão não se concretiza, pois Nikolic, já sabe, tem os braços do gigante e irmão eslavo, Rússia, disponíveis para apoiar.
Num momento em que a Rússia começa a projectar o seu poderio externo, a Sérvia seria uma primeira vitória na frente ocidental, caso Nikolic vença no domingo.
A UE deu um tiro no pé nestes últimos tempos, com a defesa da independência do Kosovo.
Oxalá a Europa não comece a esvair-se em sangue, como quase sempre os Balcãs são o ponto de erupção.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Um duelo que pode degenerar em irrealismo
Caro Nuno,
Do que me é dado observar, também partilho da sua opinião. Zapatero está a deixar-se enredar pelas teias do PP.
E, esta recente competição, entre PSOE e PP, de quem cria mais postos de trabalho e baixa mais os impostos pode degenerar numa campanha irrealista.
No meu entender, o PSOE não assumiu bem a iminente crise económica mundial que está a ganhar dimensões na campanha das legislativas. A pior postura que se pode ter é embarcar no discurso pouco responsável do PP, que neste momento está a conseguir marcar a agenda política.
Espero que Zapatero se preocupe mais em prestar esclarecimentos e contas aos espanhóis do que ao PP.
P.S.- Em termos de possíveis coligações, com os partidos nacionalistas, é interessante verificar a abertura demonstrada pela CiU e BNG para convergir, em Madrid, só com o PSOE. Apenas o PNV se manifesta indiferente em dialogar com um Governo PSOE ou PP, o que está em causa é o ponto na ordem de trabalhos.
Do que me é dado observar, também partilho da sua opinião. Zapatero está a deixar-se enredar pelas teias do PP.
E, esta recente competição, entre PSOE e PP, de quem cria mais postos de trabalho e baixa mais os impostos pode degenerar numa campanha irrealista.
No meu entender, o PSOE não assumiu bem a iminente crise económica mundial que está a ganhar dimensões na campanha das legislativas. A pior postura que se pode ter é embarcar no discurso pouco responsável do PP, que neste momento está a conseguir marcar a agenda política.
Espero que Zapatero se preocupe mais em prestar esclarecimentos e contas aos espanhóis do que ao PP.
P.S.- Em termos de possíveis coligações, com os partidos nacionalistas, é interessante verificar a abertura demonstrada pela CiU e BNG para convergir, em Madrid, só com o PSOE. Apenas o PNV se manifesta indiferente em dialogar com um Governo PSOE ou PP, o que está em causa é o ponto na ordem de trabalhos.
Folhinhas
Chávez admite mastigar folhas de coca todas as manhãs
É evidente que o mascar folhas de coca, tradição (e refeição) secular em certas zonas da América Latina, não é um crime de lesa pátria. Todavia, o pseudo-biblista-bolivarista, pelo que diz e faz, deve mastigar um outro tipo de folhinhas... se calhar com umas componentes químicas!
É evidente que o mascar folhas de coca, tradição (e refeição) secular em certas zonas da América Latina, não é um crime de lesa pátria. Todavia, o pseudo-biblista-bolivarista, pelo que diz e faz, deve mastigar um outro tipo de folhinhas... se calhar com umas componentes químicas!
Tomar a árvore pela floresta
A crise da esquerda é um dos nossos maiores problemas culturais.
Quando o reputado economistas português João César das Neves toma por base a esquerda pela leitura de Jean-Paul Sartre, claro que as suas teses, de que a esquerda é antiliberal ganha validade.
Porém, esquece-se que a leitura de Sartre (como dos trotskistas e leninistas) não foi, nem é, a dominante na esquerda europeia, que sempre esteve, e está, ao lado da Liberdade e do projecto de construção europeia, conforme muitos socialistas e sociais-democratas desde o fim da II Guerra Mundial se bateram e continuam a assumir.
Infelizmente, ainda há um discurso muito em voga que uma visão liberal se prende exclusivamente com o campo económico. É evidente que para a esquerda democrática o liberalismo económico da Escola de Viena e, depois, de Chicago, não colhe agrado, pela pouca dimensão social que tem. Elementar e determinante para a esquerda. No entanto, antes de ser económica, a visão liberal é política, e nesta a esquerda democrática sempre a teve como pilar essencial dos seus princípios.
Que a esquerda está em transformação, isso, mais do que uma inevitabilidade dos tempos, é inato à própria esquerda democrática. Porém, os princípios continuam os mesmos: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Bem se sabe, conforme a História aprova, que há uma esquerda que tem na Igualdade uma prioridade cimeira com desprezo por todos os outros valores, todavia, não é por acaso que no património da esquerda democrática se enuncia em primeiro lugar a Liberdade.
Quando o reputado economistas português João César das Neves toma por base a esquerda pela leitura de Jean-Paul Sartre, claro que as suas teses, de que a esquerda é antiliberal ganha validade.
Porém, esquece-se que a leitura de Sartre (como dos trotskistas e leninistas) não foi, nem é, a dominante na esquerda europeia, que sempre esteve, e está, ao lado da Liberdade e do projecto de construção europeia, conforme muitos socialistas e sociais-democratas desde o fim da II Guerra Mundial se bateram e continuam a assumir.
Infelizmente, ainda há um discurso muito em voga que uma visão liberal se prende exclusivamente com o campo económico. É evidente que para a esquerda democrática o liberalismo económico da Escola de Viena e, depois, de Chicago, não colhe agrado, pela pouca dimensão social que tem. Elementar e determinante para a esquerda. No entanto, antes de ser económica, a visão liberal é política, e nesta a esquerda democrática sempre a teve como pilar essencial dos seus princípios.
Que a esquerda está em transformação, isso, mais do que uma inevitabilidade dos tempos, é inato à própria esquerda democrática. Porém, os princípios continuam os mesmos: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Bem se sabe, conforme a História aprova, que há uma esquerda que tem na Igualdade uma prioridade cimeira com desprezo por todos os outros valores, todavia, não é por acaso que no património da esquerda democrática se enuncia em primeiro lugar a Liberdade.
Comparações estapafúrdias
O deputado do PPD Mendes Bota comparou a ASAE à PIDE.
Por muita demagogia que queira assumir, há pelo menos uma coisa que Mendes Bota devia preservar, o respeito pelas vítimas da polícia política do Estado Novo. E este respeito não teve.
Por muita demagogia que queira assumir, há pelo menos uma coisa que Mendes Bota devia preservar, o respeito pelas vítimas da polícia política do Estado Novo. E este respeito não teve.
A 'entrada' de Fidel nas presidenciais dos EUA
Giuliani apresenta-se, finalmente, numa corrida das primárias do Partido Republicano para vencer. Depois de vários meses dado como grande favorito, segundo as sondagens, agora é McCain que transporta esta aura.
A Florida surge, assim, como decisiva. Uma derrota de Giuliani na Florida pode comprometer a sua aspiração presidencial. Uma vitória de McCain pode selar o seu favoritismo actual.
A comunidade latina tem um grande peso e em diversos Estados é decisiva (há dias isso foi manifesto no resultado dos Democratas no Nevada, com a maioria dos hispânicos mais próximos de Hillary) e as questões de Cuba, na Florida, dado os 800 mil cubanos residentes neste Estado, são relevantes. Não é por acaso que no vídeo promocional da Florida, Giuliani fala de Fidel,num claro piscar de olhos à comunidade cubana.
Amanhã veremos o resultado, de um Estado importante, onde McCain surge empatado com Romney, seguidos de Huckabee e só depois Giuliani.
A Florida surge, assim, como decisiva. Uma derrota de Giuliani na Florida pode comprometer a sua aspiração presidencial. Uma vitória de McCain pode selar o seu favoritismo actual.
A comunidade latina tem um grande peso e em diversos Estados é decisiva (há dias isso foi manifesto no resultado dos Democratas no Nevada, com a maioria dos hispânicos mais próximos de Hillary) e as questões de Cuba, na Florida, dado os 800 mil cubanos residentes neste Estado, são relevantes. Não é por acaso que no vídeo promocional da Florida, Giuliani fala de Fidel,num claro piscar de olhos à comunidade cubana.
Amanhã veremos o resultado, de um Estado importante, onde McCain surge empatado com Romney, seguidos de Huckabee e só depois Giuliani.
PSOE e PP reforçam o PNV no País Basco
ANV insiste en que estará en elecciones para decir "sí a la independencia"
Caro Nuno,
Quando tudo aponta para a ilegalização da ANV e do PCTV, considerei curioso Baltasar Garzón ter autorizado o comício da ANV deste fim-de-semana.
Penso que Madrid está a estigmatizar demasiado o País Basco. Primeiro, a condenação a Atuxta (Presidente do Parlamento basco que se recusou ilegalizar o grupo Sozialista Abertzaleak - a manifestação de apoio a Atuxta no sábado em Bilbao foi significativa); agora a iminente ilegalização dos referidos partidos.
Indo ao encontro da sua leitura, da decisão da vitória de 9 de Março poder residir no País Basco e na Catalunha, com a qual concordo em certa parte (pois há outras regiões decisivas, como a Andaluzia, onde decorre eleições ao mesmo tempo para o Governo regional, o que pode aumentar a votação do PSOE - e veremos os resultados do PP em Madrid, depois do caso Galladón/Aguirre, entre outras regiões, como Valência, tradicionalmente PP e onde o PSOE aposta forte, com a número 2 do Governo), penso que esta atitude para com os partidos da Euskadi, se o PSOE ou o PP consideram poder beneficiar disso, tal mais não deverá fazer do que dar mais força ao PNV do lendakari Ibarretxe.
A ANV diz querer apresentar-se às eleições, como é óbvio. Porém, se tal não suceder, tal como o PCTV, é o PNV quem deverá ganhar.
Nesta luta por ver quem é mais anti-ETA, que o PSOE deixou embarcar-se de certo modo pela lengalenga do PP, os bascos devem afastar-se mais dos partidos nacionais e optar pelo principal partido basco.
Caro Nuno,
Quando tudo aponta para a ilegalização da ANV e do PCTV, considerei curioso Baltasar Garzón ter autorizado o comício da ANV deste fim-de-semana.
Penso que Madrid está a estigmatizar demasiado o País Basco. Primeiro, a condenação a Atuxta (Presidente do Parlamento basco que se recusou ilegalizar o grupo Sozialista Abertzaleak - a manifestação de apoio a Atuxta no sábado em Bilbao foi significativa); agora a iminente ilegalização dos referidos partidos.
Indo ao encontro da sua leitura, da decisão da vitória de 9 de Março poder residir no País Basco e na Catalunha, com a qual concordo em certa parte (pois há outras regiões decisivas, como a Andaluzia, onde decorre eleições ao mesmo tempo para o Governo regional, o que pode aumentar a votação do PSOE - e veremos os resultados do PP em Madrid, depois do caso Galladón/Aguirre, entre outras regiões, como Valência, tradicionalmente PP e onde o PSOE aposta forte, com a número 2 do Governo), penso que esta atitude para com os partidos da Euskadi, se o PSOE ou o PP consideram poder beneficiar disso, tal mais não deverá fazer do que dar mais força ao PNV do lendakari Ibarretxe.
A ANV diz querer apresentar-se às eleições, como é óbvio. Porém, se tal não suceder, tal como o PCTV, é o PNV quem deverá ganhar.
Nesta luta por ver quem é mais anti-ETA, que o PSOE deixou embarcar-se de certo modo pela lengalenga do PP, os bascos devem afastar-se mais dos partidos nacionais e optar pelo principal partido basco.
Possível ano de viragem no PS francês
Este pode ser um ano de viragem definitiva no PS francês, a mudança há muito esperada, depois de anos de marasmo com líderes agarrados aos seus lugares, em vez de estarem interessados na realidade do país.
No Congresso do próximo Outono podem surgir dois candidatos que têm como objectivo central apresentar-se nas presidenciais de 2012 como verdadeira alternativa ao hiper mediático e até agora pouco produtivo Sarkozy.
Ségolène já anunciou a sua ambição em liderar o PS e Bertrand Delanöe, actual Presidente da Câmara de Paris, se revalidar o mandato em Março próximo, nos comandos da capital francesa pode, com o capital público recebido, aventurar-se numa candidatura à liderança do PSF.
Os militantes socialistas franceses poderão, assim, ter duas escolhas de futuro. Finalmente!
No Congresso do próximo Outono podem surgir dois candidatos que têm como objectivo central apresentar-se nas presidenciais de 2012 como verdadeira alternativa ao hiper mediático e até agora pouco produtivo Sarkozy.
Ségolène já anunciou a sua ambição em liderar o PS e Bertrand Delanöe, actual Presidente da Câmara de Paris, se revalidar o mandato em Março próximo, nos comandos da capital francesa pode, com o capital público recebido, aventurar-se numa candidatura à liderança do PSF.
Os militantes socialistas franceses poderão, assim, ter duas escolhas de futuro. Finalmente!
domingo, 27 de janeiro de 2008
A boa lição de Hessen
A CDU perdeu hoje a eleição no land de Hessen, onde era poder.
Roland Koch, que se recandidatava ao lugar de Presidente deste importante land alemão, mereceu perder, pela campanha xenófoba que desenvolveu. Inaceitável num dirigente de um partido com a responsabilidade da CDU.
Procurando explorar uma matéria sensível para qualquer comunidade, como a Segurança, dizendo ao longo da campanha que a insegurança que o país vive é culpa dos imigrantes, a comunidade de Hessen acabou por provar nas urnas que as leituras extremistas, que os tempos podem convidar a aceitar, não passam.
Mais do que a assinalável vitória do SPD, imprevista há uns tempos, foi a derrota da CDU, pela hipocrisia da sua postura, que mereceu, e bem, a reprovação das urnas.
Quanto à possibilidade desta derrota ter chamuscado a liderança federal da Chanceler da CDU Angela Merkel, como vários comentários têm indicado, não estou tão certo disso. Aliás, sendo Koch adversário interno de Merkel, ao que consta com pretensões de ser Chanceler alemão, é menos um oponente interno a procurar obstruir a sua política.
A CDU perde um land - ganha o da Baixa Saxónia, a outra eleição do dia - e deve aprender a lição, de que partidos com elevadas responsabilidades não devem enveredar por posturas irresponsáveis.
A população de Hessen deu hoje, à Europa, uma boa lição. Importa separar o trigo do joio.
Roland Koch, que se recandidatava ao lugar de Presidente deste importante land alemão, mereceu perder, pela campanha xenófoba que desenvolveu. Inaceitável num dirigente de um partido com a responsabilidade da CDU.
Procurando explorar uma matéria sensível para qualquer comunidade, como a Segurança, dizendo ao longo da campanha que a insegurança que o país vive é culpa dos imigrantes, a comunidade de Hessen acabou por provar nas urnas que as leituras extremistas, que os tempos podem convidar a aceitar, não passam.
Mais do que a assinalável vitória do SPD, imprevista há uns tempos, foi a derrota da CDU, pela hipocrisia da sua postura, que mereceu, e bem, a reprovação das urnas.
Quanto à possibilidade desta derrota ter chamuscado a liderança federal da Chanceler da CDU Angela Merkel, como vários comentários têm indicado, não estou tão certo disso. Aliás, sendo Koch adversário interno de Merkel, ao que consta com pretensões de ser Chanceler alemão, é menos um oponente interno a procurar obstruir a sua política.
A CDU perde um land - ganha o da Baixa Saxónia, a outra eleição do dia - e deve aprender a lição, de que partidos com elevadas responsabilidades não devem enveredar por posturas irresponsáveis.
A população de Hessen deu hoje, à Europa, uma boa lição. Importa separar o trigo do joio.
Gaza encurralada
Egipto acepta un plan de Abbas para que Al Fatah controle el paso de Rafah
Será muy difícil aplicar el plan, ya que Hamás, que controla Gaza, se niega a aceptarlo.- Olmert garantiza a Abbas que permitirá el paso de ayuda humanitaria a la franja
O erro persiste. De que vale encarar Gaza sem contar com o principal actor da Faixa, o Hamas?
Será muy difícil aplicar el plan, ya que Hamás, que controla Gaza, se niega a aceptarlo.- Olmert garantiza a Abbas que permitirá el paso de ayuda humanitaria a la franja
O erro persiste. De que vale encarar Gaza sem contar com o principal actor da Faixa, o Hamas?
Recordar Caldwell
A propósito da esmagadora e previsível vitória de Obama na Carolina do Sul, vale a pena recordar um dos grandes escritores norte-americanos do século XX: Erskine Caldwell.
Elemento da famosa "geração perdida", como definiu Gertrud Stein, Caldwell não tem, entre nós, a projecção de um Hemingway, de um Fitzgerald, de um Faulkner ou de um Steinbeck, mas tem obras marcantes, pelas questões que abordou nos seus trabalhos (raciais, de género, vincadamente marcadas nos Estados do sul pela quase ausência de Direitos) e ontem, com a votação que Obama e Hillary receberam num Estado do sul, as obras de Caldwell entraram, de vez, num novo patamar, a de uma América de outros tempos, já distantes, quando não havia igualdades nem oportunidades para todos.
Elemento da famosa "geração perdida", como definiu Gertrud Stein, Caldwell não tem, entre nós, a projecção de um Hemingway, de um Fitzgerald, de um Faulkner ou de um Steinbeck, mas tem obras marcantes, pelas questões que abordou nos seus trabalhos (raciais, de género, vincadamente marcadas nos Estados do sul pela quase ausência de Direitos) e ontem, com a votação que Obama e Hillary receberam num Estado do sul, as obras de Caldwell entraram, de vez, num novo patamar, a de uma América de outros tempos, já distantes, quando não havia igualdades nem oportunidades para todos.
O desaparecimento do ditador
Indonésia decreta sete dias de luto pela morte do ex-ditador Suharto
A morte de alguém não se deseja, nem mesmo de um tirano, que acabou por não ser julgado pelas atrocidades que cometeu.
A morte de alguém não se deseja, nem mesmo de um tirano, que acabou por não ser julgado pelas atrocidades que cometeu.
sábado, 26 de janeiro de 2008
A dinâmica da mudança
A sessão de ontem à noite, a primeira da candidatura do Miguel Teixeira à Concelhia de Lisboa do PS, em Campo de Ourique, dedicada às Freguesias, foi bastante interessante.
Mesmo não podendo contar com a participação de Leonor Coutinho, por um imprevisto de última hora visto que esteve na SIC/Notícias onde foi entrevistada, Paulo Machado deu um excelente contributo, através de um enquadramento da realidade da cidade e o papel das Juntas de Freguesias na sua dinâmica, procedendo, posteriormente, à apresentação de um conjunto de respostas e soluções que se podem dar para os problemas e desafios que a cidade e, em particular, as freguesias enfrentam.
As palavras do Paulo Machado permitiram estimular a reflexão e o debate sobre as competências das Juntas de Freguesia e a forma como se encara a cidade.
Os meios, as competências, as responsabilidades, as limitações, nomeadamente no âmbito que a sessão focava: Educação, Ambiente e Solidariedade, entre outros, acabaram por ser debatidos por vários camaradas.
Como seria quase inevitável, a reforma administrativa da cidade foi focada.
A necessidade dos militantes de todas as secções do PS/Lisboa, e em especial, dos seus autarcas, de Juntas e Assembleias de Freguesia, terem um palavra a dizer foi sublinhada, pois, melhor do que ninguém, quem está no terreno conhece bem a realidade e tem uma palavra e um contributo decisivos nesta matéria, que não podem ser menorizados. Pelo contrário.
No encerramento, o Miguel Teixeira destacou, além da pertinência do tema, a qualidade do debate político que se tinha registado na sessão e que é preciso devolver aos militantes, não apenas em período de campanha, mas ao longo de todo o mandato e em todas as secções da cidade. Focando a temática da sessão, o Miguel enunciou algumas das suas prioridades em termos de política autárquica, quer em termos de inovação de métodos quer de novas abordagens que precisam ser assumidas. Medidas que cumprirá na Concelhia e contribuirão para uma nova fase no PS/Lisboa, colocando, finalmente, a Concelhia de Lisboa ao serviço dos actuais e futuros eleitos das 53 Freguesias da cidade, numa lógica de articulação e complementaridade do trabalho dos eleitos socialistas.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
É preciso topete
Ouvi, há pouco, na SIC/Notícias, o ex-edil alfacinha e actual líder da bancada parlamentar do PPD referir que no seu tempo havia obra na Câmara Municipal de Lisboa e, agora, com o PS, nada se faz e nada acontece. Não há obra, referia amiúde.
Em termos de buraco orçamental, Santana Lopes sacudiu a água do seu capote, referindo que o buraco não era do seu mandato, dando a entender que era obra dos socialistas.
E, qual cereja no topo do bolo, Santana Lopes disse, se fosse o actual Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o Parque Mayer renascido estaria à beira de abrir.
De duas uma, ou Santana Lopes estava a brincar com os telespectadores ou esquece-se de parte da história recente de Lisboa.
No tempo de Santana, obra, a única que houve, foram duas: o buraco orçamental, que duplicou sem qualquer obra visível; e, a obra de fachada, anunciando mundos e fundos. Quem é que não se lembra de percorrer Lisboa e deparar-se, sobretudo junto à frente ribeirinha, dos Olivais praticamente até Belém, nuns anúncios, enormes, prometendo obras arquitectónicas desde Foster a Piano – com a célebre frase “aqui vai nascer”?
Quanto ao Parque Mayer, então, nem devia falar. Prometeu, em 2001, se ganhasse a eleição, que ao fim de oito meses, oito!, o Parque Mayer abriria como novo. Anos depois, o Parque Mayer apenas recebeu intenções da dupla Santana/Carmona, que, nesses mesmos anos de liderança municipal esbanjaram dois milhões de euros em estudos encomendados a Frank Gehry... para nada.
O Parque Mayer, entretanto, continuava a degradar-se.
E o Túnel do Marquês, tal como o Parque Mayer, nem devia ser referido por Santana. Uma obra que gosta de fazer ostentar, como a sua marca na cidade. Mas, veja-se, então, a marca: além de todas as trapalhadas do projecto, ainda está um troço por abrir e, mais grave, o túnel está todo por pagar. Um factura que este Executivo municipal, liderado por António Costa, terá de pagar.
Já se percebeu que há uma nítida vontade de Santana se fazer chegar à frente e querer assumir, em 2009, a candidatura laranja à Câmara de Lisboa. O que é legítimo. Porém, falta legitimidade em falar do estado da cidade, quando a sua (des)governação contribuiu tanto para que Lisboa, em vez de progredir, regredisse nos últimos anos.
Em termos de buraco orçamental, Santana Lopes sacudiu a água do seu capote, referindo que o buraco não era do seu mandato, dando a entender que era obra dos socialistas.
E, qual cereja no topo do bolo, Santana Lopes disse, se fosse o actual Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o Parque Mayer renascido estaria à beira de abrir.
De duas uma, ou Santana Lopes estava a brincar com os telespectadores ou esquece-se de parte da história recente de Lisboa.
No tempo de Santana, obra, a única que houve, foram duas: o buraco orçamental, que duplicou sem qualquer obra visível; e, a obra de fachada, anunciando mundos e fundos. Quem é que não se lembra de percorrer Lisboa e deparar-se, sobretudo junto à frente ribeirinha, dos Olivais praticamente até Belém, nuns anúncios, enormes, prometendo obras arquitectónicas desde Foster a Piano – com a célebre frase “aqui vai nascer”?
Quanto ao Parque Mayer, então, nem devia falar. Prometeu, em 2001, se ganhasse a eleição, que ao fim de oito meses, oito!, o Parque Mayer abriria como novo. Anos depois, o Parque Mayer apenas recebeu intenções da dupla Santana/Carmona, que, nesses mesmos anos de liderança municipal esbanjaram dois milhões de euros em estudos encomendados a Frank Gehry... para nada.
O Parque Mayer, entretanto, continuava a degradar-se.
E o Túnel do Marquês, tal como o Parque Mayer, nem devia ser referido por Santana. Uma obra que gosta de fazer ostentar, como a sua marca na cidade. Mas, veja-se, então, a marca: além de todas as trapalhadas do projecto, ainda está um troço por abrir e, mais grave, o túnel está todo por pagar. Um factura que este Executivo municipal, liderado por António Costa, terá de pagar.
Já se percebeu que há uma nítida vontade de Santana se fazer chegar à frente e querer assumir, em 2009, a candidatura laranja à Câmara de Lisboa. O que é legítimo. Porém, falta legitimidade em falar do estado da cidade, quando a sua (des)governação contribuiu tanto para que Lisboa, em vez de progredir, regredisse nos últimos anos.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
O regresso esperado
A demissão de Prodi acaba por criar todas as condições para o regresso ao poder de Il Cavalieri.
Será a terceira vez que Berlusconi assumirá o Governo de Itália.
Será a terceira vez que Berlusconi assumirá o Governo de Itália.
Provocações
O primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaçi, revelou hoje que proclamação unilateral da independência da província, formalmente parte integrante da Sérvia, está presa por “uma questão de dias”.
Pelos vistos, os albaneses do Kosovo querem que o candidato nacionalista, Tomislav Nikolic, vença a segunda volta das eleições presidenciais sérvias, do próximo dia 3 de Fevereiro.
Com estas declarações, só pode querer o triunfo do radicalismo.
Nikolic dificilmente encontraria melhor apoio e palavras mais apelativas ao voto na sua candidatura.
Pelos vistos, os albaneses do Kosovo querem que o candidato nacionalista, Tomislav Nikolic, vença a segunda volta das eleições presidenciais sérvias, do próximo dia 3 de Fevereiro.
Com estas declarações, só pode querer o triunfo do radicalismo.
Nikolic dificilmente encontraria melhor apoio e palavras mais apelativas ao voto na sua candidatura.
Boas notícias
O Primeiro-Ministro grego esteve de visita oficial à Turquia.
Estados outrora desavindos, Grécia e Turquia ainda têm os seus diferendos, que se podem encontrar manifestos em Chipre, com a divisão da ilha e das duas comunidades (pertencendo a parte grega ao espaço europeu e a turca não tendo qualquer reconhecimento internacional, à excepção de Ancara que reconhece a República Turca do Chipre).
Foi bom tomar conhecimento que a Grécia se mostra adepta da adesão turca à União Europeia.
Aos poucos, várias chancelarias europeias manifestam publicamente e sem reticências o seu apoio a Ancara.
Já faltam poucos meses para um encontro decisivo, antes do Verão, entre Erdogan, Primeiro-Ministro turco, e os principais rostos europeus adversários da adesão turca, Merkel e Sarkozy.
Sem desprimor de outras capitais, a posição de Atenas, como de Nicósia, nesta matéria, é relevante e conta. Oxalá Berlim e Paris sigam o exemplo grego.
Estados outrora desavindos, Grécia e Turquia ainda têm os seus diferendos, que se podem encontrar manifestos em Chipre, com a divisão da ilha e das duas comunidades (pertencendo a parte grega ao espaço europeu e a turca não tendo qualquer reconhecimento internacional, à excepção de Ancara que reconhece a República Turca do Chipre).
Foi bom tomar conhecimento que a Grécia se mostra adepta da adesão turca à União Europeia.
Aos poucos, várias chancelarias europeias manifestam publicamente e sem reticências o seu apoio a Ancara.
Já faltam poucos meses para um encontro decisivo, antes do Verão, entre Erdogan, Primeiro-Ministro turco, e os principais rostos europeus adversários da adesão turca, Merkel e Sarkozy.
Sem desprimor de outras capitais, a posição de Atenas, como de Nicósia, nesta matéria, é relevante e conta. Oxalá Berlim e Paris sigam o exemplo grego.
Porca miseria
La pelea se ha desatado cuando Nuccio Cusumano, uno de los tres senadores del UDEUR –el partido que ha abandonado la coalición en el poder y desatado la crisis de Gobierno- ha dicho que apoyará a Prodi, lo que ha originado que se compañero de partido Tommaso Barbato se dirigiera hacia su escaño gritándole "vendido, cornudo y pedazo de mierda". Inmediatamente el hemiciclo se ha convertido en un hervidero de acusaciones, cuando se oía a Cusumano decir "maricón, eres una basura, eres una puta, eres una muñequita”, entre otros insultos que han proferido los senadores de la oposición de centroderecha.
As palavras foram proferidas no Senado italiano. A causa do aceso debate prende-se com a manutenção ou queda do Governo liderado por Romano Prodi.
Esta situação é resultado da alegada corrupção do ex-Ministro da Justiça, de Prodi, e respectiva mulher.
Como consequência da saída, o Ministro cessante, Mastella, líder da Udeur (democrata-cristão), declarou ontem ser a favor de eleições atencipadas. A crise iminente consumou-se.
Ontem, o Parlamento transalpino aprovou folgadamente o voto de confiança, porém, o Governo de Prodi tinha o teste mais difícil hoje, no Senado, onde tinha, à partida, uma escassíssima maioria.
Tendo a Udeur três eleitos no Senado, e a Prodi basta apenas um voto para se manter no poder, previa-se que o Governo pudesse cair hoje. Ora, um dos eleitos da Udeur manifestou que votaria a favor da continuidade do Executivo de centro-esquerda e, desse modo, rompe com a disciplina de voto do partido e evita eleições antecipadas.
Assim, percebe-se a troca de mimos entre Senadores. A linguagem empregue não esconde nada do que cada um pensa.
E ainda nos queixamos dos nossos políticos e do pouco protagonismo do nosso hemiciclo.
Provavelmente, este debate chama a atenção e concentra os olhares de muitas pessoas no palco político. Infelizmente, não pelas melhores razões.
As palavras foram proferidas no Senado italiano. A causa do aceso debate prende-se com a manutenção ou queda do Governo liderado por Romano Prodi.
Esta situação é resultado da alegada corrupção do ex-Ministro da Justiça, de Prodi, e respectiva mulher.
Como consequência da saída, o Ministro cessante, Mastella, líder da Udeur (democrata-cristão), declarou ontem ser a favor de eleições atencipadas. A crise iminente consumou-se.
Ontem, o Parlamento transalpino aprovou folgadamente o voto de confiança, porém, o Governo de Prodi tinha o teste mais difícil hoje, no Senado, onde tinha, à partida, uma escassíssima maioria.
Tendo a Udeur três eleitos no Senado, e a Prodi basta apenas um voto para se manter no poder, previa-se que o Governo pudesse cair hoje. Ora, um dos eleitos da Udeur manifestou que votaria a favor da continuidade do Executivo de centro-esquerda e, desse modo, rompe com a disciplina de voto do partido e evita eleições antecipadas.
Assim, percebe-se a troca de mimos entre Senadores. A linguagem empregue não esconde nada do que cada um pensa.
E ainda nos queixamos dos nossos políticos e do pouco protagonismo do nosso hemiciclo.
Provavelmente, este debate chama a atenção e concentra os olhares de muitas pessoas no palco político. Infelizmente, não pelas melhores razões.
A dinâmica da mudança
Tenho encontrado vários camaradas do PS/Lisboa e muitos manifestam desânimo e desagrado com o estado letárgico em que se encontra a Concelhia de Lisboa, ao mesmo tempo que referem ser impreterível mudar.
A falta de valorização da militância, a importância de contar com espaços políticos que sejam, de facto, consequentes e valorativos da participação e intervenção de cada um, são as mais elementares e legítimas pretensões de muitos militantes, que querem ter o seu PS, em Lisboa, activo e dinâmico.
Noto, também, que a candidatura do Miguel Teixeira começa a ser encarada como mais do que uma alternativa ao actual estado mórbido da Concelhia, não sendo encarada como uma candidatura que surge só para mudar pelo simples mudar, mas uma candidatura que se afirma e consolida como a viragem de capítulo no PS/Lisboa.
Gosto de notar o entusiasmo com que várias pessoas estão a encarar a primeira sessão de campanha, amanhã à noite, num espaço público, em Campo de Ourique, o Canas, centrando-se no papel decisivo das Freguesias na transformação e mudança da Cidade em áreas chave, como a Educação, o Ambiente e a Solidariedade. Uma sessão que destaca, por outro lado, a importância que os autarcas das Juntas e das Assembleias de Freguesia do PS desempenham em Lisboa, estejam no poder ou na oposição da Freguesia.
Afinal, os autarcas de Freguesia merecem e precisam de contar com o apoio da Concelhia, que não se pode resumir, quando há, ao período eleitoral.
A falta de valorização da militância, a importância de contar com espaços políticos que sejam, de facto, consequentes e valorativos da participação e intervenção de cada um, são as mais elementares e legítimas pretensões de muitos militantes, que querem ter o seu PS, em Lisboa, activo e dinâmico.
Noto, também, que a candidatura do Miguel Teixeira começa a ser encarada como mais do que uma alternativa ao actual estado mórbido da Concelhia, não sendo encarada como uma candidatura que surge só para mudar pelo simples mudar, mas uma candidatura que se afirma e consolida como a viragem de capítulo no PS/Lisboa.
Gosto de notar o entusiasmo com que várias pessoas estão a encarar a primeira sessão de campanha, amanhã à noite, num espaço público, em Campo de Ourique, o Canas, centrando-se no papel decisivo das Freguesias na transformação e mudança da Cidade em áreas chave, como a Educação, o Ambiente e a Solidariedade. Uma sessão que destaca, por outro lado, a importância que os autarcas das Juntas e das Assembleias de Freguesia do PS desempenham em Lisboa, estejam no poder ou na oposição da Freguesia.
Afinal, os autarcas de Freguesia merecem e precisam de contar com o apoio da Concelhia, que não se pode resumir, quando há, ao período eleitoral.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
As crises ilusórias que nos afectam
A crise com que estes dias se tenta intoxicar os mercados é mais um contributo para a instabilidade global, de tal modo que, mesmo não existindo crise, esta pressente-se.
Não é por causa da tragédia em que mergulhou o Quénia ou os jogos de poder em Israel que conduzem ao isolamento de Gaza que contribuíram para a situação presente. Não houve furacões nem o cartel da OPEP fez uma jogada para aumentar o preço do barril de petróleo. Mas, aqui há gato... A quem interessará esta circunstância? Resta saber.
Talvez lá para o final do ano, quando se avistar novo inquilino na Casa Branca, o mundo possa voltar a encontrar mais certezas e seguranças.
Falta confiança (e liderança) nestas alturas, pois como os tempos estão, qualquer sopro parece um vendaval.
Não é por causa da tragédia em que mergulhou o Quénia ou os jogos de poder em Israel que conduzem ao isolamento de Gaza que contribuíram para a situação presente. Não houve furacões nem o cartel da OPEP fez uma jogada para aumentar o preço do barril de petróleo. Mas, aqui há gato... A quem interessará esta circunstância? Resta saber.
Talvez lá para o final do ano, quando se avistar novo inquilino na Casa Branca, o mundo possa voltar a encontrar mais certezas e seguranças.
Falta confiança (e liderança) nestas alturas, pois como os tempos estão, qualquer sopro parece um vendaval.
Dias decisivos '1º de dois assaltos' para Prodi
Prodi enfrenta hoje a moção de confiança no Parlamento italiano, onde deverá receber um apoio maioritário.
A chave decisiva deste 'combate' está no Senadao, onde amanhã se vota a aprovação ou rejeição deste Governo.
Depois da saída dos apoiantes democratas-cristãos, à partida, a oposição conta, no Senado, com mais um voto do que ala que apoia Prodi.
A seguir... pois as eleições estão na iminência de serem convocadas pelo Presidente de Itália.
A chave decisiva deste 'combate' está no Senadao, onde amanhã se vota a aprovação ou rejeição deste Governo.
Depois da saída dos apoiantes democratas-cristãos, à partida, a oposição conta, no Senado, com mais um voto do que ala que apoia Prodi.
A seguir... pois as eleições estão na iminência de serem convocadas pelo Presidente de Itália.
As lacunas internas são as grandes ameaças russas
A elite intelectual russa reuniu esta terça-feira em Moscovo o Fórum Cívico para ouvir a primeira grande intervenção política de Dmitry Medvedev. O protegido de Vladimir Putin, provável vencedor das presidenciais de Março, aposta em transformar a Rússia numa das cinco principais economias mundiais.
A ambição do próximo Presidente russo, Medvedev, de ter o seu país nos cinco lugares cimeiros das economias mundiais é bem provável. Quanto mais se agudiza a instabilidade internacional, seja por razões energéticas seja por motivos de terrorismo, a Rússia ganha, pois os seus principais concorrentes ocidentais são alvos destas maleitas.
Mas, a Rússia, apesar de ter na presente conjuntura externa uma aliada, e continuará a enriquecer-se cada vez mais à custa do gás e do petróleo, tem as suas lacunas. E essas, que não são poucas, estão na sua casa e são o grande desafio do poder russo.
Sem reformar o país, tornando-o social e economicamente mais forte, promovendo melhores condições de vida, combater a corrupção, consolidar as instituições públicas, colocando-as ao serviço das pessoas e não do poder político, a Rússia continuará a ser um gigante com pés de barro. Sem esquecer o dramático declínio demográfico que afecta a Federação Russa.
Ao contrário do próximo Presidente norte-americano, dependente da situação externa para adequar a sua política interna, o desafio do sucessor de Putin reside no interior, isto, claro está, se quiser, como quer obviamente, projectar o poder da Rússia à escala global.
A ambição do próximo Presidente russo, Medvedev, de ter o seu país nos cinco lugares cimeiros das economias mundiais é bem provável. Quanto mais se agudiza a instabilidade internacional, seja por razões energéticas seja por motivos de terrorismo, a Rússia ganha, pois os seus principais concorrentes ocidentais são alvos destas maleitas.
Mas, a Rússia, apesar de ter na presente conjuntura externa uma aliada, e continuará a enriquecer-se cada vez mais à custa do gás e do petróleo, tem as suas lacunas. E essas, que não são poucas, estão na sua casa e são o grande desafio do poder russo.
Sem reformar o país, tornando-o social e economicamente mais forte, promovendo melhores condições de vida, combater a corrupção, consolidar as instituições públicas, colocando-as ao serviço das pessoas e não do poder político, a Rússia continuará a ser um gigante com pés de barro. Sem esquecer o dramático declínio demográfico que afecta a Federação Russa.
Ao contrário do próximo Presidente norte-americano, dependente da situação externa para adequar a sua política interna, o desafio do sucessor de Putin reside no interior, isto, claro está, se quiser, como quer obviamente, projectar o poder da Rússia à escala global.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Balão de oxigénio para Romney e Huckabee
Thompson abandons White House bid
Como se referiu aqui, há dez dias:
Para já, pode ter-se quase a certeza, devido aos resultados obtidos, Thompson, que ainda foi visto como um possível novo Ronald Reagan (por causa da semelhança da carreira de ambos, da 7ª Arte para a política), está fora da corrida Republicana. Resta aguardar a sua desistência.
Consumada, agora, a desistência de Thompson, esta beneficia duas das principais quatro candidaturas do Partido Republicano, as mais conservadoras e de contornos religiosos: Romney e Huckabee. E, isto sucede num momento em que a disputa Republicana tende a afunilar para dois candidatos, McCain e Giuliani.
Com menos uma candidatura, os rostos mais conservadores da disputa primária Republicana recebem um importante balão de oxigénio, dado que o eleitorado de Thompson deverá optar por Huckabee ou Romney.
Há poucos dias verificou-se que Huckabee não triunfou na Carolina do Sul devido à elevada votação que Thompson recolheu.
Uma vez que estão em disputa vários Estados do sul, dos dois beneficiados da saída de Thompson, Huckabee deve ser o que mais ganha, pois a influência de Romney é mais a norte.
Para continuar a acompanhar esta interessante disputa.
Como se referiu aqui, há dez dias:
Para já, pode ter-se quase a certeza, devido aos resultados obtidos, Thompson, que ainda foi visto como um possível novo Ronald Reagan (por causa da semelhança da carreira de ambos, da 7ª Arte para a política), está fora da corrida Republicana. Resta aguardar a sua desistência.
Consumada, agora, a desistência de Thompson, esta beneficia duas das principais quatro candidaturas do Partido Republicano, as mais conservadoras e de contornos religiosos: Romney e Huckabee. E, isto sucede num momento em que a disputa Republicana tende a afunilar para dois candidatos, McCain e Giuliani.
Com menos uma candidatura, os rostos mais conservadores da disputa primária Republicana recebem um importante balão de oxigénio, dado que o eleitorado de Thompson deverá optar por Huckabee ou Romney.
Há poucos dias verificou-se que Huckabee não triunfou na Carolina do Sul devido à elevada votação que Thompson recolheu.
Uma vez que estão em disputa vários Estados do sul, dos dois beneficiados da saída de Thompson, Huckabee deve ser o que mais ganha, pois a influência de Romney é mais a norte.
Para continuar a acompanhar esta interessante disputa.
Oposição
O CDS-PP propôs hoje a realização de um debate temático no Parlamento sobre a crise dos mercados financeiros para medir o seu impacto na economia portuguesa cujos indicadores considerou serem fracos
Quando o estado da oposição é um descalabro, sobretudo aquele em que se encontra o maior partido da oposição, com um líder mais interessado nos comentadores do país do que na realidade de Portugal, é um bom sinal quando se avista um contributo positivo, como o CDS pretende dar com esta proposta de debater a crise dos mercados financeiros no Parlamento.
Haja na oposição pelo menos alguém que ainda justifique a sua função política.
Quando o estado da oposição é um descalabro, sobretudo aquele em que se encontra o maior partido da oposição, com um líder mais interessado nos comentadores do país do que na realidade de Portugal, é um bom sinal quando se avista um contributo positivo, como o CDS pretende dar com esta proposta de debater a crise dos mercados financeiros no Parlamento.
Haja na oposição pelo menos alguém que ainda justifique a sua função política.
Mais uma queda de um Governo?
“A experiência do centro-esquerda terminou. Somos favoráveis à realização de eleições”, afirmou Mastella, que na semana passada se demitiu da chefia do Ministério da Justiça depois de ele e a sua mulher terem sido constituídos arguidos num caso de corrupção.
Prodi continua preso por fios. O escândalo de Mastella assumiu contornos superiores aos esperados pelo Primeiro-Ministro italiano, que assumiu, provisoriamente, a pasta da Justiça, aguardando que o Ministro democrata-cristão demissionário regressasse ao posto em breve. Está visto que não volta e, pior, não apoia o Governo.
Il Cavalieri já espreita ao virar da esquina.
Prodi continua preso por fios. O escândalo de Mastella assumiu contornos superiores aos esperados pelo Primeiro-Ministro italiano, que assumiu, provisoriamente, a pasta da Justiça, aguardando que o Ministro democrata-cristão demissionário regressasse ao posto em breve. Está visto que não volta e, pior, não apoia o Governo.
Il Cavalieri já espreita ao virar da esquina.
Importa garantir o principal: segurança
O presidente paquistanês prometeu hoje em Bruxelas que as eleições de Fevereiro no Paquistão serão «livres» e «pacíficas» e apelou aos europeus para «ajudarem em vez de criticarem» o seu regime, «na primeira linha da luta contra o terrorismo»
Como a Democracia não é um sistema que se impõe, como a ditadura, neste momento, o que se pede a Musharraf é estabilidade no Paquistão. E este objectivo é essencial, pela segurança interna do país, pela segurança da região e do mundo.
Em vez de andar a brincar às eleições, que já deixaram uma trágica marca, com a morte de Bhutto, o Presidente do Paquistão e a Comunidade Internacional deviam preocupar-se com a segurança, pois sem esta, pouco se alcança.
De que vale um acto eleitoral num país que jorra sangue e concede o avanço do terrorismo? Nada!
Como a Democracia não é um sistema que se impõe, como a ditadura, neste momento, o que se pede a Musharraf é estabilidade no Paquistão. E este objectivo é essencial, pela segurança interna do país, pela segurança da região e do mundo.
Em vez de andar a brincar às eleições, que já deixaram uma trágica marca, com a morte de Bhutto, o Presidente do Paquistão e a Comunidade Internacional deviam preocupar-se com a segurança, pois sem esta, pouco se alcança.
De que vale um acto eleitoral num país que jorra sangue e concede o avanço do terrorismo? Nada!
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Inadmissível
As for Gaza hospitals, a spokeswoman for the International Committee of the Red Cross, Michele Mercier, said they "still have stocks, but it won't last for more than two or three days."
Sou dos que considero que Israel tem toda a legitimidade de se defender dos ataques de que é alvo. Mas ter o direito a defender-se não outorga a Israel o direito de condenar cerca de milhão e meio de pessoas à falta de alimentos e energia, condenando, todo um povo, à mais inadmissível das condições humanas de precária e árdua sobrevivência.
O bloqueio à Faixa de Gaza deve terminar quanto antes. Pela mais elementar e sensata razão de se poder viver.
Sou dos que considero que Israel tem toda a legitimidade de se defender dos ataques de que é alvo. Mas ter o direito a defender-se não outorga a Israel o direito de condenar cerca de milhão e meio de pessoas à falta de alimentos e energia, condenando, todo um povo, à mais inadmissível das condições humanas de precária e árdua sobrevivência.
O bloqueio à Faixa de Gaza deve terminar quanto antes. Pela mais elementar e sensata razão de se poder viver.
A Vida Humana pouco vale para as FARC
Les Farc contre l'idée d'une mission médicale de la Croix rouge
Provavelmente, como poderão dizer os terroristas das FARC ou o Presidente venezuelano, a Cruz Vermelha é uma organização ao serviço do imperialismo norte-americano.
A enfermidade que afecta os reféns das FARC pouco importam para esta organização que não se gosta de ver denominada como terrorista.
Provavelmente, como poderão dizer os terroristas das FARC ou o Presidente venezuelano, a Cruz Vermelha é uma organização ao serviço do imperialismo norte-americano.
A enfermidade que afecta os reféns das FARC pouco importam para esta organização que não se gosta de ver denominada como terrorista.
Intervenção à la "jámé" II
O primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, afirmou hoje que os habitantes da Faixa de Gaza «podem caminhar», depois de a única central eléctrica do território ter parado a actividade e de já não restar mais combustível nem para abastecer os veículos.
Será que há por aí uma epidemia que conduz responsáveis políticos a dizer disparates?
Israel bem pode referir que as disputas entre Fatah e Hamas são de natureza interna, mas continuar a isolar quem venceu democraticamente as eleições, não é muito digno de um Estado de Direito Democrático como Israel. Espera-se, tanto de Olmert como de Peres, uma atitude mais construtiva na construção da Paz.
Será que há por aí uma epidemia que conduz responsáveis políticos a dizer disparates?
Israel bem pode referir que as disputas entre Fatah e Hamas são de natureza interna, mas continuar a isolar quem venceu democraticamente as eleições, não é muito digno de um Estado de Direito Democrático como Israel. Espera-se, tanto de Olmert como de Peres, uma atitude mais construtiva na construção da Paz.
À beira de um confronto Este-Oeste?
Em Pristina, muitos albanokosovares mostram-se surpreendidos pelo facto da maioria dos sérvios ter optado por votar no candidato nacionalista. "Não consigo acreditar que eles estão de novo contra a Europa, votaram contra a União Europeia. Eles não estão no caminho da União Europeia, antes pelo contrário, estão a fazer o mesmo que Milosevic fez", refere um residente.
Estranha, a interpretação dos albaneses do Kosovo, considerando que os sérvios estão a votar contra a Europa. O que se verifica é um voto pela unidade sérvia, que, pelos vistos, o europeísta e moderado Tadic não consegue captar, e o radical Nicolic alcança, por causa da posição referente ao Kosovo.
Não sei se a referência a Seselj (líder do Partido Radical, que apoia Nicolic, e está a ser julgado em Haia por crimes contra a Humanidade devido à guerra balcânica e que conta com um forte apoio na Sérvia), por parte de Tadic, na noite de ontem, numa interpretação que o aponta como possível Primeiro-Ministro do Presidente Nicolic, é a mais feliz.
Tudo indica que Nicolic será o próximo Presidente sérvio.
Amigo e aliado de Moscovo, Nicolic pode contar com o apoio externo que necessita para enfrentar os albaneses do Kosovo.
Moscovo já deu sinais de que está disposto a ajudar os sérvios no que seja necessário para preservar a unidade nacional.
Estaremos à beira de um braço-de-ferro entre o Ocidente e Moscovo, à maneira da Guerra Fria, enfrentando-se os dois blocos de modo indirecto? Parece que sim.
Uma vez mais, lá está os Balcãs, servindo de palco principal.
Oxalá a situação não descambe, com prejuízo para todos.
Estranha, a interpretação dos albaneses do Kosovo, considerando que os sérvios estão a votar contra a Europa. O que se verifica é um voto pela unidade sérvia, que, pelos vistos, o europeísta e moderado Tadic não consegue captar, e o radical Nicolic alcança, por causa da posição referente ao Kosovo.
Não sei se a referência a Seselj (líder do Partido Radical, que apoia Nicolic, e está a ser julgado em Haia por crimes contra a Humanidade devido à guerra balcânica e que conta com um forte apoio na Sérvia), por parte de Tadic, na noite de ontem, numa interpretação que o aponta como possível Primeiro-Ministro do Presidente Nicolic, é a mais feliz.
Tudo indica que Nicolic será o próximo Presidente sérvio.
Amigo e aliado de Moscovo, Nicolic pode contar com o apoio externo que necessita para enfrentar os albaneses do Kosovo.
Moscovo já deu sinais de que está disposto a ajudar os sérvios no que seja necessário para preservar a unidade nacional.
Estaremos à beira de um braço-de-ferro entre o Ocidente e Moscovo, à maneira da Guerra Fria, enfrentando-se os dois blocos de modo indirecto? Parece que sim.
Uma vez mais, lá está os Balcãs, servindo de palco principal.
Oxalá a situação não descambe, com prejuízo para todos.
Intervenção à la "jámé"
A ministra britânica da Administração Interna, Jacqui Smith, admitiu hoje ter medo de sair à noite sozinha em Londres, apesar de o Governo inglês defender que a taxa de criminalidade diminuiu relativamente à década de 1990.
O Governo de Brown dá tiros nos pés imprevisíveis.
Esta declaração, de Jacqui Smith, mais não é do que um atestado à falta de Segurança do país, a área que devia preservar.
Assim, os Conservadores nem precisam de se esforçar muito, pois o Governo do Labour dá argumentos para não receberem o apoio das pessoas.
O Governo de Brown dá tiros nos pés imprevisíveis.
Esta declaração, de Jacqui Smith, mais não é do que um atestado à falta de Segurança do país, a área que devia preservar.
Assim, os Conservadores nem precisam de se esforçar muito, pois o Governo do Labour dá argumentos para não receberem o apoio das pessoas.
domingo, 20 de janeiro de 2008
Luz ao fundo do túnel
Dentro de um ano, precisamente, o mundo vai poder 'respirar' melhor, quando uma nova pessoa assumir a Presidência dos Estados Unidos da América.
Restam 364 dias para George Walker Bush manter-se em funções oficiais na Casa Branca.
A luz ao fundo do túnel começa a ficar mais nítida!
Restam 364 dias para George Walker Bush manter-se em funções oficiais na Casa Branca.
A luz ao fundo do túnel começa a ficar mais nítida!
O teste decisivo da Florida
Simpatizo com John McCain. Nunca o escondi. Gostei, por isso, que ontem tivesse ganho na Carolina do Sul, um Estado com um valor simbólico particular, pois nos últimos 28 anos o vencedor neste Estado foi o nomeado do Partido Republicano.
Penso que é dos poucos candidatos, dos dois partidos, com sentido de Estado. Só identifico em Hillary esta postura. E esta atitude é essencial.
Há quem, como Obama ou Romney, fale de Washington com desdém, na mera posição de cativar descontentes que olham e encaram os políticos com desconfiança. Porém, o problema não está no sistema de Washington, mas na adopção de políticas que se assume em Washington. E, quando falta sentido de Estado, como faltou nos últimos oito anos, a política ganha o descrédito e o distanciamento dos cidadãos.
McCain não mudou a sua postura. Os seus valores continuam a ser os mesmos de há oito anos, quando disputou a corrida presidencial com Bush, de há 20 e 30 anos.
Hoje, de madrugada, como alguém dizia acertadamente na CNN, ele é um "resistente". Resistiu no Vitenam e quando muitos previram no início desta corrida, eu inclusive, que McCain estava terminado, ele aí está a demonstrar que não terminou.
A Florida será o grande teste. Penso que quem vencer neste Estado (como quem venceu no campo Democrata New Hampshire) será o nomeado do Partido Republicano. E, neste Estado, Giuliani deverá vencer, pelo empenho que tem dedicado à Florida, desprezando, por completo, os Estados que já foram a votos. A verificar no dia 30 de Janeiro e depois no dia 6 de Fevereiro.
Penso que é dos poucos candidatos, dos dois partidos, com sentido de Estado. Só identifico em Hillary esta postura. E esta atitude é essencial.
Há quem, como Obama ou Romney, fale de Washington com desdém, na mera posição de cativar descontentes que olham e encaram os políticos com desconfiança. Porém, o problema não está no sistema de Washington, mas na adopção de políticas que se assume em Washington. E, quando falta sentido de Estado, como faltou nos últimos oito anos, a política ganha o descrédito e o distanciamento dos cidadãos.
McCain não mudou a sua postura. Os seus valores continuam a ser os mesmos de há oito anos, quando disputou a corrida presidencial com Bush, de há 20 e 30 anos.
Hoje, de madrugada, como alguém dizia acertadamente na CNN, ele é um "resistente". Resistiu no Vitenam e quando muitos previram no início desta corrida, eu inclusive, que McCain estava terminado, ele aí está a demonstrar que não terminou.
A Florida será o grande teste. Penso que quem vencer neste Estado (como quem venceu no campo Democrata New Hampshire) será o nomeado do Partido Republicano. E, neste Estado, Giuliani deverá vencer, pelo empenho que tem dedicado à Florida, desprezando, por completo, os Estados que já foram a votos. A verificar no dia 30 de Janeiro e depois no dia 6 de Fevereiro.
sábado, 19 de janeiro de 2008
Oportunidade perdida para o Poder Local?
Foi uma oportunidade perdida para o Poder Local a nova lei autárquica, que ontem PS e PPD aprovaram?
Se calhar não foi, pois as introduções de tornar a Câmara o órgão Execeutivo por excelência e o reforço dos papéis e poderes da Assembleia Municipal não se verificam na nova lei.
O País precisa de reestruturar as funções públicas e o Estado deve começar a reforçar a descentralização.
Quando a Regionalização avançar (isto, se avançar) deve rever-se e preparar-se um novo modelo. Pode ser que nesse momento, então sim, o Poder Local, não só o regional, mas sobretudo o concelhio, assuma e contenha, de vez, os poderes que deve assumir, tendo cada órgão a sua especificidade própria.
O continuar de um Executivo com oposição não faz sentido nenhum, pois continua-se a reduzir e menosprezar o papel da Assembleia Municipal.
As Juntas de Freguesia, as que mais precisam de dignificação, tanto de funções como de meios, continuam a ser um parente pobre.
Como mudar para melhorar? Não é, seguramente, com ligeiros retoques, como o que, em princípio, será dado.
Se calhar não foi, pois as introduções de tornar a Câmara o órgão Execeutivo por excelência e o reforço dos papéis e poderes da Assembleia Municipal não se verificam na nova lei.
O País precisa de reestruturar as funções públicas e o Estado deve começar a reforçar a descentralização.
Quando a Regionalização avançar (isto, se avançar) deve rever-se e preparar-se um novo modelo. Pode ser que nesse momento, então sim, o Poder Local, não só o regional, mas sobretudo o concelhio, assuma e contenha, de vez, os poderes que deve assumir, tendo cada órgão a sua especificidade própria.
O continuar de um Executivo com oposição não faz sentido nenhum, pois continua-se a reduzir e menosprezar o papel da Assembleia Municipal.
As Juntas de Freguesia, as que mais precisam de dignificação, tanto de funções como de meios, continuam a ser um parente pobre.
Como mudar para melhorar? Não é, seguramente, com ligeiros retoques, como o que, em princípio, será dado.
Uma Paz mais do que comprometida
Israel reforçou hoje o isolamento da Faixa de Gaza, impedindo até a entrada da ajuda humanitária enviada pela ONU, em resposta aos mais de 110 foguetes lançados contra o respectivo território nos últimos três dias, anunciaram as autoridades.
Seria interessante saber o que tem a dizer Bush sobre a situação presente no Médio Oriente. Uma semana depois de andar em périplo pelo Médio Oriente, anunciando aos quatro ventos de que ainda este ano, antes de cessar as suas funções como Presidente dos EUA, quer ver estabelecido o Estado da Palestina. As últimas horas voltam a dar sinais contrários.
Enquanto o Hamas, através da sua ala moderada, não for convocado para a mesa de negociações, são os radicais deste grupo palestiniano que triunfam e continuam a condenar 1,4 milhões de palestinianos, de Gaza, à miséria e à morte.
Seria interessante saber o que tem a dizer Bush sobre a situação presente no Médio Oriente. Uma semana depois de andar em périplo pelo Médio Oriente, anunciando aos quatro ventos de que ainda este ano, antes de cessar as suas funções como Presidente dos EUA, quer ver estabelecido o Estado da Palestina. As últimas horas voltam a dar sinais contrários.
Enquanto o Hamas, através da sua ala moderada, não for convocado para a mesa de negociações, são os radicais deste grupo palestiniano que triunfam e continuam a condenar 1,4 milhões de palestinianos, de Gaza, à miséria e à morte.
Começou a corrida à liderança do PP
El alcalde de Madrid, Alberto Ruiz-Gallardón, ha confirmado a corresponsales españoles en Moscú que participará en la campaña electoral. En concreto, Gallardón ha declarado que Pizarro, el número dos a la candidatura el Congreso por Madrid, le ha pedido que participe en un acto electoral junto a él.
El alcalde de Madrid no ha despejado las dudas sobre si dejará la política tras la elecciones del 9 de marzo, y no ha confirmado las declaraciones de Manuel Fraga en las que aseguraba que Gallardón le había afirmado su disposición a continuar en política.
Depois de algumas declarações a quente, na noite em que soube não constar na lista de deputados do PP, por causa da sua arqui-inimiga Esperanza Aguirre, tendo referido que sairia da política depois das legislativas de 9 de Março, eis que alguns dias depois o alcaide de Madrid surge mais fresco e, parece, determinado em assumir uma candidatura à liderança do PP.
Rajoy está enfraquecido e a elaboração da lista em Madrid, assim como noutras circunscrições, como Valência, enfraqueceram a pretensão de ganhar a eleição em 9 de Março ao PSOE.
Gallardón, ao manifestar toda a abertura para estar ao lado da estrela de campanha do PP, Manuel Pizarro, e não declarando qualquer obstáculo a Rajoy, mais não faz do que preparar o seu próprio caminho para a presidência dos populares, podendo já pensar nas eleições de 2012, na qual se pode apresentar como candidato à Presidência do Governo de Espanha pelo PP.
O apoio e patrocínio do Senador Fraga é importante e decisivo. Aznar, se nos recordarmos, também teve de passar pelo crivo de análise do ex-Presidente da Xunta galega.
Na noite de 9 de Março podem prever-se vencedores e vencidos no PP: do lado da vitória Gallardón, do lado da derrota Aguirre. Há quem diga que a vingança se serve fria.
El alcalde de Madrid no ha despejado las dudas sobre si dejará la política tras la elecciones del 9 de marzo, y no ha confirmado las declaraciones de Manuel Fraga en las que aseguraba que Gallardón le había afirmado su disposición a continuar en política.
Depois de algumas declarações a quente, na noite em que soube não constar na lista de deputados do PP, por causa da sua arqui-inimiga Esperanza Aguirre, tendo referido que sairia da política depois das legislativas de 9 de Março, eis que alguns dias depois o alcaide de Madrid surge mais fresco e, parece, determinado em assumir uma candidatura à liderança do PP.
Rajoy está enfraquecido e a elaboração da lista em Madrid, assim como noutras circunscrições, como Valência, enfraqueceram a pretensão de ganhar a eleição em 9 de Março ao PSOE.
Gallardón, ao manifestar toda a abertura para estar ao lado da estrela de campanha do PP, Manuel Pizarro, e não declarando qualquer obstáculo a Rajoy, mais não faz do que preparar o seu próprio caminho para a presidência dos populares, podendo já pensar nas eleições de 2012, na qual se pode apresentar como candidato à Presidência do Governo de Espanha pelo PP.
O apoio e patrocínio do Senador Fraga é importante e decisivo. Aznar, se nos recordarmos, também teve de passar pelo crivo de análise do ex-Presidente da Xunta galega.
Na noite de 9 de Março podem prever-se vencedores e vencidos no PP: do lado da vitória Gallardón, do lado da derrota Aguirre. Há quem diga que a vingança se serve fria.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Mais um pé-de-meia do Avante
trata-se da «invasão soviética» do Afeganistão, coisa que nunca na verdade existiu excepto nas versões mentirosas, mas caudalosamente distribuídas por todo o mundo, da propaganda norte-americana.
O Pedro Correia "enaltece" Correia da Fonseca pela sua lucidez histórica, pois de acordo com este kamarada a União Soviética nunca invadiu o Afeganistão.
A notícia abaixo linkada é mera ficção (de acordo com a interpretação histórica do Avante, perceba-se):
Gorbachov admite que invasão do Afeganistão pelos soviéticos foi um erro
O Pedro Correia "enaltece" Correia da Fonseca pela sua lucidez histórica, pois de acordo com este kamarada a União Soviética nunca invadiu o Afeganistão.
A notícia abaixo linkada é mera ficção (de acordo com a interpretação histórica do Avante, perceba-se):
Gorbachov admite que invasão do Afeganistão pelos soviéticos foi um erro
Eleição determinante
A eleição presidencial do próximo domingo na Sérvia pode determinar o rumo deste país dos Balcãs. Ou se aproxima da União Europeia, podendo dar em troca a soberania ao Kosovo, ou rompe com os 27 e recebe o apoio da Russia.
A Europa bem dispensava um Presidente sérvio com princípios semelhantes aos de Milosevic.
A UE, que tanto se apressa agora para apoiar Tadic, com a sua postura irreversível (exceptue-se alguns Estados-membros) no caso do Kosovo, acabou por apoiar mais, sem querer, o nacionalista Tomislav Nicolic.
A Europa bem dispensava um Presidente sérvio com princípios semelhantes aos de Milosevic.
A UE, que tanto se apressa agora para apoiar Tadic, com a sua postura irreversível (exceptue-se alguns Estados-membros) no caso do Kosovo, acabou por apoiar mais, sem querer, o nacionalista Tomislav Nicolic.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Com uma amiga destas, quem precisa de adversários?
Diz a líder da Comunidade de Madrid, Esperanza Aguirre, ao Presidente da Câmara de Madrid, Alberto Gallardón, ambos do PP:
-Alberto, no sé por qué te pones así. El día 9 vas a estar igual que hoy. Si se gana, podrás ser vicepresidente si Mariano te lo pide. Y si Mariano pierde, tú y yo estaremos en iguales condiciones, como los demás.
Simplificando as palavras da espanhola: pára lá os cavalos que tu podes safar-te se ganharmos as eleições, mesmo não estando nas listas de deputados*. Eu, se não estiver, é que não me safo. Como devemos perder as eleições, é preferível que no rescaldo da derrota estejamos em pé de igualdade, caso contrário ainda perco tudo.
O sábio Fraga Iribarne, antigo Presidente da Xunta galega, já avisou que o PP perderá muitos votos, sobretudo em Madrid, sem Gallardón. Penso que Rajoy trocou alguém mais interessado no partido por quem está mais interessada em si.
Assim, quem precisa de adversários?
Zapatero pode agradecer.
* Em Espanha, para constar na lista de deputados, um líder de uma autonomia, tem de renunciar ao mandato da autonomia. Um Presidente de Câmara, não necessita de renunciar o seu lugar de alcaide.
-Alberto, no sé por qué te pones así. El día 9 vas a estar igual que hoy. Si se gana, podrás ser vicepresidente si Mariano te lo pide. Y si Mariano pierde, tú y yo estaremos en iguales condiciones, como los demás.
Simplificando as palavras da espanhola: pára lá os cavalos que tu podes safar-te se ganharmos as eleições, mesmo não estando nas listas de deputados*. Eu, se não estiver, é que não me safo. Como devemos perder as eleições, é preferível que no rescaldo da derrota estejamos em pé de igualdade, caso contrário ainda perco tudo.
O sábio Fraga Iribarne, antigo Presidente da Xunta galega, já avisou que o PP perderá muitos votos, sobretudo em Madrid, sem Gallardón. Penso que Rajoy trocou alguém mais interessado no partido por quem está mais interessada em si.
Assim, quem precisa de adversários?
Zapatero pode agradecer.
* Em Espanha, para constar na lista de deputados, um líder de uma autonomia, tem de renunciar ao mandato da autonomia. Um Presidente de Câmara, não necessita de renunciar o seu lugar de alcaide.
O livro de Ribau?
Caro Raúl,
O actual Secretário-Geral do PPD tem algum livro publicado que é bíblia no distrito de Aveiro?
Isso deve ser uma pérola!
Actualização: Verifico que tem um livro, sim senhor:
O presidente da Câmara de Ílhavo assina um livro, a lançar no próximo sábado, às 18.30 horas, no Museu Marítimo de Ílhavo, com o título «Dez Anos de Mudança/Município de Ílhavo 1998/2008», numa «perspectiva institucional e de tratamento da verdade histórica» da gestão da autarquia e do desenvolvimento do município na última década.
Trata-se de uma edição de mil exemplares de distribuição gratuita, suportada pela Câmara
Depois deste trecho, haverá algo mais a referir, quanto à atitude e postura do edil de Ílhavo? Penso que não. Uma pessoa fica mais do que esclarecida. E ainda falam da Pérola do Atlântico, quando no continente contamos com autênticas perolazinhas!
O actual Secretário-Geral do PPD tem algum livro publicado que é bíblia no distrito de Aveiro?
Isso deve ser uma pérola!
Actualização: Verifico que tem um livro, sim senhor:
O presidente da Câmara de Ílhavo assina um livro, a lançar no próximo sábado, às 18.30 horas, no Museu Marítimo de Ílhavo, com o título «Dez Anos de Mudança/Município de Ílhavo 1998/2008», numa «perspectiva institucional e de tratamento da verdade histórica» da gestão da autarquia e do desenvolvimento do município na última década.
Trata-se de uma edição de mil exemplares de distribuição gratuita, suportada pela Câmara
Depois deste trecho, haverá algo mais a referir, quanto à atitude e postura do edil de Ílhavo? Penso que não. Uma pessoa fica mais do que esclarecida. E ainda falam da Pérola do Atlântico, quando no continente contamos com autênticas perolazinhas!
Portugal = Kentucky?
Através do Insurgente, tomo conhecimento que Portugal, se representasse um Estado norte-americano, seria o Kentucky. Teríamos como vizinhos a Arábia Saudita (Tennesse), a Polónia (Missouri), o México (Illinois), a Dinamarca (Indiana), a Austrália (Ohio), a Argélia (West Virginia) e a Áustria (Virginia).
Fronteiras interessantes.
Eu, que nunca consumi no KFC, sinto-me tentado a contribuir, um dia destes, para o Portugal americano.
Fronteiras interessantes.
Eu, que nunca consumi no KFC, sinto-me tentado a contribuir, um dia destes, para o Portugal americano.
Momento decisivo
Erdogan a Sarkozy y Merkel: No hay punto medio en la pretensión turca de entrar en la UE
Num dos momentos mais aguardados do ano, em termos de política europeia, o encontro que decorrerá em Maio entre o Primeiro-Ministro turco e a Chanceler alemã e o Presidente francês, os principais rostos na UE de oposição à adesão turca ao espaço comunitário, Erdogan faz bem ao dizer que a Turquia não aceita o meio-termo, isto é; tem de haver uma resposta inequívoca face à pretensão turca.
Depois de mais de quatro décadas passadas, desde a entrada do pedido de adesão, é tempo da UE assumir as suas responsabilidades e dar uma resposta definitiva, pois a Turquia, e bem, não pode ficar eternamente à espera.
Oxalá haja bom-senso, tanto em Berlim como em Paris, que podem, e devem dar sinais de que, a médio prazo, a Turquia passará a pertencer à UE.
Num dos momentos mais aguardados do ano, em termos de política europeia, o encontro que decorrerá em Maio entre o Primeiro-Ministro turco e a Chanceler alemã e o Presidente francês, os principais rostos na UE de oposição à adesão turca ao espaço comunitário, Erdogan faz bem ao dizer que a Turquia não aceita o meio-termo, isto é; tem de haver uma resposta inequívoca face à pretensão turca.
Depois de mais de quatro décadas passadas, desde a entrada do pedido de adesão, é tempo da UE assumir as suas responsabilidades e dar uma resposta definitiva, pois a Turquia, e bem, não pode ficar eternamente à espera.
Oxalá haja bom-senso, tanto em Berlim como em Paris, que podem, e devem dar sinais de que, a médio prazo, a Turquia passará a pertencer à UE.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
O que são e fazem as FARC?
Um artigo de um antigo guerrilheiro salvadorenho. A ler, o que são e fazem as FARC, essa organização que o PCP muito estima e considera.
El mapa, los tiempos y el dinero de la cocaína coinciden con el crecimiento de la violencia de las FARC en los 90. Antes de eso eran una insurgencia perezosa, y por lo tanto poco relevante. En 1990, al morir su líder político Jacobo Arenas, las FARC se quedaron sin contención ideológica frente a los cultivos de coca que proliferaban en sus territorios. Comenzaron extorsionando narcotraficantes y terminaron de dueños de la mayor producción de cocaína del mundo. Transitaron de última guerrilla política latinoamericana a primer ejército irregular del narcotráfico, convirtiéndose en un reto real para el Estado colombiano.
Las FARC hicieron del secuestro, la extorsión y el narcotráfico sus principales actividades, son los mayores secuestradores del planeta.
El mapa, los tiempos y el dinero de la cocaína coinciden con el crecimiento de la violencia de las FARC en los 90. Antes de eso eran una insurgencia perezosa, y por lo tanto poco relevante. En 1990, al morir su líder político Jacobo Arenas, las FARC se quedaron sin contención ideológica frente a los cultivos de coca que proliferaban en sus territorios. Comenzaron extorsionando narcotraficantes y terminaron de dueños de la mayor producción de cocaína del mundo. Transitaron de última guerrilla política latinoamericana a primer ejército irregular del narcotráfico, convirtiéndose en un reto real para el Estado colombiano.
Las FARC hicieron del secuestro, la extorsión y el narcotráfico sus principales actividades, son los mayores secuestradores del planeta.
Há mais nomes para a Presidência do Conselho Europeu
Ao passar no site do Público, vejo, em destaque, a frase de Teresa de Sousa:
"Dificilmente se encontra uma figura mais forte para presidente do Conselho Europeu do que o ex-primeiro ministro britânico". Não li o artigo, mas deduzo que a frase se enquadre na proposta que Sarkozy fez há dias, no Congresso da UMP, de Blair assumir funções na condução dos trabalhos europeus.
Apesar de eu preferir Blair, reconheço que há, pelo menos, mais dois nomes com grande peso e que dariam bons Presidentes do Conselho Europeu: Jean Claude Juncker e Guy Verhofstadt. A não desmerecer nomeação José Maria Aznar.
Para já, antes de referir nomes, importa aprovar o Tratado de Lisboa.
"Dificilmente se encontra uma figura mais forte para presidente do Conselho Europeu do que o ex-primeiro ministro britânico". Não li o artigo, mas deduzo que a frase se enquadre na proposta que Sarkozy fez há dias, no Congresso da UMP, de Blair assumir funções na condução dos trabalhos europeus.
Apesar de eu preferir Blair, reconheço que há, pelo menos, mais dois nomes com grande peso e que dariam bons Presidentes do Conselho Europeu: Jean Claude Juncker e Guy Verhofstadt. A não desmerecer nomeação José Maria Aznar.
Para já, antes de referir nomes, importa aprovar o Tratado de Lisboa.
Libertam-se duas e raptam-se seis!
Las FARC, mientras, desoyen el clamor que les pide que dejen esta práctica abominable: el domingo capturaron a seis turistas en una playa del Pacífico. Los secuestrados serán liberados tras el pago de un rescate. Los secuestros y el narcotráfico son las principales fuentes de financiación de las FARC.
Vejo, através do escrito do Tiago, que António Vilarigues identifica como um "gesto humanitário", por parte do grupo terrorista colombiano, a libertação de Clara Rojas e Consuelo González.
Se há dias as FARC libertaram duas reféns, no domingo já capturaram seis!
Vilarigues precisava de um pouco de pudor, tal o elogio que presta a um bando de narcotraficantes... E depois Tomás Vasques é que recorre à desonestidade intelectual.
Vejo, através do escrito do Tiago, que António Vilarigues identifica como um "gesto humanitário", por parte do grupo terrorista colombiano, a libertação de Clara Rojas e Consuelo González.
Se há dias as FARC libertaram duas reféns, no domingo já capturaram seis!
Vilarigues precisava de um pouco de pudor, tal o elogio que presta a um bando de narcotraficantes... E depois Tomás Vasques é que recorre à desonestidade intelectual.
Ruptura popular em Madrid
Alberto Ruiz-Gallardón renunciará a la política un día después de las elecciones generales del 9 de marzo tras no ser incluido por Mariano Rajoy en las listas del Partido Popular, según ha podido saber elmundo.es. Así se lo hizo saber el alcalde de Madrid al propio líder 'popular', a Esperanza Aguirre y a Ángel Acebes en una tensa reunión en la sede de Génova.
À falta de propostas, mas já com um bom nome para a área económica (Manuel Pizarro), o PP acabou, hoje, com uma guerra que há muito latejava e causava sérios danos: o braço-de-ferro entre os dois mais proeminentes rostos do PP de Madrid, o alcaide de Madrid, Gallardón, e a líder da Comunidade de Madrid, Esperanza Aguirre. Venceu a peleja Aguirre, quando Rajoy decidiu não incluir o Presidente da Câmara de Madrid na lista dos populares às legislativas de Março.
Gallardón por inúmeras vezes fizera saber que queria estar na lista de deputados e ser eleito. Situação que, a pouco tempo das eleições, teria de ficar clara. Entraria ou não, em lugar elegível ou não?
Há muito que a bola de neve vinha em crescendo e, chegado o momento decisivo, de elaborar a lista, Gallardón, que já se antevia como possível sucessor de Rajoy na liderança do PP, prevendo-se a sua derrota no próximo dia 9 de Março, eis que anuncia a sua retirada política.
Resta saber, depois destas palavras provavelmente ditas a quente, se sairá ou não da vida política. Pois dia 10 de Março, ou mesmo dia 9 à noite, as hostes do PP podem ver em Gallardón alguém com futuro... que, de resto, ele tem. Assim o queira assumir.
À falta de propostas, mas já com um bom nome para a área económica (Manuel Pizarro), o PP acabou, hoje, com uma guerra que há muito latejava e causava sérios danos: o braço-de-ferro entre os dois mais proeminentes rostos do PP de Madrid, o alcaide de Madrid, Gallardón, e a líder da Comunidade de Madrid, Esperanza Aguirre. Venceu a peleja Aguirre, quando Rajoy decidiu não incluir o Presidente da Câmara de Madrid na lista dos populares às legislativas de Março.
Gallardón por inúmeras vezes fizera saber que queria estar na lista de deputados e ser eleito. Situação que, a pouco tempo das eleições, teria de ficar clara. Entraria ou não, em lugar elegível ou não?
Há muito que a bola de neve vinha em crescendo e, chegado o momento decisivo, de elaborar a lista, Gallardón, que já se antevia como possível sucessor de Rajoy na liderança do PP, prevendo-se a sua derrota no próximo dia 9 de Março, eis que anuncia a sua retirada política.
Resta saber, depois destas palavras provavelmente ditas a quente, se sairá ou não da vida política. Pois dia 10 de Março, ou mesmo dia 9 à noite, as hostes do PP podem ver em Gallardón alguém com futuro... que, de resto, ele tem. Assim o queira assumir.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
A importância da Florida
Hillary Clinton, candidata à investidura democrata às presidenciais norte-americanas e o republicano John McCain recuperaram terreno nos últimos dias, revelam as últimas sondagens divulgadas hoje.
Penso que a vitória de Hillary em New Hampshire foi decisiva para a corrida Democrata. Hoje, a Senadora de Nova Iorque, se não cometer deslizes, tem todas as condições de ser a nomeada do seu partido.
Do lado Republicano, a disputa está mais acesa. Obviamente, a vitória de McCain em New Hampshire foi importante. Contudo, a eleição da Florida deverá ser decisiva. Quem a ganhar apresentar-se-á em melhores condições para, no dia de quase todos os testes eleitorais, a super-terça - 5 de Fevereiro, levar a melhor e ter o caminho da nomeação Republicana aberto. Giuliani dá tudo por tudo no Estado que esteve no centro das atenções em 2000. Oito anos volvidos, desta feita nas primárias Republicanas, a Florida volta a ser determinante.
Talvez Giuliani vença e McCain repita a dose frustrante de 2000. Quando esteve à beira de bater Bush Jr. na corrida e perdeu.
A confirmar no próximo dia 30.
Penso que a vitória de Hillary em New Hampshire foi decisiva para a corrida Democrata. Hoje, a Senadora de Nova Iorque, se não cometer deslizes, tem todas as condições de ser a nomeada do seu partido.
Do lado Republicano, a disputa está mais acesa. Obviamente, a vitória de McCain em New Hampshire foi importante. Contudo, a eleição da Florida deverá ser decisiva. Quem a ganhar apresentar-se-á em melhores condições para, no dia de quase todos os testes eleitorais, a super-terça - 5 de Fevereiro, levar a melhor e ter o caminho da nomeação Republicana aberto. Giuliani dá tudo por tudo no Estado que esteve no centro das atenções em 2000. Oito anos volvidos, desta feita nas primárias Republicanas, a Florida volta a ser determinante.
Talvez Giuliani vença e McCain repita a dose frustrante de 2000. Quando esteve à beira de bater Bush Jr. na corrida e perdeu.
A confirmar no próximo dia 30.
Discursos que não agradam nem a gregos nem a troianos
Empate técnico en los sondeos entre PP y PSOE
Concordo com o seu ponto de vista Nuno. Se o ANV for ilegalizado, o PP terá mais dificuldades em atacar o PSOE pela questão do terrorismo basco.
É evidente, como bem assinala, que o discurso da campanha é para consumo interno, e do mesmo modo que um discurso mais liberal de Zapatero, demarcando-se do conservadorismo, pode atrair parte do eleitorado, essa leitura liberal também tende a afastar outra parte da sociedade e a consolidar grupos mais tradicionalistas nas hostes do PP.
Quanto ao ANV, não prevejo a sua ilegalização. Mas, aguardemos para ver o que sucede.
Confesso que tenho curiosidade de ver o resultado do PSOE em Valência, onde os socialistas se apresentam aos eleitores com a número dois do Governo, De la Vega. De onde, por sinal, a governante socialista é natural.
Numa região tradicionalmente favorável ao PP, o PSOE joga uma cartada forte, onde, apesar de não ganhar, poderá, todavia, reduzir a diferença de votos para o PP, o que pode ser decisivo nas contas totais.
Uma eleição disputadíssima, com as sondagens a dar empate técnico entre os dois principais partidos e, ao mesmo tempo, com os dados a indicarem, segundo a maioria do população, na vitória de Zapatero.
Concordo com o seu ponto de vista Nuno. Se o ANV for ilegalizado, o PP terá mais dificuldades em atacar o PSOE pela questão do terrorismo basco.
É evidente, como bem assinala, que o discurso da campanha é para consumo interno, e do mesmo modo que um discurso mais liberal de Zapatero, demarcando-se do conservadorismo, pode atrair parte do eleitorado, essa leitura liberal também tende a afastar outra parte da sociedade e a consolidar grupos mais tradicionalistas nas hostes do PP.
Quanto ao ANV, não prevejo a sua ilegalização. Mas, aguardemos para ver o que sucede.
Confesso que tenho curiosidade de ver o resultado do PSOE em Valência, onde os socialistas se apresentam aos eleitores com a número dois do Governo, De la Vega. De onde, por sinal, a governante socialista é natural.
Numa região tradicionalmente favorável ao PP, o PSOE joga uma cartada forte, onde, apesar de não ganhar, poderá, todavia, reduzir a diferença de votos para o PP, o que pode ser decisivo nas contas totais.
Uma eleição disputadíssima, com as sondagens a dar empate técnico entre os dois principais partidos e, ao mesmo tempo, com os dados a indicarem, segundo a maioria do população, na vitória de Zapatero.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
O terrorismo também derruba o Ambiente
Questão de um anónimo nada comprometido:
As FARC estão a destruir a floresta, então onde é que se escondem?
Provavelmente, deve haver quem pensa que a coca não se planta!
Um texto merecedor de leitura:
El mes pasado volé por una extensión prístina de la selva tropical de la Costa Pacífica colombiana, una región que cuenta con una de las mayores biodiversidades del planeta, según afirman ambientalistas. Pero mientras me maravillaba con la alfombra verde de árboles, observé que a lo largo del terreno había muchos huecos rectangulares.
Estas cicatrices negras son producto de dos acciones - tajar y quemar - que no fueron ejecutadas por multinacionales madereras, sino por cultivadores de coca que buscan sembrar más hojas de esta planta para cumplir con la gran demanda de la misma que existe en Europa y los Estados Unidos.
Los cultivadores de coca en Colombia trabajan directamente para los grupos ilegales paramilitares, las Autodefensas Unidas de Colombia (AUC) y los dos grupos izquierdistas que las AUC combaten: las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (Farc) y el Ejército de Liberación Nacional (ELN). Las AUC son responsables de la mayoría de abusos de derechos humanos que hay en Colombia y, juntos, los tres grupos son los peores violadores de derechos humanos en las Américas.
Aparte de los asesinatos, secuestros y otras actividades criminales, las AUC, las Farc y el ELN han gasto aproximadamente 1.8m hectáreas de selva tropical.
En Colombia, la producción de cocaína no es una extensión orgánica de la cultura medicinal indígena, como algunos nos lo harían creer. Es una industria liderada por las AUC, las Farc y el ELN que contamina los ríos y los bosques con millones de galones de fertilizantes tóxicos, que quema los hábitat naturales de especies en peligro de extensión.
As FARC estão a destruir a floresta, então onde é que se escondem?
Provavelmente, deve haver quem pensa que a coca não se planta!
Um texto merecedor de leitura:
El mes pasado volé por una extensión prístina de la selva tropical de la Costa Pacífica colombiana, una región que cuenta con una de las mayores biodiversidades del planeta, según afirman ambientalistas. Pero mientras me maravillaba con la alfombra verde de árboles, observé que a lo largo del terreno había muchos huecos rectangulares.
Estas cicatrices negras son producto de dos acciones - tajar y quemar - que no fueron ejecutadas por multinacionales madereras, sino por cultivadores de coca que buscan sembrar más hojas de esta planta para cumplir con la gran demanda de la misma que existe en Europa y los Estados Unidos.
Los cultivadores de coca en Colombia trabajan directamente para los grupos ilegales paramilitares, las Autodefensas Unidas de Colombia (AUC) y los dos grupos izquierdistas que las AUC combaten: las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (Farc) y el Ejército de Liberación Nacional (ELN). Las AUC son responsables de la mayoría de abusos de derechos humanos que hay en Colombia y, juntos, los tres grupos son los peores violadores de derechos humanos en las Américas.
Aparte de los asesinatos, secuestros y otras actividades criminales, las AUC, las Farc y el ELN han gasto aproximadamente 1.8m hectáreas de selva tropical.
En Colombia, la producción de cocaína no es una extensión orgánica de la cultura medicinal indígena, como algunos nos lo harían creer. Es una industria liderada por las AUC, las Farc y el ELN que contamina los ríos y los bosques con millones de galones de fertilizantes tóxicos, que quema los hábitat naturales de especies en peligro de extensión.
E o pai de Emanuel?
Clara Rojas, libertada pelas FARC na quinta-feira, reencontrou-se no domingo com o seu filho após três anos sem o ver. Emmanuel encontrava-se em Bogota depois de ter nascido em cativeiro e de ter sido entregue a uma instituição de bem-estar colombiana.
A história é tocante e foi mais emocionante para a mãe, quando pôde estar, finalmente, com o filho.
Porém, o outro lado da história, isto é, o pai de Emanuel não tem merecido grande atenção. Mas merece ser conhecido.
De acordo com os dados conhecidos, Emanuel é fruto de um relacionamento, consentido, entre Clara Rojas e um elemento das FARC.
Sabendo do relacionamento e do fruto da relação entre o guerrilheiro e a detida, as FARC decidiram executar o pai de Emanuel, por este ter tido uma relação com uma presa, situação que não admitem.
É esta organização, sem pingo de humanismo, que quer deixar de ser considerada terrorista, como defende o Presidente da Venezuela?
As FARC, para serem reconhecidas, têm de abdicar praticamente a tudo o que são, como disse, e bem, o Embaixador francês em Bogotá. Acabar com os raptos, as torturas, as chantagens, a destruição de floresta, traficar de droga, etc, etc...
A história é tocante e foi mais emocionante para a mãe, quando pôde estar, finalmente, com o filho.
Porém, o outro lado da história, isto é, o pai de Emanuel não tem merecido grande atenção. Mas merece ser conhecido.
De acordo com os dados conhecidos, Emanuel é fruto de um relacionamento, consentido, entre Clara Rojas e um elemento das FARC.
Sabendo do relacionamento e do fruto da relação entre o guerrilheiro e a detida, as FARC decidiram executar o pai de Emanuel, por este ter tido uma relação com uma presa, situação que não admitem.
É esta organização, sem pingo de humanismo, que quer deixar de ser considerada terrorista, como defende o Presidente da Venezuela?
As FARC, para serem reconhecidas, têm de abdicar praticamente a tudo o que são, como disse, e bem, o Embaixador francês em Bogotá. Acabar com os raptos, as torturas, as chantagens, a destruição de floresta, traficar de droga, etc, etc...
O liberalismo de Zapatero
Interessante, a forma como o PSOE tem encostado o PP às cordas do conservadorismo.
Ontem, em Valência, uma das palavras mais empregue por Zapatero no primeiro comício para as legislativas de 9 de Março foi: Liberdade. Num evidente confronto que o PSOE estabeleceu com os círculos mais conservadores da Igreja Católica por causa da questão familiar, em que a Igreja vê um atentado à família tradicional, com as mudanças assumidas neste mandato por Zapatero.
Por outro lado, e pretendendo seguir as pisadas de Aznar, conservador nos valores e liberal na economia, por mais liberal que Rajoy se apresente na área económica, o líder dos populares tem um problema sério, o de apresentar um rosto com credibilidade para assumir as Finanças e a Economia do país. Algo que Zapatero não tem, pois conta com o cotado e crível Pedro Solbes.
Ontem, em Valência, uma das palavras mais empregue por Zapatero no primeiro comício para as legislativas de 9 de Março foi: Liberdade. Num evidente confronto que o PSOE estabeleceu com os círculos mais conservadores da Igreja Católica por causa da questão familiar, em que a Igreja vê um atentado à família tradicional, com as mudanças assumidas neste mandato por Zapatero.
Por outro lado, e pretendendo seguir as pisadas de Aznar, conservador nos valores e liberal na economia, por mais liberal que Rajoy se apresente na área económica, o líder dos populares tem um problema sério, o de apresentar um rosto com credibilidade para assumir as Finanças e a Economia do país. Algo que Zapatero não tem, pois conta com o cotado e crível Pedro Solbes.
Não esquecer Ingrid
O socialista Bertrand Delanoë, Presidente da Câmara de Paris, recandidata-se à Mairie da capital francesa.
Homem com causas e de causas, gostei de ver no seu vídeo promocional de candidatura a referência à franco-colombiana Ingrid Betancourt, detida pelas FARC, de forma muito clara e objectiva, numa alusão à sua detenção e à necessidade de lhe restituir a Liberdade.
Mesmo em tempo de campanha partidária, as causas cimeiras não são esquecidas. O PS de Paris dá um bom exemplo, pois a libertação de Ingrid também é uma causa de Paris.
Como refere Delanoë: Je veux que chaque Parisien ait un rôle dans sa ville, et Paris un rôle dans le monde.
Homem com causas e de causas, gostei de ver no seu vídeo promocional de candidatura a referência à franco-colombiana Ingrid Betancourt, detida pelas FARC, de forma muito clara e objectiva, numa alusão à sua detenção e à necessidade de lhe restituir a Liberdade.
Mesmo em tempo de campanha partidária, as causas cimeiras não são esquecidas. O PS de Paris dá um bom exemplo, pois a libertação de Ingrid também é uma causa de Paris.
Como refere Delanoë: Je veux que chaque Parisien ait un rôle dans sa ville, et Paris un rôle dans le monde.
ETA: uma bandeira do PP
Rajoy aplaude que Zapatero 'haya dicho la verdad' sobre los contactos con ETA
No seguimento de uma entrevista de Zapatero ao El Mundo, na qual admitiu que o Governo espanhol continuou a manter contactos com a ETA depois dos atentados no aeroporto de Barajas, em Dezembro de 2006, Rajoy volta à carga, culpando o PSOE de dialogar com a banda basca.
O grupo basco será tema forte de campanha, pelo menos do PP. Como se pode antever.
Resta saber se muitos espanhóis preferem a sinceridade de Zapatero, que já admitiu o seu erro e a mostrar total transparência quanto à sua postura ou preferem a auto-vitimação do PP, que vem desde 2004, na sequência do 11 de Março, continuando os populares a culpar a ETA do atentado em Atocha, quando a acção foi perpetrada pelo fundamentalismo religioso.
No seguimento de uma entrevista de Zapatero ao El Mundo, na qual admitiu que o Governo espanhol continuou a manter contactos com a ETA depois dos atentados no aeroporto de Barajas, em Dezembro de 2006, Rajoy volta à carga, culpando o PSOE de dialogar com a banda basca.
O grupo basco será tema forte de campanha, pelo menos do PP. Como se pode antever.
Resta saber se muitos espanhóis preferem a sinceridade de Zapatero, que já admitiu o seu erro e a mostrar total transparência quanto à sua postura ou preferem a auto-vitimação do PP, que vem desde 2004, na sequência do 11 de Março, continuando os populares a culpar a ETA do atentado em Atocha, quando a acção foi perpetrada pelo fundamentalismo religioso.
domingo, 13 de janeiro de 2008
A semear a intolerância
O muncípio de Roma aprovou uma moção apresentada pelo partido Refundação Comunista em que é pedido ao conselheiro municipal que as escolas separem as crianças ciganas nos autocarros escolares, devido a confrontos registados nos últimos dias.
Caro Pedro,
E é um passo significativamente atrás, se verificarmos o alvo desta proposta: as crianças. Quando, nesta idade, precisamente, deveria suceder o inverso.
Está a querer-se fomentar a divisão.
O que se pode esperar dentro de uma duas décadas?
A integração social deve trabalhar-se desde cedo. Mas há quem só pense no imediato, pensando que está a proceder bem. O efeito é o inverso. E a sociedade paga uma factura cara.
Caro Pedro,
E é um passo significativamente atrás, se verificarmos o alvo desta proposta: as crianças. Quando, nesta idade, precisamente, deveria suceder o inverso.
Está a querer-se fomentar a divisão.
O que se pode esperar dentro de uma duas décadas?
A integração social deve trabalhar-se desde cedo. Mas há quem só pense no imediato, pensando que está a proceder bem. O efeito é o inverso. E a sociedade paga uma factura cara.
A persistência do erro
Teerão é o maior patrocinador mundial do terrorismo, afirmou o presidente dos EUA
O Presidente dos EUA parece não ter aprendido com a lição do Iraque, que acusava, ao tempo de Saddam, de patrocinar o terrorismo.
Quanto ao Irão ser ou não uma ameaça mundial, de acordo, se persistir no projecto nuclear. Quanto ao Irão patrocinar o terrorismo, de duas umas, ou entende o Hezbollah e o Hamas como grupos análogos à Al-Qaeda, e não são, mesmo entre o grupo sedeado no Líbano e o palestiniano há diferenças - o Hamas já foi a votos e venceu democraticamente uma eleição -, quanto mais concebê-los como a rede terrorista que actua à escala planetária, como a Al-Qaeda.
Ao persistir no erro de colocar tudo no mesmo saco, pensando que a resposta a dar a cada um é igual, mais não se faz do que reforçar o vírus terrorista, que se alimenta e aproveita das lacunas da intervenção da Comunidade Internacional.
O Presidente dos EUA parece não ter aprendido com a lição do Iraque, que acusava, ao tempo de Saddam, de patrocinar o terrorismo.
Quanto ao Irão ser ou não uma ameaça mundial, de acordo, se persistir no projecto nuclear. Quanto ao Irão patrocinar o terrorismo, de duas umas, ou entende o Hezbollah e o Hamas como grupos análogos à Al-Qaeda, e não são, mesmo entre o grupo sedeado no Líbano e o palestiniano há diferenças - o Hamas já foi a votos e venceu democraticamente uma eleição -, quanto mais concebê-los como a rede terrorista que actua à escala planetária, como a Al-Qaeda.
Ao persistir no erro de colocar tudo no mesmo saco, pensando que a resposta a dar a cada um é igual, mais não se faz do que reforçar o vírus terrorista, que se alimenta e aproveita das lacunas da intervenção da Comunidade Internacional.
sábado, 12 de janeiro de 2008
Anunciado um apoio à Presidência da UE
Blair foi hoje a estrela do Conselho Nacional da UMP, de Sarkozy.
O momento serviu para o Presidente francês lançar o nome de Blair à Presidência da União Europeia. Esta deve ser das poucas vezes que concordo com o Chefe de Estado gaulês.
Se o Tratado de Lisboa for ratificado pelos 27, surge a nova figura, o Presidente da UE, eleito por dois anos e meio com possibilidade de mais uma renovação, e surge para substituir as Presidências semestrais do Conselho Europeu. Blair será uma boa escolha para essa função.
Na convenção da UMP, Blair, que discursou em francês, brincou um pouco perante os milhares de militantes da UMP. Disse se fosse norte-americano seria Democrata. No Reino Unido é trabalhista. E, em França, hesitou, premeditadamente, em manifestar-se, logo, como socialista (tal a situação do PSF). Mas, acabou por fazer questão de dizer que é a sua família política.
Se este foi um primeiro momento de política europeia no seio de um partido nacional, o futuro dirá, se é ou não, penso que é dado um bom sinal.
Tenho pena que não ocorreu no seio de um partido da família socialista. Mas, pelo menos, estava no centro das atenções e destacou-se um elemento desta família. Ao menos isso!
O momento serviu para o Presidente francês lançar o nome de Blair à Presidência da União Europeia. Esta deve ser das poucas vezes que concordo com o Chefe de Estado gaulês.
Se o Tratado de Lisboa for ratificado pelos 27, surge a nova figura, o Presidente da UE, eleito por dois anos e meio com possibilidade de mais uma renovação, e surge para substituir as Presidências semestrais do Conselho Europeu. Blair será uma boa escolha para essa função.
Na convenção da UMP, Blair, que discursou em francês, brincou um pouco perante os milhares de militantes da UMP. Disse se fosse norte-americano seria Democrata. No Reino Unido é trabalhista. E, em França, hesitou, premeditadamente, em manifestar-se, logo, como socialista (tal a situação do PSF). Mas, acabou por fazer questão de dizer que é a sua família política.
Se este foi um primeiro momento de política europeia no seio de um partido nacional, o futuro dirá, se é ou não, penso que é dado um bom sinal.
Tenho pena que não ocorreu no seio de um partido da família socialista. Mas, pelo menos, estava no centro das atenções e destacou-se um elemento desta família. Ao menos isso!
O primeiro ouro de Pequim
El partido pro chino de Taiwán gana las elecciones parlamentarias
No ano de projecção mundial da China, com os Jogos Olímpicos, chega uma boa notícia a Pequim, vinda de Taiwan, onde a maioria da população prefere dar, presentemente, apoio a quem quer reatar laços com a China.
2008 deve ser um ano de ouro para a China...
No ano de projecção mundial da China, com os Jogos Olímpicos, chega uma boa notícia a Pequim, vinda de Taiwan, onde a maioria da população prefere dar, presentemente, apoio a quem quer reatar laços com a China.
2008 deve ser um ano de ouro para a China...
Mau exemplo, numa Europa que se quer inclusiva
O muncípio de Roma aprovou uma moção apresentada pelo partido Refundação Comunista em que é pedido ao conselheiro municipal que as escolas separem as crianças ciganas nos autocarros escolares, devido a confrontos registados nos últimos dias.
A efectivar-se a separação de crianças no transporte escolar, a Câmara de Roma, liderada por um dos rostos mais promissores da esquerda europeia, Walter Veltroni, dá-se um péssimo exemplo, numa Europa que se quer inclusiva e tolerante.
A efectivar-se a separação de crianças no transporte escolar, a Câmara de Roma, liderada por um dos rostos mais promissores da esquerda europeia, Walter Veltroni, dá-se um péssimo exemplo, numa Europa que se quer inclusiva e tolerante.
A corrida pelo poder laranja
«Durão é um ingrato», diz Ângelo Correia
Será que o Presidente da mesa do Congresso do PPD considera que o Presidente da Comissão Europeia é um "ingrato" por causa do que pode suceder em 2009, quando se perspectiva uma mudança de líder do partido?
Será que há algo em preparação, como uma candidatura de Pedro Passos Coelho, à sucessão de Menezes e Barroso pode vir estragar possíveis pretensões do antigo Vice-Presidente de Marques Mendes, caso o trabalho em Bruxelas cesse em 2009?
Bem se referia por aqui, há uns dias, que ele, Barroso, anda por aí.
Será que o Presidente da mesa do Congresso do PPD considera que o Presidente da Comissão Europeia é um "ingrato" por causa do que pode suceder em 2009, quando se perspectiva uma mudança de líder do partido?
Será que há algo em preparação, como uma candidatura de Pedro Passos Coelho, à sucessão de Menezes e Barroso pode vir estragar possíveis pretensões do antigo Vice-Presidente de Marques Mendes, caso o trabalho em Bruxelas cesse em 2009?
Bem se referia por aqui, há uns dias, que ele, Barroso, anda por aí.
Giuliani ainda não quis ir a votos
O Partido Republicano já realizou três dos 51 actos eleitorais. Até ao momento, o grande favorito, Giuliani, não se empenhou em nenhum, por isso as suas votações receberam poucos apoios, tanto no Iowa, como no Wyoming e em New Hampshire.
Na próxima semana, realiza-se a primária de Michigan (dia 15), Nevada e Carolina do Sul (dia 19). Mais três momentos desprezados pelo ex Mayor de Nova Iorque, que só quer entrar na disputa, onde já está há algum tempo em campanha, na Florida, para a eleição de 29 de Janeiro, como o seu site anuncia. Enquanto os outros candidatos estão preocupados com a eleição da próxima terça-feira e sábado.
Veremos se Giuliani é bem sucedido na Florida e uma vitória neste Estado o projecta para a grande terça, no dia 5 de Fevereiro, que irá clarificar quem, de facto, está, nos dois campos, melhor posicionado para disputar a Casa Branca na recta final.
Para já, pode ter-se quase a certeza, devido aos resultados obtidos, Thompson, que ainda foi visto como um possível novo Ronald Reagan (por causa da semelhança da carreira de ambos, da 7ª Arte para a política), está fora da corrida Republicana. Resta aguardar a sua desistência.
Para continuar a acompanhar McCain, Huckabee e Romney.
Na próxima semana, realiza-se a primária de Michigan (dia 15), Nevada e Carolina do Sul (dia 19). Mais três momentos desprezados pelo ex Mayor de Nova Iorque, que só quer entrar na disputa, onde já está há algum tempo em campanha, na Florida, para a eleição de 29 de Janeiro, como o seu site anuncia. Enquanto os outros candidatos estão preocupados com a eleição da próxima terça-feira e sábado.
Veremos se Giuliani é bem sucedido na Florida e uma vitória neste Estado o projecta para a grande terça, no dia 5 de Fevereiro, que irá clarificar quem, de facto, está, nos dois campos, melhor posicionado para disputar a Casa Branca na recta final.
Para já, pode ter-se quase a certeza, devido aos resultados obtidos, Thompson, que ainda foi visto como um possível novo Ronald Reagan (por causa da semelhança da carreira de ambos, da 7ª Arte para a política), está fora da corrida Republicana. Resta aguardar a sua desistência.
Para continuar a acompanhar McCain, Huckabee e Romney.
O debate aquece
Bronca en el Congreso entre Zaplana y Tardà, que acusa a Fraga de estar "manchado de sangre"
El portavoz del PP espeta que gracias a Fraga hoy el portavoz de ERC puede manifestar "sus ideas totalitarias y fascistas"
Caro Nuno Pinto,
A campanha está ao rubro e todos estão a assumir confrontos verbais que ultrapassam o razoável. Hoje, tanto o deputado da ERC se exasperou, como o do PP ultrapassou as fronteiras qualitativas.
Será que a intervenção de Tardà terá impacto juntos dos republicanos e anti-franquistas catalães?
El portavoz del PP espeta que gracias a Fraga hoy el portavoz de ERC puede manifestar "sus ideas totalitarias y fascistas"
Caro Nuno Pinto,
A campanha está ao rubro e todos estão a assumir confrontos verbais que ultrapassam o razoável. Hoje, tanto o deputado da ERC se exasperou, como o do PP ultrapassou as fronteiras qualitativas.
Será que a intervenção de Tardà terá impacto juntos dos republicanos e anti-franquistas catalães?
Patamares de debate
Caro Zé,
Agora consideras que não quis estabelecer um diálogo contigo. Desde o início que perceberas isso, confessas agora. Interessante relato, o que revelas.
Como é óbvio, numa troca de pontos de vista, há pontos convergentes e outros divergentes. É natural que não concordes comigo e eu contigo. Qual o problema? Nenhum. Pelo contrário, se daí advierem circunstâncias que suscitem mais e interessante debate, melhor. Todos saímos a ganhar.
Nunca te quis impor o meu ponto de vista, até porque, mesmo não concordando contigo, respeito a tua opção.
Referias amiúde a questão, que parecia a central do debate, da "renovação". E amiúde questionei, como pode um projecto político, pois não consigo conceber, liderado pela mesma pessoa, com mais de uma década, ser alvo de renovação? Disfarçaste.
Como inúmeros exemplos demonstram, um projecto esgota-se ao fim de determinado período, por diversas razões, que qualquer pessoa facilmente identifica e percebe.
Agora surges com a questão do "escrutínio". O escrutínio será feito no dia 7 de Março, quando os militantes se pronunciarem. Qual é a dúvida científica?
Rematas, depois com:
Entendia que o Carlos estaria num patamar superior onde o entusiasmo pelo debate da Política se sobrepusesse sobre a táctica da política rasteira
Devo dizer-te que não me considero nem estou num patamar superior ou inferior. Nem ando aqui com tácticas rasteiras.
Se és tão apreciador de Teoria Política, devias saber que isso dos patamares superiores são verve leninista. E as tácticas rasteiras só são comuns de quem apenas quer manter a própria sobrevivência à custa de terceiros. Como muito bem sabes, não sou deste escol.
No fundo, e centralizando no campo da Ciência Política, como diria Robert Michels, na abertura do prefácio da sua obra referência acerca dos partidos políticos:
Há pessoas que, sobretudo em coisas de política ou de religião, não conseguem ouvir opiniões diversas da sua sem que o coração lhes comece a palpitar poderosamente. Essas, deixemo-las em paz.
Como consideras que te ataco e te enganaste em relação ao "patamar" em que me vês, provavelmente não "devo estar no teu patamar", não me resta outra solução se não deixar-te em paz.
Agora consideras que não quis estabelecer um diálogo contigo. Desde o início que perceberas isso, confessas agora. Interessante relato, o que revelas.
Como é óbvio, numa troca de pontos de vista, há pontos convergentes e outros divergentes. É natural que não concordes comigo e eu contigo. Qual o problema? Nenhum. Pelo contrário, se daí advierem circunstâncias que suscitem mais e interessante debate, melhor. Todos saímos a ganhar.
Nunca te quis impor o meu ponto de vista, até porque, mesmo não concordando contigo, respeito a tua opção.
Referias amiúde a questão, que parecia a central do debate, da "renovação". E amiúde questionei, como pode um projecto político, pois não consigo conceber, liderado pela mesma pessoa, com mais de uma década, ser alvo de renovação? Disfarçaste.
Como inúmeros exemplos demonstram, um projecto esgota-se ao fim de determinado período, por diversas razões, que qualquer pessoa facilmente identifica e percebe.
Agora surges com a questão do "escrutínio". O escrutínio será feito no dia 7 de Março, quando os militantes se pronunciarem. Qual é a dúvida científica?
Rematas, depois com:
Entendia que o Carlos estaria num patamar superior onde o entusiasmo pelo debate da Política se sobrepusesse sobre a táctica da política rasteira
Devo dizer-te que não me considero nem estou num patamar superior ou inferior. Nem ando aqui com tácticas rasteiras.
Se és tão apreciador de Teoria Política, devias saber que isso dos patamares superiores são verve leninista. E as tácticas rasteiras só são comuns de quem apenas quer manter a própria sobrevivência à custa de terceiros. Como muito bem sabes, não sou deste escol.
No fundo, e centralizando no campo da Ciência Política, como diria Robert Michels, na abertura do prefácio da sua obra referência acerca dos partidos políticos:
Há pessoas que, sobretudo em coisas de política ou de religião, não conseguem ouvir opiniões diversas da sua sem que o coração lhes comece a palpitar poderosamente. Essas, deixemo-las em paz.
Como consideras que te ataco e te enganaste em relação ao "patamar" em que me vês, provavelmente não "devo estar no teu patamar", não me resta outra solução se não deixar-te em paz.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Aeroporto de ...?
De manhã, vi no programa Opinião Pública da SIC/Notícias, um participante indignar-se com o nome da localização do novo aeroporto internacional de Lisboa: Alcochete.
O novo aeroporto, na realidade, vai ficar situado nos concelhos do Montijo e Benavente. O concelho de Alcochete, ao contrário do que se pode pensar, não vai receber um único metro do futuro espaço aeroportuário. Mas será, com certeza, um dos municípios que mais beneficiará com a localização.
Seja como for, tendo o aeroporto uma posição que irá privilegiar as ligações aéreas entre a Europa e a América do Sul, o que o tornará um dos aeroportos de referência europeu com o continente americano, seria de todo justo baptizar o futuro equipamento de Pedro Álvares Cabral.
O novo aeroporto, na realidade, vai ficar situado nos concelhos do Montijo e Benavente. O concelho de Alcochete, ao contrário do que se pode pensar, não vai receber um único metro do futuro espaço aeroportuário. Mas será, com certeza, um dos municípios que mais beneficiará com a localização.
Seja como for, tendo o aeroporto uma posição que irá privilegiar as ligações aéreas entre a Europa e a América do Sul, o que o tornará um dos aeroportos de referência europeu com o continente americano, seria de todo justo baptizar o futuro equipamento de Pedro Álvares Cabral.
Os poltrões do costume
Pela segunda vez, em quase cinco anos de blogosfera, apago um comentário. E faço pelas mesmas razões que fiz na primeira ocasião. O insulto e a calúnia.
A primeira vez foi na caixa de comentários deste texto. Agora, foi nesta.
É lamentável que num debate, que se quer salutar e profícuo, como o da Concelhia de Lisboa do PS, surjam algumas pessoas, a cobro do anonimato, aproveitem um espaço que permite e fomenta o debate, como a caixa de comentários aberta e sem moderação deste blogue faculta, para insultar e difamar pessoas, como sucedeu no comentário anónimo dirigido ao Miguel Teixeira que apaguei.
Aqui, neste blogue, nem o Miguel Teixeira nem o Miguel Coelho serão alvo de comentários que denigram a sua pessoa, pois há mais vida para além da concelhia e ambos merecem respeito e consideração.
Aproveitando o ensejo, de outro comentário anónimo constante na caixa de comentários, que me recomenda juízo, desde já agradeço o conselho. No entanto, vindo de quem vem, nem o posso seguir, nem o considero válido.
Não o sigo pela simples razão que falta decência em pedir o que não se pode pedir, juízo. O anonimato tem tanto de descomprometido como de cobarde.
Por outro lado, eu não ando escondido (curiosa afirmação vinda de um anónimo!).
Há dois anos, na anterior disputa da Concelhia, manifestei que não apoiava ninguém, por não me rever em nenhuma das duas candidatura. Está escrito.
Quanto à realidade de Lisboa e do PS/Lisboa, por diversas vezes tenho manifestado o meu ponto de vista, com o qual, se pode concordar ou divergir. É natural.
Não sou, como já fui, elemento da Concelhia. Por isso, não ando desaparecido. Ou será que só contam os eleitos? Os restantes militantes não importam?
Não é por acaso que começa a haver um grande afastamento de muitos militantes da política activa no PS/Lisboa. Afastamento que importa inverter.
Porém, ao contrário do que se refere no comentário anónimo, não omito, não me faço desentendido ou me demito de pronunciar quando as situações convocam as pessoas, em especial os militantes do PS/Lisboa, a pronunciar-se sobre questões que lhes dizem respeito, como o que sucedeu no anterior mandato municipal, ou já neste.
Quanto às críticas fundamentadas, já referi, aqui, porque já apoiei o Miguel Coelho e hoje não. Basta ler o ponto dois do texto.
Enfim, do comentário anónimo, o melhor que pude ler, foi o meu despedimento, e o do Luís Tito, do Tugir. Quem seria o patrão do blogue para nos despedir? Enfim...
P.S.- Talvez o meu amigo e camarada Zé, que é dado às tentativas de brincar à Ciência Política e à Teoria Política, possa explicar, além de tentar corroborar a tese de como um mandato político com mais de uma década se renova, por que numa campanha interna, algumas pessoas, em vez de analisarem o quadro interno e as propostas, apenas sabem insultar e caluniar pessoas, envergando a capa do anonimato.
A primeira vez foi na caixa de comentários deste texto. Agora, foi nesta.
É lamentável que num debate, que se quer salutar e profícuo, como o da Concelhia de Lisboa do PS, surjam algumas pessoas, a cobro do anonimato, aproveitem um espaço que permite e fomenta o debate, como a caixa de comentários aberta e sem moderação deste blogue faculta, para insultar e difamar pessoas, como sucedeu no comentário anónimo dirigido ao Miguel Teixeira que apaguei.
Aqui, neste blogue, nem o Miguel Teixeira nem o Miguel Coelho serão alvo de comentários que denigram a sua pessoa, pois há mais vida para além da concelhia e ambos merecem respeito e consideração.
Aproveitando o ensejo, de outro comentário anónimo constante na caixa de comentários, que me recomenda juízo, desde já agradeço o conselho. No entanto, vindo de quem vem, nem o posso seguir, nem o considero válido.
Não o sigo pela simples razão que falta decência em pedir o que não se pode pedir, juízo. O anonimato tem tanto de descomprometido como de cobarde.
Por outro lado, eu não ando escondido (curiosa afirmação vinda de um anónimo!).
Há dois anos, na anterior disputa da Concelhia, manifestei que não apoiava ninguém, por não me rever em nenhuma das duas candidatura. Está escrito.
Quanto à realidade de Lisboa e do PS/Lisboa, por diversas vezes tenho manifestado o meu ponto de vista, com o qual, se pode concordar ou divergir. É natural.
Não sou, como já fui, elemento da Concelhia. Por isso, não ando desaparecido. Ou será que só contam os eleitos? Os restantes militantes não importam?
Não é por acaso que começa a haver um grande afastamento de muitos militantes da política activa no PS/Lisboa. Afastamento que importa inverter.
Porém, ao contrário do que se refere no comentário anónimo, não omito, não me faço desentendido ou me demito de pronunciar quando as situações convocam as pessoas, em especial os militantes do PS/Lisboa, a pronunciar-se sobre questões que lhes dizem respeito, como o que sucedeu no anterior mandato municipal, ou já neste.
Quanto às críticas fundamentadas, já referi, aqui, porque já apoiei o Miguel Coelho e hoje não. Basta ler o ponto dois do texto.
Enfim, do comentário anónimo, o melhor que pude ler, foi o meu despedimento, e o do Luís Tito, do Tugir. Quem seria o patrão do blogue para nos despedir? Enfim...
P.S.- Talvez o meu amigo e camarada Zé, que é dado às tentativas de brincar à Ciência Política e à Teoria Política, possa explicar, além de tentar corroborar a tese de como um mandato político com mais de uma década se renova, por que numa campanha interna, algumas pessoas, em vez de analisarem o quadro interno e as propostas, apenas sabem insultar e caluniar pessoas, envergando a capa do anonimato.
A correr para um Estado palestiniano
Bush acredita em acordo para Estado palestino até final de mandato
O presidente norte-americano prometeu, esta quinta-feira, um acordo que prevê a criação de um Estado palestino até ao final do seu mandato, dentro de um ano, considerando que este «não só é possível» como «vai acontecer».
Oxalá me engane, e aquilo em que o Presidente dos Estados Unidos da América acredita se concretize.
Todavia, uma dose de realismo deve ser tida em consideração. Ter um Estado sem reunir o mínimo de estabilidade, como não existe na presente circunstância da Palestina, dividida política e geograficamente entre Fatah e Hamas, é condenar a sobrevivência mínima desse Estado.
Quanto a esta preocupação repentina em querer ter um Estado palestiniano, de certeza que Bush tudo fará para que tal surja. Afinal, está no ano derradeiro e quer que a sua imagem, para a prosperidade, seja a de alguém que marcou positivamente o mundo. Procura, deste modo, fazer esquecer a intervenção no Iraque e querer marcar a História como o Presidente dos EUA que contribui para a consagração da Palestina.
Serão meses, até ao final do ano, em que Washington tudo fará para dar à Palestina o Estado há tanto desejado. Custe o que custar. Já deu para entender. Resta saber se conseguirá.
O presidente norte-americano prometeu, esta quinta-feira, um acordo que prevê a criação de um Estado palestino até ao final do seu mandato, dentro de um ano, considerando que este «não só é possível» como «vai acontecer».
Oxalá me engane, e aquilo em que o Presidente dos Estados Unidos da América acredita se concretize.
Todavia, uma dose de realismo deve ser tida em consideração. Ter um Estado sem reunir o mínimo de estabilidade, como não existe na presente circunstância da Palestina, dividida política e geograficamente entre Fatah e Hamas, é condenar a sobrevivência mínima desse Estado.
Quanto a esta preocupação repentina em querer ter um Estado palestiniano, de certeza que Bush tudo fará para que tal surja. Afinal, está no ano derradeiro e quer que a sua imagem, para a prosperidade, seja a de alguém que marcou positivamente o mundo. Procura, deste modo, fazer esquecer a intervenção no Iraque e querer marcar a História como o Presidente dos EUA que contribui para a consagração da Palestina.
Serão meses, até ao final do ano, em que Washington tudo fará para dar à Palestina o Estado há tanto desejado. Custe o que custar. Já deu para entender. Resta saber se conseguirá.
Finalmente... mas falta o resto
Clara Rojas y Consuelo González de Perdomo, las dos políticas colombianas en poder de la guerrilla de las FARC desde hace seis años, han recuperado finalmente este jueves por la tarde (hora española) la libertad
Finalmente acabou a novela de libertação de Clara Rojas e Consuelo González, que se previa terminada no Natal.
Depois de tanto empatarem e demitirem-se das responsabilidades que têm, as FARC libertaram as duas cativas.
Resta a Liberdade dos outros prisioneiros e o fim do terror que perpetuam na Colômbia.
Finalmente acabou a novela de libertação de Clara Rojas e Consuelo González, que se previa terminada no Natal.
Depois de tanto empatarem e demitirem-se das responsabilidades que têm, as FARC libertaram as duas cativas.
Resta a Liberdade dos outros prisioneiros e o fim do terror que perpetuam na Colômbia.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
É tempo de contar com um PS activo e forte em Lisboa
Caro Zé,
Se referi o caso francês e não o britânico ou espanhol, é porque no primeiro exemplo, há anos que o PS está na oposição e os dirigentes do partido consideram que estão bem com o rumo que mantêm. Depois admiram-se que os franceses não depositam nas urnas confiança nas propostas dos socialistas. Será que os cidadãos franceses estão errados no apoio que prestam há vários anos?
Ségolène, que deu esperança ao socialismo francês e ao próprio país, acabou por ser alvo dos próprios camaradas, mais interessados em manter a sua situação pessoal do que interessados nos problemas e desafios que se colocam. Ségolène conseguiu abrir o partido, enquanto os instalados há anos apenas o querem à deriva, desde que eles sobrevivam.
Quanto a Blair e González, que referes, não tens ponto de comparação. O primeiro saiu depois de três vitórias consecutivas e o terceiro mandato de Blair já dava sinais de desgaste. É natural. O poder desgasta e cria vícios, por isso os mandatos não devem ser extensivos.
Quanto a González, este saiu de cena quando perdeu as eleições em 1996, ao fim de um longo ciclo de vitórias, que começou no início da década de 80. Assumiu as suas responsabilidades e permitiu a regeneração do PSOE, depois de vários bons mandatos, com os últimos a comprometerem a qualidade inicial. Primeiros mandatos que deram à Espanha as condições de ser hoje a 8ª economia mundial.
Dir-me-ás quando, em Lisboa, a concelhia quis interpretar as derrotas autárquicas de 2001 e de 2005, assim como a escassa vitória de 2007. Não podes dizer, porque não houve essa vontade. Sobretudo na derrota de 2005, quando era avaliado um dos piores mandatos da cidade, com a gestão de Santana e Carmona.
E, na última eleição, que o PS venceu, não fosse a credibilidade e qualidade pessoal e política do nosso candidato, António Costa, e o PS sujeitava-se a um resultado pouco digno, tais os erros que a concelhia assumiu no mandato entre 2005 e 2007, com alguns casos pouco dignos, e que podia ter comprometido a candidatura do PS.
Por outro lado, o PS/Lisboa titubeou e, em momentos decisivos, não quis assumir a clarificação que há muito a cidade e os munícipes queiram na Câmara Municipal, com a desastrosa gestão do PPD, que desde 2001 conseguiu que a cidade começasse a perder a qualidade que as gestões socialistas fomentaram desde 1990.
Em política, é preciso assumir responsabilidades, tanto no momento das vitórias como das derrotas. Em Lisboa, estas responsabilidades não têm sido assumidas. Como se fosse indiferente ganhar ou perder.
Não fosse a agoniante gestão laranja cair de podre e ainda hoje, provavelmente, pela parte da coordenação do PS/Lisboa, a cidade contaria com uma das piores gestões.
António Costa tem realizado um excelente trabalho na Câmara Municipal, perante as inúmeras e árduas dificuldades que encontrou, devido à herança calamitosa que recebeu. Mais do que nunca, é preciso um PS/Lisboa forte e activo. Isto, claro está, se queremos ter um projecto qualificado e dinâmico para as 53 freguesias e para a cidade.
Lisboa merece e exige isso ao PS. Assumamos, então, as nossas responsabilidades como militantes.
P.S.- Concordo contigo Rui, nada como conhecer e debater os programas que serão apresentados. O que se referiu até ao momento é o quadro que nos trouxe até ao presente.
Se referi o caso francês e não o britânico ou espanhol, é porque no primeiro exemplo, há anos que o PS está na oposição e os dirigentes do partido consideram que estão bem com o rumo que mantêm. Depois admiram-se que os franceses não depositam nas urnas confiança nas propostas dos socialistas. Será que os cidadãos franceses estão errados no apoio que prestam há vários anos?
Ségolène, que deu esperança ao socialismo francês e ao próprio país, acabou por ser alvo dos próprios camaradas, mais interessados em manter a sua situação pessoal do que interessados nos problemas e desafios que se colocam. Ségolène conseguiu abrir o partido, enquanto os instalados há anos apenas o querem à deriva, desde que eles sobrevivam.
Quanto a Blair e González, que referes, não tens ponto de comparação. O primeiro saiu depois de três vitórias consecutivas e o terceiro mandato de Blair já dava sinais de desgaste. É natural. O poder desgasta e cria vícios, por isso os mandatos não devem ser extensivos.
Quanto a González, este saiu de cena quando perdeu as eleições em 1996, ao fim de um longo ciclo de vitórias, que começou no início da década de 80. Assumiu as suas responsabilidades e permitiu a regeneração do PSOE, depois de vários bons mandatos, com os últimos a comprometerem a qualidade inicial. Primeiros mandatos que deram à Espanha as condições de ser hoje a 8ª economia mundial.
Dir-me-ás quando, em Lisboa, a concelhia quis interpretar as derrotas autárquicas de 2001 e de 2005, assim como a escassa vitória de 2007. Não podes dizer, porque não houve essa vontade. Sobretudo na derrota de 2005, quando era avaliado um dos piores mandatos da cidade, com a gestão de Santana e Carmona.
E, na última eleição, que o PS venceu, não fosse a credibilidade e qualidade pessoal e política do nosso candidato, António Costa, e o PS sujeitava-se a um resultado pouco digno, tais os erros que a concelhia assumiu no mandato entre 2005 e 2007, com alguns casos pouco dignos, e que podia ter comprometido a candidatura do PS.
Por outro lado, o PS/Lisboa titubeou e, em momentos decisivos, não quis assumir a clarificação que há muito a cidade e os munícipes queiram na Câmara Municipal, com a desastrosa gestão do PPD, que desde 2001 conseguiu que a cidade começasse a perder a qualidade que as gestões socialistas fomentaram desde 1990.
Em política, é preciso assumir responsabilidades, tanto no momento das vitórias como das derrotas. Em Lisboa, estas responsabilidades não têm sido assumidas. Como se fosse indiferente ganhar ou perder.
Não fosse a agoniante gestão laranja cair de podre e ainda hoje, provavelmente, pela parte da coordenação do PS/Lisboa, a cidade contaria com uma das piores gestões.
António Costa tem realizado um excelente trabalho na Câmara Municipal, perante as inúmeras e árduas dificuldades que encontrou, devido à herança calamitosa que recebeu. Mais do que nunca, é preciso um PS/Lisboa forte e activo. Isto, claro está, se queremos ter um projecto qualificado e dinâmico para as 53 freguesias e para a cidade.
Lisboa merece e exige isso ao PS. Assumamos, então, as nossas responsabilidades como militantes.
P.S.- Concordo contigo Rui, nada como conhecer e debater os programas que serão apresentados. O que se referiu até ao momento é o quadro que nos trouxe até ao presente.
Decisão acertada
Considero que o Governo tem assumido uma boa política na globalidade. Áreas há em que, naturalmente, carece de regeneração, dada a debilidade da condução de algumas pastas.
Mas, se houve matéria que desde o primeiro momento discordei do Governo foi com escolha do novo aeroporto de Lisboa. Não quanto à necessidade de um novo aeroporto para servir a capital, porque é necessário um que substitua a praticamente saturada Portela. Contudo, a Ota não servia o interesse nacional. Ao longo de 2005 foram vários os textos, como este, em que manifestei a discordância da opção do Governo.
Felizmente, o Executivo ponderou, numa decisão que parecia consumada, e Alcochete surge, agora, tudo indica, como uma localização que serve melhor os interesses do País.
É uma boa notícia para o País, a da localização do novo aeroporto internacional de Lisboa em Alcochete.
Mas, se houve matéria que desde o primeiro momento discordei do Governo foi com escolha do novo aeroporto de Lisboa. Não quanto à necessidade de um novo aeroporto para servir a capital, porque é necessário um que substitua a praticamente saturada Portela. Contudo, a Ota não servia o interesse nacional. Ao longo de 2005 foram vários os textos, como este, em que manifestei a discordância da opção do Governo.
Felizmente, o Executivo ponderou, numa decisão que parecia consumada, e Alcochete surge, agora, tudo indica, como uma localização que serve melhor os interesses do País.
É uma boa notícia para o País, a da localização do novo aeroporto internacional de Lisboa em Alcochete.
Pedir o impossível
Bush to tell Abbas: Choice is between 'state or chaos'
Pela parte que diz respeito ao partido de Abbas, a Fatah, é bem possível que o Presidente da Autoridade Palestiniana adira à tese de Bush do "Estado" em vez do "caos". Como é óbvio. Porém, este "Estado" ou "caos" refere-se à leitura: com ou sem Hamas.
Por mais volta que se dê, sem envolver o Hamas, que controla Gaza, o "caos" (de acordo com o léxico de Bush) continuará tragicamente a existir no Médio Oriente.
Pela parte que diz respeito ao partido de Abbas, a Fatah, é bem possível que o Presidente da Autoridade Palestiniana adira à tese de Bush do "Estado" em vez do "caos". Como é óbvio. Porém, este "Estado" ou "caos" refere-se à leitura: com ou sem Hamas.
Por mais volta que se dê, sem envolver o Hamas, que controla Gaza, o "caos" (de acordo com o léxico de Bush) continuará tragicamente a existir no Médio Oriente.
Boa condução do caso balcânico
A Presidência eslovena da UE está a conduzir bem, com todos, os devidos e necessários cuidados, a questão balcânica.
Como fez saber esta semana o Primeiro-Ministro, Janez Janša, a questão mais delicada de todos é a Bósnia, pois pode, quando menos se espera, implodir, o que afectará a maioria das comunidades dos Balcãs. E tal pode acontecer se o caso do Kosovo não for bem conduzido.
Felizmente, Liubliana percebeu que não se deve ostracizar nem condenar a Sérvia, sob pena de estar dar uma resposta pouco estável para a região. Isto é, a poucos dias das eleições presidenciais sérvias, 20 de Janeiro, pressionar Belgrado, mais não seria do que um favor ao candidato nacionalista, opositor do pró-europeu Tadic.
Para já, os eslovenos, devido às boas relações dos seus políticos com os homólogos dos outros países balcânicos, oriundas do tempo da Jugoslávia, conseguiram arrefecer os ânimos das partes envolvidas no Kosovo.
Como fez saber esta semana o Primeiro-Ministro, Janez Janša, a questão mais delicada de todos é a Bósnia, pois pode, quando menos se espera, implodir, o que afectará a maioria das comunidades dos Balcãs. E tal pode acontecer se o caso do Kosovo não for bem conduzido.
Felizmente, Liubliana percebeu que não se deve ostracizar nem condenar a Sérvia, sob pena de estar dar uma resposta pouco estável para a região. Isto é, a poucos dias das eleições presidenciais sérvias, 20 de Janeiro, pressionar Belgrado, mais não seria do que um favor ao candidato nacionalista, opositor do pró-europeu Tadic.
Para já, os eslovenos, devido às boas relações dos seus políticos com os homólogos dos outros países balcânicos, oriundas do tempo da Jugoslávia, conseguiram arrefecer os ânimos das partes envolvidas no Kosovo.
É tempo de contar com um PS activo e forte em Lisboa
Caro Zé,
Segundo texto que me diriges, e o que escrevi, para ti tanto se faz como deu. Nem te pronuncias quanto ao projecto gasto e esgotado que entendes apoiar.
Limitaste a reiterar a tua premissa: que eu sou acrítico. À qual juntas agora dois pontos, que eu te devo razão e estou em campanha.
Quanto à questão de estar ou não em campanha, se refiro um apoio a um candidato, segundo a lógica, devo estar, mesmo que não tenha nenhum letreiro a indicar: campanha.
Tu declaras que apoias um candidato, mas não fazes campanha (faz-me lembrar aquele sketch dos 'Gato Fedorento' imitando Marcelo Rebelo de Sousa na campanha da IVG).
Quanto ao dar-te razão, normalmente só a pede quem não a sente.
Em suma, tu crês, e eu respeito, apesar de não conceber, que um projecto político (que reage do mesmo modo às derrotas como às vitórias que os cidadãos atribuem) com 13 anos e com o mesmo líder se renova.
Se quiseres um exemplo análogo e mais evidente, em matéria de renovação, e à escala de um país, os dirigentes do PS francês também consideram que o seu projecto (anacrónico) se renova, por isso, infelizmente, o partido continua na oposição, porque os cidadãos assim o entendem.
Penso que em Lisboa há muitos militantes do PS que querem uma mudança, com uma concelhia activa e forte. Militantes estes, que no teu entender, provavelmente, também devem ser acríticos.
Segundo texto que me diriges, e o que escrevi, para ti tanto se faz como deu. Nem te pronuncias quanto ao projecto gasto e esgotado que entendes apoiar.
Limitaste a reiterar a tua premissa: que eu sou acrítico. À qual juntas agora dois pontos, que eu te devo razão e estou em campanha.
Quanto à questão de estar ou não em campanha, se refiro um apoio a um candidato, segundo a lógica, devo estar, mesmo que não tenha nenhum letreiro a indicar: campanha.
Tu declaras que apoias um candidato, mas não fazes campanha (faz-me lembrar aquele sketch dos 'Gato Fedorento' imitando Marcelo Rebelo de Sousa na campanha da IVG).
Quanto ao dar-te razão, normalmente só a pede quem não a sente.
Em suma, tu crês, e eu respeito, apesar de não conceber, que um projecto político (que reage do mesmo modo às derrotas como às vitórias que os cidadãos atribuem) com 13 anos e com o mesmo líder se renova.
Se quiseres um exemplo análogo e mais evidente, em matéria de renovação, e à escala de um país, os dirigentes do PS francês também consideram que o seu projecto (anacrónico) se renova, por isso, infelizmente, o partido continua na oposição, porque os cidadãos assim o entendem.
Penso que em Lisboa há muitos militantes do PS que querem uma mudança, com uma concelhia activa e forte. Militantes estes, que no teu entender, provavelmente, também devem ser acríticos.
O debate necessário
Caro Rui,
Não se trata de ginástica, mas distinguir as coisas.
De facto, o Tratado de Lisboa não é o Tratado Constitucional, ainda que boa parte tenha inspiração no último documento. O facto de textos anteriores continuarem em vigor são disso prova. O que não se verificava caso o documento do Tratado Constitucional fosse aprovado.
Refere-se a questão da queda dos símbolos (bandeira, hino). Mas este ponto, apesar de simbólico, tem o seu peso e não é pouco, conforme a História europeia demonstra. Por cá algumas vozes tendem a desprezar esta dimensão, fazendo mal, pois a sua influência é bem elevada. Os símbolos são importantes em qualquer comunidade.
Por outro lado, importa ressuscitar uma referência que parece ter ficado esquecida em 2005: o Tratado Constitucional não era uma Constituição, no sentido de instituir um Estado, ou, segundo alguns, um superEstado europeu.
A União Europeia, por mais que se aprofunde a sua construção (e eu sou defensor do aprofundamento), não assumirá nem terá uma estrutura semelhante às federações, como a Alemanha ou os Estados Unidos.
Trata-se de uma nova realidade, democrática, sem paralelo no mundo, e ainda em construção. Devemos ter presente.
As soberanias nacionais não serão abolidas nem desaparecerão. Recebem um processo de transformação. É inevitável, a corrente dos tempos a isso conduz, queiramos ou não. Porém, deve ter-se presente que qualquer pretensão de suprimir soberanias nacionais é meio passo para um retrocesso na construção. As soberanias estão, neste momento, num processo de transformação, que não se sabe quais os novos contornos que assumirá. Será, porém, distinta das soberanias de outras eras. (Com o Tratado de Lisboa, os Parlamentos nacionais passam a contar com mais poder, como se pode pensar em perda de soberania?!)
A força está na União, não na supressão, até porque foi a supressão que conduziu a Europa à tragédia. Nunca nos podemos esquecer das raízes do projecto europeu: Democracia, Paz e Prosperidade para os povos europeus.
Em suma, e goste-se ou não do projecto europeu, seremos tão mais fortes e concomitantemente mais resistentes às adversidades na era global, quanto maior for a integração.
O Tratado de Lisboa vem reestruturar as instituições europeias, que bem precisam de maior funcionalidade e mais eficácia, para estes tempos.
Se esperamos que o Tratado de Lisboa seja a salvação da crise europeia que atravessamos, não vale a pena, mas será um bom auxílio na saída que queremos ter deste período pouco próspero.
Em suma, por estas e por outras questões é que valia a pena um referendo. Sempre se debateria a nível nacional a UE.
P.S.- Deduzo que mais do que o péssimo resultado do teu clube, tenha sido a pobre exibição realizada no Bonfim. Mais um jogo para esquecer! Pela minha parte, gostei do resultado e do jogo do Vitória, que merecia um marcador um pouco mais dilatado! :)
Não se trata de ginástica, mas distinguir as coisas.
De facto, o Tratado de Lisboa não é o Tratado Constitucional, ainda que boa parte tenha inspiração no último documento. O facto de textos anteriores continuarem em vigor são disso prova. O que não se verificava caso o documento do Tratado Constitucional fosse aprovado.
Refere-se a questão da queda dos símbolos (bandeira, hino). Mas este ponto, apesar de simbólico, tem o seu peso e não é pouco, conforme a História europeia demonstra. Por cá algumas vozes tendem a desprezar esta dimensão, fazendo mal, pois a sua influência é bem elevada. Os símbolos são importantes em qualquer comunidade.
Por outro lado, importa ressuscitar uma referência que parece ter ficado esquecida em 2005: o Tratado Constitucional não era uma Constituição, no sentido de instituir um Estado, ou, segundo alguns, um superEstado europeu.
A União Europeia, por mais que se aprofunde a sua construção (e eu sou defensor do aprofundamento), não assumirá nem terá uma estrutura semelhante às federações, como a Alemanha ou os Estados Unidos.
Trata-se de uma nova realidade, democrática, sem paralelo no mundo, e ainda em construção. Devemos ter presente.
As soberanias nacionais não serão abolidas nem desaparecerão. Recebem um processo de transformação. É inevitável, a corrente dos tempos a isso conduz, queiramos ou não. Porém, deve ter-se presente que qualquer pretensão de suprimir soberanias nacionais é meio passo para um retrocesso na construção. As soberanias estão, neste momento, num processo de transformação, que não se sabe quais os novos contornos que assumirá. Será, porém, distinta das soberanias de outras eras. (Com o Tratado de Lisboa, os Parlamentos nacionais passam a contar com mais poder, como se pode pensar em perda de soberania?!)
A força está na União, não na supressão, até porque foi a supressão que conduziu a Europa à tragédia. Nunca nos podemos esquecer das raízes do projecto europeu: Democracia, Paz e Prosperidade para os povos europeus.
Em suma, e goste-se ou não do projecto europeu, seremos tão mais fortes e concomitantemente mais resistentes às adversidades na era global, quanto maior for a integração.
O Tratado de Lisboa vem reestruturar as instituições europeias, que bem precisam de maior funcionalidade e mais eficácia, para estes tempos.
Se esperamos que o Tratado de Lisboa seja a salvação da crise europeia que atravessamos, não vale a pena, mas será um bom auxílio na saída que queremos ter deste período pouco próspero.
Em suma, por estas e por outras questões é que valia a pena um referendo. Sempre se debateria a nível nacional a UE.
P.S.- Deduzo que mais do que o péssimo resultado do teu clube, tenha sido a pobre exibição realizada no Bonfim. Mais um jogo para esquecer! Pela minha parte, gostei do resultado e do jogo do Vitória, que merecia um marcador um pouco mais dilatado! :)
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