A taxa de desemprego em Portugal caiu 0,7 pontos percentuais em Janeiro deste ano, face a igual período de 2007, para 7,5 por cento, segundo dados do Eurostat. O ministro Vieira Silva considera que esta descida é sinal de «mudança».
Parece que o primeiro sinal de mudança, como diz Vieira da Silva, está dado.
Um assunto a merecer acompanhamento.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Terceiro aniversário do Insurgente
Depois de ter problemas técnicos, um dos melhores blogues nacionais, que completou há dias o seu terceiro aniversário, está de regresso às lides blogosféricas.
Discordando da maioria dos pontos de vista que se apresentam no Insurgente (parece que nem no campo do candidato Republicano à Casa Branca nos entendemos, pois nunca li por lá nada em abono de McCain), há, todavia, alguns e determinantes pontos de convergência, como a defesa da Liberdade.
A todos os insurgentes, mas em especial ao André Azevedo Alves, ao Luís Silva e ao Miguel, parabéns por mais um aniversário.
Discordando da maioria dos pontos de vista que se apresentam no Insurgente (parece que nem no campo do candidato Republicano à Casa Branca nos entendemos, pois nunca li por lá nada em abono de McCain), há, todavia, alguns e determinantes pontos de convergência, como a defesa da Liberdade.
A todos os insurgentes, mas em especial ao André Azevedo Alves, ao Luís Silva e ao Miguel, parabéns por mais um aniversário.
Marretices
Após declarações da ex-secretária de Estado da Educação socialista à SIC Notícias
Valter Lemos acusa Ana Benavente de ter sempre cedido aos interesses da Fenprof
Eis um bom exemplo de duas intervenções que nada contribuiram para a melhoria da Educação no nosso País. Um exemplo que merece uma recente e célebre máxima do Rei Juan Carlos sobre o calar.
Valter Lemos acusa Ana Benavente de ter sempre cedido aos interesses da Fenprof
Eis um bom exemplo de duas intervenções que nada contribuiram para a melhoria da Educação no nosso País. Um exemplo que merece uma recente e célebre máxima do Rei Juan Carlos sobre o calar.
A demagogia da direita II
El eje franco-alemán se fractura
El distanciamiento se inició el pasado verano, al irse visualizando la crisis financiera y multiplicarse las demandas de Sarkozy para que el Banco Central Europeo rebajara los tipos de interés. Para Alemania, la independencia del BCE, heredero del Bundesbank, es sagrada. Merkel replicó entonces que deseaba "evitar cualquier intento de influir en la política monetaria".
Sarkozy quer que o BCE deixe de ter um papel relevante na UE. O que preocupa Sarkozy não é o papel do BCE mas sim o seu poder. Felizmente, em Berlim, há uma Chanceler lúcida, como no Luxemburgo há um Primeiro-Ministro que sabem que não se pode andar a mudar os papeis, muito menos o poder e suas funções, às instituições consoante o interesse do momento.
Sarkozy não quer cumprir critérios, porque não quer ser rigoroso com a sua política, que é esbanjadora e, provavelmente, inconsequente.
Para quem tanto anunciava reformar a França há um ano, parece que falta vontade e projecto para reformar um potência europeia que há anos que entrou em decadência.
Não é com défice público que a França recupera o atraso, mas com disciplina.
Quem tanto culpa o BCE, bem se podia recordar, nestes dias, se não fosse o Euro, por esta hora, a maior parte dos países, entre os quais Portugal, estaria a sofrer um sério revés com a crise económica que abala o mundo.
A demagogia de certos políticos deve ser desmascarada, pois mais dia menos dia lá Sarkozy poderá dizer que as mudanças que não fez são culpa do BCE.
El distanciamiento se inició el pasado verano, al irse visualizando la crisis financiera y multiplicarse las demandas de Sarkozy para que el Banco Central Europeo rebajara los tipos de interés. Para Alemania, la independencia del BCE, heredero del Bundesbank, es sagrada. Merkel replicó entonces que deseaba "evitar cualquier intento de influir en la política monetaria".
Sarkozy quer que o BCE deixe de ter um papel relevante na UE. O que preocupa Sarkozy não é o papel do BCE mas sim o seu poder. Felizmente, em Berlim, há uma Chanceler lúcida, como no Luxemburgo há um Primeiro-Ministro que sabem que não se pode andar a mudar os papeis, muito menos o poder e suas funções, às instituições consoante o interesse do momento.
Sarkozy não quer cumprir critérios, porque não quer ser rigoroso com a sua política, que é esbanjadora e, provavelmente, inconsequente.
Para quem tanto anunciava reformar a França há um ano, parece que falta vontade e projecto para reformar um potência europeia que há anos que entrou em decadência.
Não é com défice público que a França recupera o atraso, mas com disciplina.
Quem tanto culpa o BCE, bem se podia recordar, nestes dias, se não fosse o Euro, por esta hora, a maior parte dos países, entre os quais Portugal, estaria a sofrer um sério revés com a crise económica que abala o mundo.
A demagogia de certos políticos deve ser desmascarada, pois mais dia menos dia lá Sarkozy poderá dizer que as mudanças que não fez são culpa do BCE.
A demagogia da direita I
Los inmigrantes pagan 900.000 pensiones
Las cotizaciones de los extranjeros suponen un beneficio neto para el Estado de 5.000 millones - Su trabajo incrementó la renta anual en 623 euros por habitante
A direita europeia, com a excepção da liderança nacional de Merkel, anda a brincar com as pessoas e procurar provocar instabilidade social e económica.
Em Espanha, Rajoy transporta um discurso irresponsável e bem ao estilo da extrema-direita, que inclusive já fez saber que gosta do conteúdo político de Rajoy.
O discurso quase xenófobo do líder do PP é perigoso e demagógico. Desde há dias, e em especial no debate de segunda-feira com Zapatero, que Rajoy apresenta um discurso anti-imigração. Lamenta-se que o líder da oposição espanhola se esqueça dos dados reais, pois como a notícia acima indica, os imigrantes têm sido um verdadeiro impulsionador da pujante economia espanhola. Ao fim e ao cabo, Rajoy mais não pede que uma amputação da sociedade espanhola.
Pobres políticos estes que apenas se querem mostrar fortes com base na hipocrisia e no ataque aos mais vulneráveis.
A Europa social e integradora que se quer não é, seguramente, a de Rajoy.
Las cotizaciones de los extranjeros suponen un beneficio neto para el Estado de 5.000 millones - Su trabajo incrementó la renta anual en 623 euros por habitante
A direita europeia, com a excepção da liderança nacional de Merkel, anda a brincar com as pessoas e procurar provocar instabilidade social e económica.
Em Espanha, Rajoy transporta um discurso irresponsável e bem ao estilo da extrema-direita, que inclusive já fez saber que gosta do conteúdo político de Rajoy.
O discurso quase xenófobo do líder do PP é perigoso e demagógico. Desde há dias, e em especial no debate de segunda-feira com Zapatero, que Rajoy apresenta um discurso anti-imigração. Lamenta-se que o líder da oposição espanhola se esqueça dos dados reais, pois como a notícia acima indica, os imigrantes têm sido um verdadeiro impulsionador da pujante economia espanhola. Ao fim e ao cabo, Rajoy mais não pede que uma amputação da sociedade espanhola.
Pobres políticos estes que apenas se querem mostrar fortes com base na hipocrisia e no ataque aos mais vulneráveis.
A Europa social e integradora que se quer não é, seguramente, a de Rajoy.
Demagogia popular II
Aznar acusa a Zapatero de seguir negociando con ETA
Pelos vistos, a ETA dialoga à bomba com o PSOE:
A sede do Partido Socialista na localidade de Derio, no País Basco, foi esta sexta-feira alvo de um ataque à bomba, que não provocou vítimas. Um telefonema anónimo feito em nome da ETA alertou para a ocorrência da explosão, anunciou hoje o governo regional basco.
Aznar continua a transpirar ressabiamento da derrota de 2004. Derrota que se deve, em larga medida, à atitude do PP após o 11 de Março, procurando acusar os terroristas da ETA que nada tiveram a ver com o atentado de Atocha, mas sim o fundamentalismo que deturpa o islão.
Pelos vistos, a ETA dialoga à bomba com o PSOE:
A sede do Partido Socialista na localidade de Derio, no País Basco, foi esta sexta-feira alvo de um ataque à bomba, que não provocou vítimas. Um telefonema anónimo feito em nome da ETA alertou para a ocorrência da explosão, anunciou hoje o governo regional basco.
Aznar continua a transpirar ressabiamento da derrota de 2004. Derrota que se deve, em larga medida, à atitude do PP após o 11 de Março, procurando acusar os terroristas da ETA que nada tiveram a ver com o atentado de Atocha, mas sim o fundamentalismo que deturpa o islão.
Demagogia popular I
A sede do Partido Socialista na localidade de Derio, no País Basco, foi esta sexta-feira alvo de um ataque à bomba, que não provocou vítimas. Um telefonema anónimo feito em nome da ETA alertou para a ocorrência da explosão, anunciou hoje o governo regional basco.
Rajoy tem mais um argumento a favor da sua imaginação deturpada de que o PSOE tem boas conversações com a ETA. O ataque da ETA hoje à sede do PSOE é disso prova.
Rajoy tem mais um argumento a favor da sua imaginação deturpada de que o PSOE tem boas conversações com a ETA. O ataque da ETA hoje à sede do PSOE é disso prova.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Entre a vida e a morte
A vida de Ingrid Bettancourt está em perigo
Gloria Polanco, Luis Eladio Perez, Orlando Beltran e Jorge Gechem foram recebidos com honras de Estado pelo presidente venezuelano no palácio presidencial em Caracas, a ex-deputada pediu a Chavez: "Peço-lhe do coração, hoje, aqui, diante de todos, que lute pela liberdade de Ingrid muito rapidamente. Está muito doente, presidente, tem uma hepatite B repetitiva e está a chegar aos seus últimos dias."
Será que as FARC colocarão, ao menos uma vez, a mão na consciência e libertarão Ingrid?
Gloria Polanco, Luis Eladio Perez, Orlando Beltran e Jorge Gechem foram recebidos com honras de Estado pelo presidente venezuelano no palácio presidencial em Caracas, a ex-deputada pediu a Chavez: "Peço-lhe do coração, hoje, aqui, diante de todos, que lute pela liberdade de Ingrid muito rapidamente. Está muito doente, presidente, tem uma hepatite B repetitiva e está a chegar aos seus últimos dias."
Será que as FARC colocarão, ao menos uma vez, a mão na consciência e libertarão Ingrid?
A (in)coerência do PCP
PCP exige um país mais democrático
A Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP) elegeu, domingo, o presidente do Conselho de Estado. Em mensagem enviada a Raúl Castro, o PCP reitera a solidariedade inabalável dos comunistas portugueses com Cuba.
O mesmo partido que "exige um país mais democrático", "reitera a solidariedade inabalável" a uma ditadura.
Haja topete!
A Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP) elegeu, domingo, o presidente do Conselho de Estado. Em mensagem enviada a Raúl Castro, o PCP reitera a solidariedade inabalável dos comunistas portugueses com Cuba.
O mesmo partido que "exige um país mais democrático", "reitera a solidariedade inabalável" a uma ditadura.
Haja topete!
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
O preço a pagar por querer melhorar a Educação
Nestes últimos dias vêem-se muitos protestos condenarem a política educativa deste Governo.
Seria fácil, como alguns agitadores de pacotilha pretendem, dizer que são os professores os agitadores de toda esta situação. É bem certo que haverá professores que nada querem mudar, para que tudo continue na mesma. Como se estivesse bem. Basta consultar os dados da OCDE e ver como está a nossa Educação.
Porém, seria demasiado irresponsável tomar a árvore pela floresta, isto é, fazer com que os protestos sem sentido de uma agremiação pública que reúne uma dúzia de pessoas representasse toda a classe.
Qual é, segundo alguns, os que protestam, a culpa de Maria de Lurdes Rodrigues? Querer melhorar o ensino em Portugal. É defeito, é pecado, é irresponsável? Não.
As mudanças suscitam sempre resistências, mas esta é uma mudança fundamental para o País e Maria de Lurdes Rodrigues está a desenvolver o trabalho necessário para dignificar o Ensino em Portugal.
Seria fácil, como alguns agitadores de pacotilha pretendem, dizer que são os professores os agitadores de toda esta situação. É bem certo que haverá professores que nada querem mudar, para que tudo continue na mesma. Como se estivesse bem. Basta consultar os dados da OCDE e ver como está a nossa Educação.
Porém, seria demasiado irresponsável tomar a árvore pela floresta, isto é, fazer com que os protestos sem sentido de uma agremiação pública que reúne uma dúzia de pessoas representasse toda a classe.
Qual é, segundo alguns, os que protestam, a culpa de Maria de Lurdes Rodrigues? Querer melhorar o ensino em Portugal. É defeito, é pecado, é irresponsável? Não.
As mudanças suscitam sempre resistências, mas esta é uma mudança fundamental para o País e Maria de Lurdes Rodrigues está a desenvolver o trabalho necessário para dignificar o Ensino em Portugal.
A hipocrisia das FARC
Las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) han entregado hoy a cuatro ex parlamentarios de ese país, tal como había prometido, pero ha anunciado que no habrá más liberaciones a menos que el Gobierno del presidente Álvaro Uribe desmilitarice una zona del suroeste del país.
O conceito de respeito e dignididade não abunda muito nos elementos das FARC. Agora que libertaram quatro políticos, que fizeram reféns, como se se tratasse de um gesto filantrópico que os narco-traficantes-terroristas colombianos assumem, pretendem que o Estado deixe de ter presença em certas regiões do país.
Não haja dúvida que pudor nunca faltou às FARC.
O conceito de respeito e dignididade não abunda muito nos elementos das FARC. Agora que libertaram quatro políticos, que fizeram reféns, como se se tratasse de um gesto filantrópico que os narco-traficantes-terroristas colombianos assumem, pretendem que o Estado deixe de ter presença em certas regiões do país.
Não haja dúvida que pudor nunca faltou às FARC.
Delicioso
O título do escrito inédito de Cardoso Pires, agora publicado pela nova Editora Nelson de Matos, bem como a capa, podem influenciar o leitor a considerar que se trata de algo condizente com questões gastrómicas. De certo modo, nas primeiras páginas tal se verifica. Porém, é a metáfora do lavagante e do safio, inicialmente descrita, e depois projectada à dimensão e relação humana que o livro apresenta, circunscrita num determinado período do Estado Novo, que torna este livro interessante.
Lê-se muito bem, pouco mais de uma hora chega, e sabe melhor. Uma leitura a não perder.
Lê-se muito bem, pouco mais de uma hora chega, e sabe melhor. Uma leitura a não perder.
Um dia triste
Morreu o antigo jogador de basquetebol Mike Plowden
Quem há um bom par de anos acompanhava o basquetebol, quando as grandes estrelas norte-americanas estavam em acção: Jordan, Magic, Bird, entre outros, seguramente também acompanhava os bons tempos do basquetebol português, quando o Benfica conseguia bater-se de igual para igual com os grandes da Europa. Seguramente, poder-se-á recordar da boa equipa liderada pelo inesquecível Carlos Lisboa, dos quais faziam parte o colosso angolano Jean Jacques, dos bases Henrique Vieira e Carlos Miguel, entre outros. Mike Plowden era outra das referências desses tempos, quando os relatos de Carlos Barroca e do inconfundível, e já desaparecido, João Coutinho, também faziam parte do espectáculo desportivo. Ainda me recordo dos duelos, de triplos, entre Lisboa e Gallis (do Panatinaikos).
Tomo agora conhecimento da morte de Plowden, encontrado sem vida no chão de um ginásio. Trata-se de uma perda para o Desporto nacional, muito em especial do basquetebol. Fica a referência de um grande atleta.
Quem há um bom par de anos acompanhava o basquetebol, quando as grandes estrelas norte-americanas estavam em acção: Jordan, Magic, Bird, entre outros, seguramente também acompanhava os bons tempos do basquetebol português, quando o Benfica conseguia bater-se de igual para igual com os grandes da Europa. Seguramente, poder-se-á recordar da boa equipa liderada pelo inesquecível Carlos Lisboa, dos quais faziam parte o colosso angolano Jean Jacques, dos bases Henrique Vieira e Carlos Miguel, entre outros. Mike Plowden era outra das referências desses tempos, quando os relatos de Carlos Barroca e do inconfundível, e já desaparecido, João Coutinho, também faziam parte do espectáculo desportivo. Ainda me recordo dos duelos, de triplos, entre Lisboa e Gallis (do Panatinaikos).
Tomo agora conhecimento da morte de Plowden, encontrado sem vida no chão de um ginásio. Trata-se de uma perda para o Desporto nacional, muito em especial do basquetebol. Fica a referência de um grande atleta.
Alemães reprovam irresponsabilidade política de Sarkozy
Em 12 de Maio de 2007, pouco depois da vitória presidencial de Sarkozy, escrevia-se:
A necessária determinação alemã
Mesmo que haja, como prevejo, desvarios europeus do próximo Chefe de Estado gaulês, leia-se valorização de directórios por Paris, de Berlim a UE pode continuar a contar com determinação europeia global. Ainda bem, por todos nós!
Hoje, toma-se conhecimento:
Paris e Berlim acabam de anular duas cimeiras, tornando público um mal-estar persistente franco-alemão, devido a divergências sobre o projecto de União Mediterrânica do presidente Sarkozy e dossiês económicos europeus
A cada dia que passa Sarkozy afunda-se nas suas políticas e atitudes. Desta vez, nem a vizinha, nem companheira do mesmo campo político, Angela Merkel, embarca nas posições de Sarkozy.
O pragmatismo alemão, em especial no campo económico, não está para ceder aos aventureirismos deste Presidente francês. A Alemanha faz muito bem na determinação que assume, pois não se pode deitar o rigor e os critérios fora, e que tanto custaram a conquistar e assumir no espaço europeu, só pelo poder político gaulês não querer assumir as suas responsabilidades.
Sarkozy tem demonstrado em quase um ano de mandato um exercício de poder cheio de forma e muito escasso de conteúdo.
Felizmente, para a UE, Berlim conta com bons governantes e não se deixam levar pelas facilidades, sem eira nem beira, que Sarkozy quer implementar.
A necessária determinação alemã
Mesmo que haja, como prevejo, desvarios europeus do próximo Chefe de Estado gaulês, leia-se valorização de directórios por Paris, de Berlim a UE pode continuar a contar com determinação europeia global. Ainda bem, por todos nós!
Hoje, toma-se conhecimento:
Paris e Berlim acabam de anular duas cimeiras, tornando público um mal-estar persistente franco-alemão, devido a divergências sobre o projecto de União Mediterrânica do presidente Sarkozy e dossiês económicos europeus
A cada dia que passa Sarkozy afunda-se nas suas políticas e atitudes. Desta vez, nem a vizinha, nem companheira do mesmo campo político, Angela Merkel, embarca nas posições de Sarkozy.
O pragmatismo alemão, em especial no campo económico, não está para ceder aos aventureirismos deste Presidente francês. A Alemanha faz muito bem na determinação que assume, pois não se pode deitar o rigor e os critérios fora, e que tanto custaram a conquistar e assumir no espaço europeu, só pelo poder político gaulês não querer assumir as suas responsabilidades.
Sarkozy tem demonstrado em quase um ano de mandato um exercício de poder cheio de forma e muito escasso de conteúdo.
Felizmente, para a UE, Berlim conta com bons governantes e não se deixam levar pelas facilidades, sem eira nem beira, que Sarkozy quer implementar.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Jugo sujo
Uma fotografia de Barack Obama vestido à maneira somali e na qual o candidato democrata usa um turbante, está a gerar polémica nos Estados Unidos.
A campanha eleitoral norte-americana entrou numa fase previsível mas totalmente desprezível, o jogo baixo e sujo, de insinuações e deturpações.
Depois de há dias o New York Times ter avançado, sem provas, que McCain manteve um relacionamento amoroso com uma lobbista, desta feita, uma foto de Obama, com um traje somali, está a ter grande projecção, procurando dizer ao eleitorado, entrelinhas, quem colocou a correr a foto (ainda por descobrir), que quem se veste assim são os terroristas que atacaram no 11 de Setembro, numa clara pretensão de dizer que Obama não defende os EUA. Trata-se de uma campanha do mais baixo nível e merecedora de repúdio.
Obama, como qualquer candidato, não é melhor ou pior candidato pelo que veste mas pelo que apresenta.
A campanha eleitoral norte-americana entrou numa fase previsível mas totalmente desprezível, o jogo baixo e sujo, de insinuações e deturpações.
Depois de há dias o New York Times ter avançado, sem provas, que McCain manteve um relacionamento amoroso com uma lobbista, desta feita, uma foto de Obama, com um traje somali, está a ter grande projecção, procurando dizer ao eleitorado, entrelinhas, quem colocou a correr a foto (ainda por descobrir), que quem se veste assim são os terroristas que atacaram no 11 de Setembro, numa clara pretensão de dizer que Obama não defende os EUA. Trata-se de uma campanha do mais baixo nível e merecedora de repúdio.
Obama, como qualquer candidato, não é melhor ou pior candidato pelo que veste mas pelo que apresenta.
Mais uma pérola do regime de Kadhafi
Libia negocia con Al Qaeda liberar a parte de sus presos
O regime do senhor Kadhafi continua a ser um caso bastante peculiar na Comunidade Internacional, como esta relação com a Al Qaeda evidencia.
Enquanto na vizinha Argélia o poder procura combater a rede terrorista, que tem ceifado a vida a centenas de inocentes, na Líbia o regime dialoga.
O regime do senhor Kadhafi continua a ser um caso bastante peculiar na Comunidade Internacional, como esta relação com a Al Qaeda evidencia.
Enquanto na vizinha Argélia o poder procura combater a rede terrorista, que tem ceifado a vida a centenas de inocentes, na Líbia o regime dialoga.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Um debate que não focou o futuro
Do primeiro debate entre Zapatero e Rajoy realce para a ausência de propostas para os próximos quatro anos. Os últimos minutos, dedicados aos desafios do futuro, pouco adiantaram. Assim, o debate girou em torno do passado e de comparações entre os Governos do PSOE e do PP.
Rajoy surgiu mais seguro, apenas no ataque, do que Zapatero, que só com o tema das políticas sociais, em que apresentou o vasto e diversificado trabalho do seu Governo, conseguiu inverter uma desvantagem que Rajoy alcançou no início, devido a uma boa intervenção inicial e à postura de tentar minorar o bom trabalho económico deste Governo do PSOE, que Zapatero não conseguiu saber sublinhar.
Depois, como se esperaria, Rajoy "pendurou-se" na atitude que o Governo de Zapatero teve com a ETA e em termos de políticas autonómicas.
Rajoy esteve bem, até certo ponto, ao atacar o Governo, mas pecou, por um lado, pela ausência de propostas e, por outro, no final do debate, pela acusação demagógica, de que Zapatero humilhava as vítimas do terrorismo.
Zapatero, por seu turno, apanhou uma contradição evidente, quando Rajoy dissera que com o Governo PP a ETA estava quase acabada, quando, em 2004, era o mesmo PP que acusava a ETA do atentado de Atocha, e quando o PP, perante um ponto igual, apresentado no Estatuto da Catalunha, no Andaluz e em Madrid teve três atitudes diferentes.
O líder do PSOE não surgiu muito seguro no debate, apesar de ter todos os argumentos para fazer valer a boa política dos últimos quatro anos. Em termos de combate à ETA, Zapatero podia ter sido mais incisivo.
Veremos o que dará o próximo debate, esperando um Zapatero mais assertivo e determinado.
Rajoy surgiu mais seguro, apenas no ataque, do que Zapatero, que só com o tema das políticas sociais, em que apresentou o vasto e diversificado trabalho do seu Governo, conseguiu inverter uma desvantagem que Rajoy alcançou no início, devido a uma boa intervenção inicial e à postura de tentar minorar o bom trabalho económico deste Governo do PSOE, que Zapatero não conseguiu saber sublinhar.
Depois, como se esperaria, Rajoy "pendurou-se" na atitude que o Governo de Zapatero teve com a ETA e em termos de políticas autonómicas.
Rajoy esteve bem, até certo ponto, ao atacar o Governo, mas pecou, por um lado, pela ausência de propostas e, por outro, no final do debate, pela acusação demagógica, de que Zapatero humilhava as vítimas do terrorismo.
Zapatero, por seu turno, apanhou uma contradição evidente, quando Rajoy dissera que com o Governo PP a ETA estava quase acabada, quando, em 2004, era o mesmo PP que acusava a ETA do atentado de Atocha, e quando o PP, perante um ponto igual, apresentado no Estatuto da Catalunha, no Andaluz e em Madrid teve três atitudes diferentes.
O líder do PSOE não surgiu muito seguro no debate, apesar de ter todos os argumentos para fazer valer a boa política dos últimos quatro anos. Em termos de combate à ETA, Zapatero podia ter sido mais incisivo.
Veremos o que dará o próximo debate, esperando um Zapatero mais assertivo e determinado.
A força da esquerda irresponsável é a fraqueza da social-democracia
No rescaldo da eleição do land de Hamburgo de ontem, que a CDU ganhou, mas com menos votos que há seis anos, conduzindo, por isso, os democratas-cristãos a estabelecer, pela primeira vez na história da política alemã, um acordo com os Verdes (aliados tradicionais do SPD), para governar este land, regista-se, por outro lado, e à imagem do que tem vindo a acontecer em recentes eleições, uma subida da A Esquerda (fusão de comunistas e antigos sociais-democratas).
Este artigo apresenta uma boa radiografia da actualidade política alemã, destacando-se a emergência de A Esquerda e a queda do SPD. Também, não é para menos. Quanto mais os sociais-democratas receiam o seu património e doutrina, sentindo-se obrigados, sem razão, em congresso partidário, virar o partido à esquerda, tal significa que temem os seus princípios.
A Esquerda, e o seu líder Lafontaine (ex-líder do SPD e ex-Ministro das Finanças de Schröeder), que mais não apresenta um conjunto de propostas irresponsáveis (se fossem aplicadas conduziriam os cofres do Estado federal ao seu endividamento e, por conseguinte, com forte carga sobre os contribuintes), continua a sua política demagógica, e na qual parte do eleitorado se começa a rever, uma vez que identificam um SPD titubeante. A diminuição de militantes sociais-democratas que se refere no artigo não é fruto do acaso.
É bom que os socialistas e sociais-democratas europeus aprendam com as lições francesa e alemã. O receio de assumir uma política de inovação assente na Justiça Social não pode ser desprezada, sob pena das esquerdas que apenas sabem protestar e não apresentam nem manifestam qualquer responsabilidade continuarem a granjear apoios no descontentamento.
De qualquer forma, importa sublinhar, quem mais beneficia com esta situação é a direita.
Este artigo apresenta uma boa radiografia da actualidade política alemã, destacando-se a emergência de A Esquerda e a queda do SPD. Também, não é para menos. Quanto mais os sociais-democratas receiam o seu património e doutrina, sentindo-se obrigados, sem razão, em congresso partidário, virar o partido à esquerda, tal significa que temem os seus princípios.
A Esquerda, e o seu líder Lafontaine (ex-líder do SPD e ex-Ministro das Finanças de Schröeder), que mais não apresenta um conjunto de propostas irresponsáveis (se fossem aplicadas conduziriam os cofres do Estado federal ao seu endividamento e, por conseguinte, com forte carga sobre os contribuintes), continua a sua política demagógica, e na qual parte do eleitorado se começa a rever, uma vez que identificam um SPD titubeante. A diminuição de militantes sociais-democratas que se refere no artigo não é fruto do acaso.
É bom que os socialistas e sociais-democratas europeus aprendam com as lições francesa e alemã. O receio de assumir uma política de inovação assente na Justiça Social não pode ser desprezada, sob pena das esquerdas que apenas sabem protestar e não apresentam nem manifestam qualquer responsabilidade continuarem a granjear apoios no descontentamento.
De qualquer forma, importa sublinhar, quem mais beneficia com esta situação é a direita.
A Gazprom africana II
O presidente do conselho de administração da Sonangol, Manuel Vicente, disse hoje à Lusa que a empresa "é patrão" na Galp e, por isso "dita regras" e "não entra em batalhas", num comentário à alegada discórdia entre a Galp Energia e a Sonangol pelo controlo da distribuidora de combustíveis cabo-verdiana Enacol.
Alguma inspiração na visão pessoal-estatal de Luís XIV? Se a Sonangol não tem, parece.
Alguma inspiração na visão pessoal-estatal de Luís XIV? Se a Sonangol não tem, parece.
Terá a social-democracia europeia ficado embasbacada com Obama?
La socialdemocracia en Europa está en horas bajas. Quizás por eso su gran esperanza, si gana el 9 de marzo, es Zapatero, a quien fuera se le ve un poco como un Obama español, según se dijo en un reciente seminario organizado en Londres por Policy Network, una red que se puso en marcha en tiempos de Blair. Aunque lo que más gusta de Obama es que ha logrado inyectar en las primarias una carga emocional que los socialdemócratas consideran que, en general, les falta.
Parece que na Europa muitos sociais-democratas (a esquerda moderada) estão deleitados com Obama e a sua campanha. Parece-me, todavia, que estão mais encantados com a sua forma, pois ainda não devem ter notado com grande pormenor o seu conteúdo. Mas deviam.
O artigo de Andrés Ortega, hoje publicado no El País, é disso sinal. O deleito com o Senador do Illinois é tal que se chega ao ponto de dizer que Zapatero pode ser o Obama espanhol. Ora, Zapatero já governou Espanha durante quatro anos e Obama ainda não assumiu uma função executiva.
De certo modo, os sociais-democratas encantados com Obama fazem-me lembrar as pessoas de direita, de toda a Europa, que o ano passado viam em Sarkozy uma autêntica lufada de ar fresco. Um ano depois, de tanta parra sarkozysta, vê-se em que estado está o Presidente francês. E os entusiastas de Sarkozy há vários meses que guardaram os seus rasgados elogios ao Chefe de Estado gaulês.
Seria bom não cair em deslumbramentos. Até porque, por muito importante que seja a emoção, e é, também é precisa uma boa dose de razão. E esta não parece ser o forte de Obama.
Parece que na Europa muitos sociais-democratas (a esquerda moderada) estão deleitados com Obama e a sua campanha. Parece-me, todavia, que estão mais encantados com a sua forma, pois ainda não devem ter notado com grande pormenor o seu conteúdo. Mas deviam.
O artigo de Andrés Ortega, hoje publicado no El País, é disso sinal. O deleito com o Senador do Illinois é tal que se chega ao ponto de dizer que Zapatero pode ser o Obama espanhol. Ora, Zapatero já governou Espanha durante quatro anos e Obama ainda não assumiu uma função executiva.
De certo modo, os sociais-democratas encantados com Obama fazem-me lembrar as pessoas de direita, de toda a Europa, que o ano passado viam em Sarkozy uma autêntica lufada de ar fresco. Um ano depois, de tanta parra sarkozysta, vê-se em que estado está o Presidente francês. E os entusiastas de Sarkozy há vários meses que guardaram os seus rasgados elogios ao Chefe de Estado gaulês.
Seria bom não cair em deslumbramentos. Até porque, por muito importante que seja a emoção, e é, também é precisa uma boa dose de razão. E esta não parece ser o forte de Obama.
A Gazprom africana
Sonangol negoceia compra de 25 por cento do capital do Totta Angola
A petrolífera estatal angolana continua a aumentar o seu peso na banca e, provavelmente, este não deverá ser o único ramo onde procederá a investimentos.
A petrolífera estatal angolana continua a aumentar o seu peso na banca e, provavelmente, este não deverá ser o único ramo onde procederá a investimentos.
O debate esperado
Realiza-se, logo à noite, às 21 horas portuguesas, o primeiro de dois debates entre Zapatero e Rajoy.
Os dois momentos podem ser decisivos no desfecho eleitoral de 9 de Março.
Os dois momentos podem ser decisivos no desfecho eleitoral de 9 de Março.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Bons sinais de Chipre
“Quero enviar uma mensagem de amizade aos cipriotas-turcos, a mensagem de que temos pela frente um combate comum para reunificar a nossa pátria para que consigamos gerir os nossos assuntos sem intervenção estrangeira”, declarou Christofias, esta manhã, depois de votar.
A vitória do comunista Demetris Christofias na segunda volta das presidenciais cipriotas que se realizaram hoje pode ser um bom sinal para a ilha dividida do Mediterrâneo.
Se cumprir, como pretende, a conversação entre o norte (turco) e sul (grego) da ilha e alcançar o acordo para unificação da ilha, dividida desde 1974, Christofias fará um excelente mandato.
O facto de ser comunista pode assustar alguns. O candidato vencedor já disse, entretanto, que não se opõe ao sistema de mercado existente. A realidade também fala por si. Tendo o Chipre aderido este ano ao Euro, e com os problemas económicos que o mundo enfrenta presentemente, a sorte, ou melhor, a segurança dos Estados da zona Euro tem sido a nossa moeda forte, que não sucumbiu, pelo contrário, tem sido um dos pilares que não permite a vários Estados estarem em situação vulnerável.
Também neste ponto, da economia, Christofias, o único Chefe de Estado da UE, pode ser um exemplo para os outros partidos comunistas europeus, em especial os mais conservadores, como o nosso, e dar o impulso de modernização que os comunistas há muito precisam, pois o Muro caiu, mas muitos ainda continuam a sonhar com a União Soviética.
A vitória do comunista Demetris Christofias na segunda volta das presidenciais cipriotas que se realizaram hoje pode ser um bom sinal para a ilha dividida do Mediterrâneo.
Se cumprir, como pretende, a conversação entre o norte (turco) e sul (grego) da ilha e alcançar o acordo para unificação da ilha, dividida desde 1974, Christofias fará um excelente mandato.
O facto de ser comunista pode assustar alguns. O candidato vencedor já disse, entretanto, que não se opõe ao sistema de mercado existente. A realidade também fala por si. Tendo o Chipre aderido este ano ao Euro, e com os problemas económicos que o mundo enfrenta presentemente, a sorte, ou melhor, a segurança dos Estados da zona Euro tem sido a nossa moeda forte, que não sucumbiu, pelo contrário, tem sido um dos pilares que não permite a vários Estados estarem em situação vulnerável.
Também neste ponto, da economia, Christofias, o único Chefe de Estado da UE, pode ser um exemplo para os outros partidos comunistas europeus, em especial os mais conservadores, como o nosso, e dar o impulso de modernização que os comunistas há muito precisam, pois o Muro caiu, mas muitos ainda continuam a sonhar com a União Soviética.
À espera do trabalho da Presidência francesa
Futuro da PAC é prioritário na presidência francesa da UE
O Primeiro-Ministro francês deixou em Lisboa uma mensagem muito clara, que Sarkozy já assumira, da prioridade da Política Agrícola Comum na Presidência francesa da UE no segundo semestre deste ano.
Veremos, então, quais as propostas francesas e se estas vão no sentido de reformular uma política que sai muito cara aos contribuintes europeus.
Uma reforma efectiva da PAC passa, inevitavelmente, pelo fim de subsídios a milhares de agricultores franceses.
Com a baixa popularidade de Sarkozy, com o grande peso dos agricultores, não estou a ver o Chefe de Estado gaulês com grandes mudanças mas apenas meras maquilhagens, que ainda devem beneficiar, os já de si beneficiados, agricultores franceses.
O Primeiro-Ministro francês deixou em Lisboa uma mensagem muito clara, que Sarkozy já assumira, da prioridade da Política Agrícola Comum na Presidência francesa da UE no segundo semestre deste ano.
Veremos, então, quais as propostas francesas e se estas vão no sentido de reformular uma política que sai muito cara aos contribuintes europeus.
Uma reforma efectiva da PAC passa, inevitavelmente, pelo fim de subsídios a milhares de agricultores franceses.
Com a baixa popularidade de Sarkozy, com o grande peso dos agricultores, não estou a ver o Chefe de Estado gaulês com grandes mudanças mas apenas meras maquilhagens, que ainda devem beneficiar, os já de si beneficiados, agricultores franceses.
Outra vez?
A manifestação foi convocada por sms, e-mails e blogues. Nenhuma estrutura sindical esteve oficialmente ligada ao protesto, que surgiu de forma espontânea. Por isso, a PSP identificou alguns dos professores que participaram na manifestação, o que gerou descontentamento junto dos manifestantes.
Não devemos ser ingénuos e pensar que os professores deste País se juntam na rua por acaso, como por exemplo surgiram na semana passada junto da sede do PS. Estas convocatórias não têm rosto, mas devem ter máquina. Como se realizam várias manifestações em várias cidades à mesma hora? Telepatia? Não creio!
Porém, não é sobre quem convoca os professores ou quanto à causa que conduz os professores a manifestar o seu desagrado que importa aqui focar, mas sim esta reiterada atitude das autoridades identificarem as pessoas. Há semanas foi na Covilhã, num sindicato, agora no Porto.
Concorde-se ou não com estas agremiações (pseudo) espontâneas, há legitimidade e as pessoas têm direito de estar na rua e protestar com algo que não concordam.
Não devemos ser ingénuos e pensar que os professores deste País se juntam na rua por acaso, como por exemplo surgiram na semana passada junto da sede do PS. Estas convocatórias não têm rosto, mas devem ter máquina. Como se realizam várias manifestações em várias cidades à mesma hora? Telepatia? Não creio!
Porém, não é sobre quem convoca os professores ou quanto à causa que conduz os professores a manifestar o seu desagrado que importa aqui focar, mas sim esta reiterada atitude das autoridades identificarem as pessoas. Há semanas foi na Covilhã, num sindicato, agora no Porto.
Concorde-se ou não com estas agremiações (pseudo) espontâneas, há legitimidade e as pessoas têm direito de estar na rua e protestar com algo que não concordam.
A uma semana da eleição presidencial russa
No próximo domingo, os russos vão às urnas para escolher o sucessor de Putin, que todos já sabem ser Dimitri Medvedev.
Por isso, novidades ou surpresas, não se prevêem como impossíveis, quanto mais possíveis.
Do próximo Chefe de Estado russo, de destacar a sua intervenção, ontem, defendendo o reequipamento das Forças Armadas russas, para que estas tenham uma adequada intervenção. Um sinal a ter em consideração. Ao fim e ao cabo, é um prolongar da política do próximo Primeiro-Ministro russo, quando foi número um do Estado... Vladimir Putin.
Por isso, novidades ou surpresas, não se prevêem como impossíveis, quanto mais possíveis.
Do próximo Chefe de Estado russo, de destacar a sua intervenção, ontem, defendendo o reequipamento das Forças Armadas russas, para que estas tenham uma adequada intervenção. Um sinal a ter em consideração. Ao fim e ao cabo, é um prolongar da política do próximo Primeiro-Ministro russo, quando foi número um do Estado... Vladimir Putin.
Hillary estica a corda
"Shame on you, Barack Obama!" the New York senator said at a rally in Ohio
Não sei se esta forma de Hillary fazer campanha lhe trará benefícios, pois Obama pode vitimar-se perante os ataques da Senadora de Nova Iorque. Duvido que alcance sucesso. A nomeação está por um fio e Hillary está a esticar a corda.
Na madrugada de 5 de Março se saberá se a corda rebentou ou ficou mais folgada para Hillary.
Não sei se esta forma de Hillary fazer campanha lhe trará benefícios, pois Obama pode vitimar-se perante os ataques da Senadora de Nova Iorque. Duvido que alcance sucesso. A nomeação está por um fio e Hillary está a esticar a corda.
Na madrugada de 5 de Março se saberá se a corda rebentou ou ficou mais folgada para Hillary.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Há seis anos sem conhecer a Liberdade
Nas últimas provas de vida, divulgadas em Novembro, a ex-candidata às presidenciais colombianas surge magra e fraca. Na carta que enviou à família, o tom é de desespero. "A vida aqui não é vida. É um desperdício lúgubre de tempo", disse. "Eles tiraram-me tudo. Cada dia resta-me menos de mim mesma", acrescentou.
Faz hoje seis anos que Ingrid foi presa pelas FARC.
Faz hoje seis anos que Ingrid foi presa pelas FARC.
Curioso país onde a ETA ataca Espanha
La Embajada de España en Caracas fue atacada ayer por un grupo de desconocidos, que lanzaron una granada de gases lacrimógenos contra los vigilantes y embadurnaron, por segunda vez en este año, la fachada con pintadas a favor de la organización terrorista ETA.
Venezuela es uno de los países latinoamericanos en el que mayor número de etarras ha encontrado refugio.
Cerceados em Espanha e França, eis que a Venezuela serve de abrigo aos elementos da ETA, onde continuam, pelos vistos, a atacar o Estado espanhol, no caso a Embaixada em Caracas.
O mais curioso é o país de "acolhimento", a Venezuela. Mera coincidência?
Venezuela es uno de los países latinoamericanos en el que mayor número de etarras ha encontrado refugio.
Cerceados em Espanha e França, eis que a Venezuela serve de abrigo aos elementos da ETA, onde continuam, pelos vistos, a atacar o Estado espanhol, no caso a Embaixada em Caracas.
O mais curioso é o país de "acolhimento", a Venezuela. Mera coincidência?
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Marchar pela Liberdade e Democracia de Cuba?
Voz amiga e atenta relembra-me que, a propósito deste post, a semana de luta ali referida começa efectivamente no dia 1 de Março, com a Marcha Liberdade e Democracia, convocada pelo PCP. Para que não restem dúvidas sobre os direitos de autor das lutas de Março.
Irá o PCP marchar pela Liberdade e Democracia de Cuba, agora que Fidel sai do poder?
Irá o PCP marchar pela Liberdade e Democracia de Cuba, agora que Fidel sai do poder?
Tudo bons rapazes I
Iran is still not complying sufficiently with nuclear inspectors sent to examine their nuclear energy programs, according to a report released by the International Atomic Energy Association (IAEA) on Friday.
The report states that Iran has carried out a series of experiments associated with the production of nuclear weapons, high velocity explosives, and uranium enrichment. Teheran has also reportedly carried out simulations of warhead detonations and tests involving Polonium 210, a material used to develop nuclear weapons.
Como indica o relatório da AIEA, o Irão tem vindo a experimentar coisas bastante interessantes no âmbito militar. Como se percebe, armas nucleares, explosivos de alta velocidade e enriquecimento de urânio tem tudo a ver com uma utilização do poderio nuclear exclusivamente pacífico, como o regime de Teerão refere tratar-se o seu projecto nuclear. Ainda restam dúvidas de quais os fins, tendo em conta os meios que estão a ser testados?
The report states that Iran has carried out a series of experiments associated with the production of nuclear weapons, high velocity explosives, and uranium enrichment. Teheran has also reportedly carried out simulations of warhead detonations and tests involving Polonium 210, a material used to develop nuclear weapons.
Como indica o relatório da AIEA, o Irão tem vindo a experimentar coisas bastante interessantes no âmbito militar. Como se percebe, armas nucleares, explosivos de alta velocidade e enriquecimento de urânio tem tudo a ver com uma utilização do poderio nuclear exclusivamente pacífico, como o regime de Teerão refere tratar-se o seu projecto nuclear. Ainda restam dúvidas de quais os fins, tendo em conta os meios que estão a ser testados?
Tudo bons rapazes II
Hezbollah chief Hassan Nasrallah said Friday that operatives within Lebanon are preparing for a new war with Israel in coming months.
A fazer fé nas declarações de Nasrallah, dentro de uns meses bem se poderá ouvir algumas vozes condenarem Israel por intervir militarmente no Líbano, como se não tivessem legitimidade para se defender. Sim, tratar-se de uma intervenção de defesa, não ataque, pois o que promete hoje o Hezbollah, se não guerra a Israel?
É bom não esquecer as premissas.
A fazer fé nas declarações de Nasrallah, dentro de uns meses bem se poderá ouvir algumas vozes condenarem Israel por intervir militarmente no Líbano, como se não tivessem legitimidade para se defender. Sim, tratar-se de uma intervenção de defesa, não ataque, pois o que promete hoje o Hezbollah, se não guerra a Israel?
É bom não esquecer as premissas.
Moscovo eleva tensão sobre o Kosovo
Rússia ameaça utilizar a força no Kosovo se NATO ou UE "desafiarem" a ONU
"Se a União Europeia adoptar uma posição unida [sobre o reconhecimento do Kosovo] ou se a NATO ultrapassar o seu mandato no Kosovo, estas organizações estarão a desafiar a ONU e aí nós vamos considerar que devemos utilizar uma força brutal, que é a força armada, para que nos respeitem", disse o representante da Rússia na NATO
O título da notícia, provocador de receios, merece a leitura sequente da respectiva notícia, pois a ameaça de intervenção militar russa só se concretizará se a UE tomar uma posição conjunta.
Como Moscovo sabe, Madrid, Nicósia, Bucareste e Atenas, pelo menos, não reconhecerão o Kosovo independente.
Obviamente, há a outra organização referida, a NATO, e nesta pode residir o confronto que os russos lançam. As investidas dos Estados Unidos, com bases na República Checa e Polónia e a mais recente pretensão ucraniana de aderir à Aliança Atlântica são interpretadas pelos russos como ameaças à sua integridade.
Para todos os efeitos, a Rússia sobe a parada e, pela primeira vez, depois do desaparecimento da União Soviética não se via o gigante eslavo projectar a sua força fora das fronteiras dos antigos Estados satélites da URSS.
Este é mais um capítulo que Putin abre: o de afirmar o poderio militar russo à escala global.
"Se a União Europeia adoptar uma posição unida [sobre o reconhecimento do Kosovo] ou se a NATO ultrapassar o seu mandato no Kosovo, estas organizações estarão a desafiar a ONU e aí nós vamos considerar que devemos utilizar uma força brutal, que é a força armada, para que nos respeitem", disse o representante da Rússia na NATO
O título da notícia, provocador de receios, merece a leitura sequente da respectiva notícia, pois a ameaça de intervenção militar russa só se concretizará se a UE tomar uma posição conjunta.
Como Moscovo sabe, Madrid, Nicósia, Bucareste e Atenas, pelo menos, não reconhecerão o Kosovo independente.
Obviamente, há a outra organização referida, a NATO, e nesta pode residir o confronto que os russos lançam. As investidas dos Estados Unidos, com bases na República Checa e Polónia e a mais recente pretensão ucraniana de aderir à Aliança Atlântica são interpretadas pelos russos como ameaças à sua integridade.
Para todos os efeitos, a Rússia sobe a parada e, pela primeira vez, depois do desaparecimento da União Soviética não se via o gigante eslavo projectar a sua força fora das fronteiras dos antigos Estados satélites da URSS.
Este é mais um capítulo que Putin abre: o de afirmar o poderio militar russo à escala global.
O triunfo da experiência política
Pedro Solbes ganó anoche el primer gran debate cara a cara de la campaña del 9 de marzo, ante las cámaras de Antena 3. El vicepresidente se impuso con notable claridad a Manuel Pizarro, número dos de la candidatura del Partido Popular
Segunda noticia o La Vanguardia, o Ministro das Finanças de Zapatero, Pedro Solbes, teve melhor prestação do que a 'estrela económica' do PP, o empresário Manuel Pizarro.
Solbes, pelo que é dado a ler, ganhou o debate pela experiência política, que Pizarro não tem, e pelo domínio dos dossiers. Outra coisa não seria de esperar, afinal é governante e lida todos os dias com os dados.
Porém, o debate televisivo mais esperado tem lugar na noite da próxima segunda-feira, quando Zapatero e Rajoy se defrontarem. Os dois debates entre os líderes do PSOE e PP podem ser decisivos, em especial na conquista de eleitorado pouco mobilizado.
Segunda noticia o La Vanguardia, o Ministro das Finanças de Zapatero, Pedro Solbes, teve melhor prestação do que a 'estrela económica' do PP, o empresário Manuel Pizarro.
Solbes, pelo que é dado a ler, ganhou o debate pela experiência política, que Pizarro não tem, e pelo domínio dos dossiers. Outra coisa não seria de esperar, afinal é governante e lida todos os dias com os dados.
Porém, o debate televisivo mais esperado tem lugar na noite da próxima segunda-feira, quando Zapatero e Rajoy se defrontarem. Os dois debates entre os líderes do PSOE e PP podem ser decisivos, em especial na conquista de eleitorado pouco mobilizado.
Os distúrbios esperados
Esta quinta-feira à noite, 150 mil pessoas participaram numa manifestação contra a independência do Kosovo que é apoiada por várias potências.
O protesto degenerou em violência, provocando um morto e mais de cem feridos.
O previsto rebentou. Espera-se que não hajam mais episódios destes. Temo, contudo, que a procissão ainda não tenha chegado ao adro. Oxalá me engane.
O protesto degenerou em violência, provocando um morto e mais de cem feridos.
O previsto rebentou. Espera-se que não hajam mais episódios destes. Temo, contudo, que a procissão ainda não tenha chegado ao adro. Oxalá me engane.
Francisco Lucas Pires
Através deste texto do Adolfo, tomo conhecimento deste blogue, de homenagem a um dos grandes e melhores políticos portugueses da era Democrática: Francisco Lucas Pires.
Naturalmente, a identificação que tenho por Lucas Pires não se prende com a sua doutrina política, como por exemplo no caso do Adolfo, mas sim com a sua interpretação e defesa do projecto europeu.
Qualquer europeísta português convicto tem em Lucas Pires uma das grandes referências. E eu não fujo à regra.
Como o seu trabalho político e académico sempre demonstraram, além da objectividade que sempre evidenciou, as convicções e dignidade foram marcas de distinção de uma pessoa que partiu cedo de mais do nosso convívio.
Tal como ele, outros excelentes políticos portugueses partiram muito cedo e foram excelentes deputados ao Parlamento Europeu como Lucas Pires: Barros Moura, Fausto Correia, Luís Sá e Joaquim Miranda. Políticos que fazem falta à nossa Democracia, pela sua qualidade e exemplo.
É bom não esquecer estas referências.
Naturalmente, a identificação que tenho por Lucas Pires não se prende com a sua doutrina política, como por exemplo no caso do Adolfo, mas sim com a sua interpretação e defesa do projecto europeu.
Qualquer europeísta português convicto tem em Lucas Pires uma das grandes referências. E eu não fujo à regra.
Como o seu trabalho político e académico sempre demonstraram, além da objectividade que sempre evidenciou, as convicções e dignidade foram marcas de distinção de uma pessoa que partiu cedo de mais do nosso convívio.
Tal como ele, outros excelentes políticos portugueses partiram muito cedo e foram excelentes deputados ao Parlamento Europeu como Lucas Pires: Barros Moura, Fausto Correia, Luís Sá e Joaquim Miranda. Políticos que fazem falta à nossa Democracia, pela sua qualidade e exemplo.
É bom não esquecer estas referências.
Admiração com a realidade?
Num comunicado divulgado no seu portal, a SEDES, uma das mais antigas associações cívicas de reflexão do país, sustenta que "sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional".
Volta não volta, eis que surge à tona o alarmismo da crise nacional.
O relatório da SEDES mais não diz algo que há muito se sabe no nosso País, que cerca de dois milhões de pessoas estão na faixa da pobreza e que ainda temos grupos, económicos, que não têm no investimento uma prioridade, mas sim a acumulação de riqueza.
Em primeiro, é preciso perder a visão de que enriquecer é pecado. O mérito de se subir a pulso na vida e ser bem sucedido deve ser destacado, não invejado. E, por outro lado, a condescendência e a compreensão para com quem não cumpre com os seus deveres cívicos e não assume atitudes dignas de pessoas responsáveis, a que tantas vezes assistimos, e somos complacentes, merece ser reprovada. E não se costuma verificar.
Ora, o nosso País começa, cada vez mais, a requerer uma profunda mudança, em termos estruturais e de comportamento. Sendo o último mais difícil de mudar, e quase sempre só ocorre depois de implementadas reformas nem sempre merecedoras de aprovação global aquando da sua implantação.
Por isso, as reformas que este Governo tem implementado, e bem, deviam, e podiam, no meu entender, ir mais fundo. De certo modo, estabelecendo uma analogia, Portugal precisa do seu período político e económico de González: refundar e reestruturar as estruturas económicas e sociais que nos permitam enfrentar o futuro.
Esta circunstância exige ao poder político, mas também aos parceiros sociais e, sobretudo, aos cidadãos, uma atitude de responsabilidade, de exigir aos outros o que se deve exigir, antes de mais, a nós próprios.
A sombra do Estado é grande, é certo, porque as pessoas também são coniventes e a querem presente, mesmo aqueles que tanto criticam o Estado.
Ao poder político deve ser exigida tanta responsabilidade como esta deve caber às instituições e aos cidadãos. Mas esta não se costuma verificar, pois o Estado é um sempre o primeiro a receber esta competência.
Enquanto não quisermos mudar, enquanto quisermos disfarçar a realidade, de baixos salários de pouco investimento na criação de riqueza que se reproduza, sem termos mais qualificações e acrescentarmos mais-valias ao que produzimos, de pouco nos vale este choradinho com a realidade nacional de vez em quando se depara.
O país só pode mudar por cada um de nós, não, como se espera, pelo que o vizinho do lado possa fazer. A célebre frase de Kennedy não era chavão nenhum!
Volta não volta, eis que surge à tona o alarmismo da crise nacional.
O relatório da SEDES mais não diz algo que há muito se sabe no nosso País, que cerca de dois milhões de pessoas estão na faixa da pobreza e que ainda temos grupos, económicos, que não têm no investimento uma prioridade, mas sim a acumulação de riqueza.
Em primeiro, é preciso perder a visão de que enriquecer é pecado. O mérito de se subir a pulso na vida e ser bem sucedido deve ser destacado, não invejado. E, por outro lado, a condescendência e a compreensão para com quem não cumpre com os seus deveres cívicos e não assume atitudes dignas de pessoas responsáveis, a que tantas vezes assistimos, e somos complacentes, merece ser reprovada. E não se costuma verificar.
Ora, o nosso País começa, cada vez mais, a requerer uma profunda mudança, em termos estruturais e de comportamento. Sendo o último mais difícil de mudar, e quase sempre só ocorre depois de implementadas reformas nem sempre merecedoras de aprovação global aquando da sua implantação.
Por isso, as reformas que este Governo tem implementado, e bem, deviam, e podiam, no meu entender, ir mais fundo. De certo modo, estabelecendo uma analogia, Portugal precisa do seu período político e económico de González: refundar e reestruturar as estruturas económicas e sociais que nos permitam enfrentar o futuro.
Esta circunstância exige ao poder político, mas também aos parceiros sociais e, sobretudo, aos cidadãos, uma atitude de responsabilidade, de exigir aos outros o que se deve exigir, antes de mais, a nós próprios.
A sombra do Estado é grande, é certo, porque as pessoas também são coniventes e a querem presente, mesmo aqueles que tanto criticam o Estado.
Ao poder político deve ser exigida tanta responsabilidade como esta deve caber às instituições e aos cidadãos. Mas esta não se costuma verificar, pois o Estado é um sempre o primeiro a receber esta competência.
Enquanto não quisermos mudar, enquanto quisermos disfarçar a realidade, de baixos salários de pouco investimento na criação de riqueza que se reproduza, sem termos mais qualificações e acrescentarmos mais-valias ao que produzimos, de pouco nos vale este choradinho com a realidade nacional de vez em quando se depara.
O país só pode mudar por cada um de nós, não, como se espera, pelo que o vizinho do lado possa fazer. A célebre frase de Kennedy não era chavão nenhum!
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Um partido sem rumo
No passado domingo, o líder do PSD, Luís Filipe Menezes, garantiu que "não haverá acordo" caso a nova lei autárquica retire aos presidentes de junta o direito de votar na assembleia municipal o orçamento camarário e as grandes opções do plano. Uma total inversão da posição da actual direcção do PSD, que assumiu o acordo feito no tempo de Marques Mendes, negociado pela bancada com o PS e cuja formulação foi aprovada em conselho nacional.
Já se percebeu que com esta liderança bicéfala laranja não se pode acordar nada com o PPD. Nem o País pode esperar uma proposta clara do PPD, uma vez que esta direcção já demonstrou ser defensora de uma coisa e do seu contrário. Em tão curto espaço de tempo, o que é espantoso! Isto apenas significa que estes dirigentes não sabem o que querem, não sabem o que fazem, não assumem compromissos que estabelecem, limitam-se, apenas, a virar para onde sopra o vento.
Assim, resta esperar que novos dirigentes assumam os destinos do partido, pois nunca se viu tanta inconsistência política junta.
Felizmente estão na oposição!
Já se percebeu que com esta liderança bicéfala laranja não se pode acordar nada com o PPD. Nem o País pode esperar uma proposta clara do PPD, uma vez que esta direcção já demonstrou ser defensora de uma coisa e do seu contrário. Em tão curto espaço de tempo, o que é espantoso! Isto apenas significa que estes dirigentes não sabem o que querem, não sabem o que fazem, não assumem compromissos que estabelecem, limitam-se, apenas, a virar para onde sopra o vento.
Assim, resta esperar que novos dirigentes assumam os destinos do partido, pois nunca se viu tanta inconsistência política junta.
Felizmente estão na oposição!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
O confronto das duas Europas
It was all part of the governing Communist formula: "Weak Serbia = strong Yugoslavia"
Caro Pedro,
A fórmula de Tito continua actual, com uma ligeira diferença, já não há Jugoslávia.
Tito tudo fez para controlar os sérbios e conseguiu. Agora, o Ocidente continua a cercear a condição sérvia. Porquê? Pela ligação de "sangue" que os sérvios têm com a outra Europa, a eslava da Rússia, que nunca se integrou na Europa ocidental e central.
No fundo, continua a jogar-se nos Balcãs o confronto entre as duas Europas e os sérvios estão no meio.
Caro Pedro,
A fórmula de Tito continua actual, com uma ligeira diferença, já não há Jugoslávia.
Tito tudo fez para controlar os sérbios e conseguiu. Agora, o Ocidente continua a cercear a condição sérvia. Porquê? Pela ligação de "sangue" que os sérvios têm com a outra Europa, a eslava da Rússia, que nunca se integrou na Europa ocidental e central.
No fundo, continua a jogar-se nos Balcãs o confronto entre as duas Europas e os sérvios estão no meio.
Intervenções da noite
Caro Rui,
Não sei se tiveste oportunidade de ver as intervenções desta madrugada, de McCain, Hillary e Obama. Do rescaldo da eleição de ontem, começa a evidenciar-se que McCain dá por adversário directo em Novembro Obama e Obama começa a virar as baterias para McCain.
E das intervenções dos dois, McCain e Obama, que diferença, entre as palavras e propostas do Senador do Arizona e as do Senador do Illinois.
Melhor conhecedor da realidade mundial, McCain, no breve discurso que realizou, fez uso da sua experiência para lidar com as questões globais. Falou de Cuba (a propósito da saída de Fidel), Paquistão (acerca das eleições de segunda) e Venezuela (da ameaça de Chávez cortar o petróleo aos EUA), abordando as questões das Liberdades, Terrorismo e Energia. E, neste último ponto, gostei de ouvir o candidato Republicano falar do investimento que os Estados Unidos têm de realizar em termos de energias renováveis. Será influência do Governador da Califórnia e seu apoiante? Uma coisa noto do discurso de McCain, felizmente nada tem a ver com o de Bush, que colocava as questões em termos quase apocalípticos, de ele ou o caos.
Quanto ao discurso de Obama, além de extenso, três quartos de hora, mostrou um candidato um pouco cansado, é natural, pelo desgaste que a corrida Democrata está a provocar nos dois contendores, e com propostas, externas, que são de arrepiar. Além de ter cooptado uma proposta que McCain fez há dias, de terminar com a vergonha de Guantanamo, uma boa medida, assumiu, ontem, que em 2009, se eleito Presidente, retirará as tropas do Iraque. E fez uso de um discurso, quanto a mim, demasiado populista, referindo um diálogo que teve com uma pessoa que perdeu o seu jovem filho no Iraque.
Continuo, por isso, a considerar que Obama é um risco em termos de posição mundial que os Estados Unidos devem assumir. De certo modo, faz-me lembrar o Bush dos primeiros meses de presidência, antes do 11 de Setembro, de que os Estados Unidos nada têm a ver com o que se passa no mundo e deve estar concentrado nas suas fronteiras... esta política foi o desastre que se viu.
Quanto a Hillary, centrou a intervenção na sua experiência e trabalho desenvolvido, recordando que foi ela que conseguiu, na China (em 1995), o reconhecimento dos Direitos da Mulher e sublinhou a sua grande aposta no Plano de Saúde.
A vida não está fácil para Hillary, que bem pode alcançar um bom resultado no Texas, devido à maior afinidade que a sua pessoa tem com a comunidade hispânica, mas difícil no Ohio, onde Obama pode passar melhor.
Uma última nota, para assinalar a deselegância da candidatura de Obama, que começou a intervir ainda Hillary estava a proferir o seu discurso.
Não sei se tiveste oportunidade de ver as intervenções desta madrugada, de McCain, Hillary e Obama. Do rescaldo da eleição de ontem, começa a evidenciar-se que McCain dá por adversário directo em Novembro Obama e Obama começa a virar as baterias para McCain.
E das intervenções dos dois, McCain e Obama, que diferença, entre as palavras e propostas do Senador do Arizona e as do Senador do Illinois.
Melhor conhecedor da realidade mundial, McCain, no breve discurso que realizou, fez uso da sua experiência para lidar com as questões globais. Falou de Cuba (a propósito da saída de Fidel), Paquistão (acerca das eleições de segunda) e Venezuela (da ameaça de Chávez cortar o petróleo aos EUA), abordando as questões das Liberdades, Terrorismo e Energia. E, neste último ponto, gostei de ouvir o candidato Republicano falar do investimento que os Estados Unidos têm de realizar em termos de energias renováveis. Será influência do Governador da Califórnia e seu apoiante? Uma coisa noto do discurso de McCain, felizmente nada tem a ver com o de Bush, que colocava as questões em termos quase apocalípticos, de ele ou o caos.
Quanto ao discurso de Obama, além de extenso, três quartos de hora, mostrou um candidato um pouco cansado, é natural, pelo desgaste que a corrida Democrata está a provocar nos dois contendores, e com propostas, externas, que são de arrepiar. Além de ter cooptado uma proposta que McCain fez há dias, de terminar com a vergonha de Guantanamo, uma boa medida, assumiu, ontem, que em 2009, se eleito Presidente, retirará as tropas do Iraque. E fez uso de um discurso, quanto a mim, demasiado populista, referindo um diálogo que teve com uma pessoa que perdeu o seu jovem filho no Iraque.
Continuo, por isso, a considerar que Obama é um risco em termos de posição mundial que os Estados Unidos devem assumir. De certo modo, faz-me lembrar o Bush dos primeiros meses de presidência, antes do 11 de Setembro, de que os Estados Unidos nada têm a ver com o que se passa no mundo e deve estar concentrado nas suas fronteiras... esta política foi o desastre que se viu.
Quanto a Hillary, centrou a intervenção na sua experiência e trabalho desenvolvido, recordando que foi ela que conseguiu, na China (em 1995), o reconhecimento dos Direitos da Mulher e sublinhou a sua grande aposta no Plano de Saúde.
A vida não está fácil para Hillary, que bem pode alcançar um bom resultado no Texas, devido à maior afinidade que a sua pessoa tem com a comunidade hispânica, mas difícil no Ohio, onde Obama pode passar melhor.
Uma última nota, para assinalar a deselegância da candidatura de Obama, que começou a intervir ainda Hillary estava a proferir o seu discurso.
As novas e boas formas de fazer política
contribuir para o sucesso das estruturas locais, para o sucesso do PS Nacional, fazer do distrito do Porto um distrito competitivo e ter um projecto relevante para os cidadãos.
Gostei de ler a entrevista que o Celso Guedes de Carvalho deu ao Primeiro de Janeiro.
O projecto político que o Celso está a coordenar, através do fomento de opiniões e ideias, em espaço público e aberto, canalizando-as, depois, para um projecto estruturado e a apresentar aos militantes da Federação do PS Porto, que em breve escolherão os corpos dirigentes distritais, merece reconhecimento.
Quando tanto se fala em falta de participação e debate, há quem aproveite e rentabilize os espaços de intervenção.
A Área Metropolitana do Porto e todo o Norte do País têm uma missão difícil pela frente, recuperar a dimensão e projecção que já tiveram e, deste modo, impulsionarem o desenvolvimento nacional.
Conforme indica um estudo de Augusto Mateus, com pouco mais de dois anos: Nas duas últimas décadas, o Norte divergiu da maioria das regiões do país em matéria de coesão social e competitividade.
Como podemos querer um País mais desenvolvido se um dos grandes pilares têm vindo a perder força?
A Regionalização, que tanta falta faz, precisa de ser assumida e encarada, definitivamente, como impulsionadora de Portugal, sob pena de qualquer dia apenas nos preocuparmos e termos como únicas atenções as duas grandes áreas metropolitanas.
É, pois, tempo de acreditar no norte!
Gostei de ler a entrevista que o Celso Guedes de Carvalho deu ao Primeiro de Janeiro.
O projecto político que o Celso está a coordenar, através do fomento de opiniões e ideias, em espaço público e aberto, canalizando-as, depois, para um projecto estruturado e a apresentar aos militantes da Federação do PS Porto, que em breve escolherão os corpos dirigentes distritais, merece reconhecimento.
Quando tanto se fala em falta de participação e debate, há quem aproveite e rentabilize os espaços de intervenção.
A Área Metropolitana do Porto e todo o Norte do País têm uma missão difícil pela frente, recuperar a dimensão e projecção que já tiveram e, deste modo, impulsionarem o desenvolvimento nacional.
Conforme indica um estudo de Augusto Mateus, com pouco mais de dois anos: Nas duas últimas décadas, o Norte divergiu da maioria das regiões do país em matéria de coesão social e competitividade.
Como podemos querer um País mais desenvolvido se um dos grandes pilares têm vindo a perder força?
A Regionalização, que tanta falta faz, precisa de ser assumida e encarada, definitivamente, como impulsionadora de Portugal, sob pena de qualquer dia apenas nos preocuparmos e termos como únicas atenções as duas grandes áreas metropolitanas.
É, pois, tempo de acreditar no norte!
Solução governativa à vista
Parece que na Bélgica já se avistam condições para o actual Governo interino, liderado por Guy Verhofstadt, passar o testemunho ao Executivo a ser liderado pelo vencedor das últimas eleições legislativas, Yves Leterme. No dia 10 de Junho de 2007.
Para tal, foi necessário efectivar, ainda mais, a descentralização de poderes, de modo a poder ir ao encontro da pretensão dos flamengos sem, contudo, deixar de atender às pretensões dos valões.
Ao que consta, dentro de um mês, sensivelmente, pode assumir funções o novo Governo. Resta saber se terá condições para durar uma legislatura, mas isso é assunto para depois de Leterme tomar posse e iniciar funções.
Para tal, foi necessário efectivar, ainda mais, a descentralização de poderes, de modo a poder ir ao encontro da pretensão dos flamengos sem, contudo, deixar de atender às pretensões dos valões.
Ao que consta, dentro de um mês, sensivelmente, pode assumir funções o novo Governo. Resta saber se terá condições para durar uma legislatura, mas isso é assunto para depois de Leterme tomar posse e iniciar funções.
Ao serviço de Sua Majestade
Um filme, ao cuidado da Miss Pearls*, do seu amigo Daniel.
* Cara Isabel, domingo lá temos as estatuetas. Não é por nada, mas cheira-me que uma vai parar às mãos de Bardem.
* Cara Isabel, domingo lá temos as estatuetas. Não é por nada, mas cheira-me que uma vai parar às mãos de Bardem.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
A César o que é de César
Num país em que é tão frequente ouvir a crítica fácil, e por vezes sem sentido, às instituições, das quais muitas pessoas duvidam, o chumbo do Tribunal de Contas ao empréstimo pretendido pela Câmara Municipal de Lisboa é um bom exemplo de como há instituições em Portugal que funcionam com imparcialidade.
Não se pode, obviamente, deixar de referir o excelente trabalho que o Presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins, tem realizado.
Ainda me recordo quando, em 2005, a escolha da presidência do Tribunal recaiu em Oliveira Martins e toda a oposição criticou o PS, acusando os socialistas de colocarem alguém da sua confiança num órgão com finalidades de controlo político.
Como se sabe, Oliveira Martins é uma pessoa recta e digna, que cumpre com responsabilidade e elevação as funções que assume.
Se é fácil criticar, também se deve reconhecer o mérito das instituições e dos seus intérpretes, como é o presente caso.
Quanto à situação da CML, há que encarar outras alternativas que possam viabilizar o pagamento de dívidas aos fornecedores, conforme o Presidente da Câmara assumiu deste o início. Certos partidos, como o PPD, que na reacção à decisão do Tribunal de Contas apressam-se a culpar António Costa por este chumbo, deviam ter mais pudor, pois não deviam esquecer-se quem criou o enorme buraco orçamental e sem qualquer benefício para a cidade.
Não se pode, obviamente, deixar de referir o excelente trabalho que o Presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins, tem realizado.
Ainda me recordo quando, em 2005, a escolha da presidência do Tribunal recaiu em Oliveira Martins e toda a oposição criticou o PS, acusando os socialistas de colocarem alguém da sua confiança num órgão com finalidades de controlo político.
Como se sabe, Oliveira Martins é uma pessoa recta e digna, que cumpre com responsabilidade e elevação as funções que assume.
Se é fácil criticar, também se deve reconhecer o mérito das instituições e dos seus intérpretes, como é o presente caso.
Quanto à situação da CML, há que encarar outras alternativas que possam viabilizar o pagamento de dívidas aos fornecedores, conforme o Presidente da Câmara assumiu deste o início. Certos partidos, como o PPD, que na reacção à decisão do Tribunal de Contas apressam-se a culpar António Costa por este chumbo, deviam ter mais pudor, pois não deviam esquecer-se quem criou o enorme buraco orçamental e sem qualquer benefício para a cidade.
O costume dos laranjais madeirenses
O grupo parlamentar do PSD acaba de apresentar, na Assembleia regional, um voto de congratulação pela declaração de independência da República Sérvia do Kosovo. Considera o PSD-Madeira que estava claramente tipificada uma situação colonial e que nas últimas eleições o vencedor tinha anunciado, na campanha, que proclamaria a independência.
Atendendo ao tema - independência - esperam-se referências à situação da Madeira.
Só faltavam os do costume, na Pérola do Atlântico, manifestar regozijo com a independência do Kosovo. Ainda por cima com deturpação do caso kosovar, aludindo a um pretenso colonialismo sérvio. Gostava de saber como se pode colonizar o berço de uma nação.
Na Madeira o PPD regional continua a fazer tudo para procurar demonstrar o que lhe interessa. Até a criação e deturpação de acontecimentos, para justificar o que vários no seio do partido querem e não dizem abertamente: a independência do arquipélago.
P.S.- Faz hoje um ano que Alberto João Jardim anunciou a sua demissão de Presidente Regional e convocar eleições antecipadas, que venceria poucos meses depois. Agora apercebi-me, na recolha da imagem para este post, do hino de campanha da última eleição regional: Alberto amigo/a lutar a vida inteira... uma letra que dispensa comentários!
Atendendo ao tema - independência - esperam-se referências à situação da Madeira.
Só faltavam os do costume, na Pérola do Atlântico, manifestar regozijo com a independência do Kosovo. Ainda por cima com deturpação do caso kosovar, aludindo a um pretenso colonialismo sérvio. Gostava de saber como se pode colonizar o berço de uma nação.
Na Madeira o PPD regional continua a fazer tudo para procurar demonstrar o que lhe interessa. Até a criação e deturpação de acontecimentos, para justificar o que vários no seio do partido querem e não dizem abertamente: a independência do arquipélago.
P.S.- Faz hoje um ano que Alberto João Jardim anunciou a sua demissão de Presidente Regional e convocar eleições antecipadas, que venceria poucos meses depois. Agora apercebi-me, na recolha da imagem para este post, do hino de campanha da última eleição regional: Alberto amigo/a lutar a vida inteira... uma letra que dispensa comentários!
Eleição disputada no Wisconsin
Clinton questioned whether Obama could deliver on his rhetoric, saying "I am in the solutions business. My opponent is in the promises business."
Hoje, mais 121 delegados em eleição no campo Democrata. 92 no Wisconsin e 29 no caucus do Hawaii. Sendo a eleição num dos Estados mais antigos dos EUA a principal atenção da noite, onde tudo está em aberto, uma vez que Hillary como Obama podem ganhar, conforme indicam as sondagens.
Os Republicanos também sufragam hoje no Wiscosin, devendo a vitória pertencer a McCain, cada vez mais perto da nomeação.
Quanto aos Democratas, o grande dia eleitoral está a aproximar-se, 4 de Março, com a eleição nos Estados do Texas e Ohio, onde Hillary tem apostado forte.
Uma vitória da Senadora de Nova Iorque, logo à noite, seria um bom estímulo para a sua campanha, que tem enfrentado um Obama imparável nos últimos actos eleitorais.
Hoje, mais 121 delegados em eleição no campo Democrata. 92 no Wisconsin e 29 no caucus do Hawaii. Sendo a eleição num dos Estados mais antigos dos EUA a principal atenção da noite, onde tudo está em aberto, uma vez que Hillary como Obama podem ganhar, conforme indicam as sondagens.
Os Republicanos também sufragam hoje no Wiscosin, devendo a vitória pertencer a McCain, cada vez mais perto da nomeação.
Quanto aos Democratas, o grande dia eleitoral está a aproximar-se, 4 de Março, com a eleição nos Estados do Texas e Ohio, onde Hillary tem apostado forte.
Uma vitória da Senadora de Nova Iorque, logo à noite, seria um bom estímulo para a sua campanha, que tem enfrentado um Obama imparável nos últimos actos eleitorais.
O caldo entornou na Rua de São Caetano
Santana e Menezes em rota de colisão
O PPD apoia ou não o projecto de lei autárquica, do qual foi um dos obreiros... sobretudo com a estapafúrdia ideia de ter um órgão Executivo com oposição?
Menezes continua fiel a si mesmo. Defende uma coisa e o seu contrário. Ao fim e ao cabo, quem é que manda de facto no partido?
O PPD apoia ou não o projecto de lei autárquica, do qual foi um dos obreiros... sobretudo com a estapafúrdia ideia de ter um órgão Executivo com oposição?
Menezes continua fiel a si mesmo. Defende uma coisa e o seu contrário. Ao fim e ao cabo, quem é que manda de facto no partido?
Medidas de melhor ambiente e mobilidade
Porsche ameaça levar câmara de Londres a tribunal por causa de portagem urbana
Se Ken Livingstone for reeleito em Maio, esta medida destinada a reduzir as emissões poluentes, entrará em vigor a 27 de Outubro. Nessa data, os veículos menos poluentes ficarão totalmente isentos de qualquer imposto de circulação.
Livingstone espera ainda que o plano dê à câmara entre 40 e 67 milhões de euros por ano, quantia em grande parte a investir na melhoria das ciclovias e dos autocarros.
Uma medida a merecer acompanhamento.
As políticas urbanas, em termos de ambiente e mobilidade, levadas a cabo nas principais cidades europeias tendem a caminhar para a limitação, ao máximo, do automóvel no centro da cidade, que deve estar servido de bons e eficazes transportes públicos e totalmente liberto para os peões.
Se Ken Livingstone for reeleito em Maio, esta medida destinada a reduzir as emissões poluentes, entrará em vigor a 27 de Outubro. Nessa data, os veículos menos poluentes ficarão totalmente isentos de qualquer imposto de circulação.
Livingstone espera ainda que o plano dê à câmara entre 40 e 67 milhões de euros por ano, quantia em grande parte a investir na melhoria das ciclovias e dos autocarros.
Uma medida a merecer acompanhamento.
As políticas urbanas, em termos de ambiente e mobilidade, levadas a cabo nas principais cidades europeias tendem a caminhar para a limitação, ao máximo, do automóvel no centro da cidade, que deve estar servido de bons e eficazes transportes públicos e totalmente liberto para os peões.
As reformas de áreas cruciais
Da entrevista dada ontem pelo Primeiro-Ministro à SIC gostei do que ouvi, em especial no campo da Educação, onde as essenciais mudanças estão a ser assumidas.
Entretanto, das reacções que já observei, noto o comentário do costume, muitos querem que o país mude sem nada mexer.
Entretanto, das reacções que já observei, noto o comentário do costume, muitos querem que o país mude sem nada mexer.
Promessa para mais tarde verificar
President Pervez Musharraf on Monday promised to work with whatever new government emerges from the parliamentary elections.
Duvido, mas só o tempo dirá se Musharraf será fiel ao que prometeu, trabalhar com o futuro Governo do Paquistão, que resultará das legislativas de ontem.
Duvido, mas só o tempo dirá se Musharraf será fiel ao que prometeu, trabalhar com o futuro Governo do Paquistão, que resultará das legislativas de ontem.
Juntar as peças do puzzle
Caro José Carlos,
Basta ver o que o líder parlamentar laranja tem dito nos últimos tempos.
Qual a função política que gostaria de vir a desempenhar? Presidente de Câmara. Qual o tema, à margem das competências parlamentares, que tem referido amiúde? Lisboa.
Há dias, esteve no Fórum Lisboa (antigo cinema Roma) onde disse se fosse o actual Presidente da Câmara já tinha feito muita obra (só se fosse o aumento do buraco orçamental!).
No domingo, na SIC, disse, se fosse o actual edil, que a obra de Gehry no Parque Mayer estava a terminar. Já disse, várias vezes, que a sua obra aí está, para os lisboetas verem: o Túnel do Marquês. Se isto não é vontade de avançar, o que será? É certo que não refere as trapalhadas do projecto do Túnel do Marquês durante a sua gestão e, mais grave e totalmente omitido, que é a actual gestão camarária que tem de pagar o Túnel. Não refere que é a actual gestão camarária que tem de pagar as suas célebres campanhas de mil e uma promessas. Eram obras de Foster, Piano e outros arquitectos de renome mundial que há uns anos podíamos ver anunciados em grandes escaparates entre a Expo e Belém com a célebre máxima: "Aqui vai nascer". Já para não falar nos pequenos grandes pormenores que António Costa e a actual gestão municipal têm vindo a fazer, como por exemplo devolver à cidade o belíssimo Jardim de São Pedro de Alcântara, que ficou em estaleiro vários meses por a Câmara não pagar aos empreiteiros. E podíamos continuar pelas Escolas, que foram esquecidas, pelos jardins por cuidar, pelo Desporto a fomentar, pela Acção Social por concretizar, por aí fora.
Resta saber, neste ano que falta para se conhecer o candidato laranja à capital, se o escolhido é o actual alcaide de Sintra ou o homem que costuma dizer às hostes laranja que foi o único político do PPD que conseguiu derrotar a esquerda em Lisboa (em 2001). Eles andam por aí!
Basta ver o que o líder parlamentar laranja tem dito nos últimos tempos.
Qual a função política que gostaria de vir a desempenhar? Presidente de Câmara. Qual o tema, à margem das competências parlamentares, que tem referido amiúde? Lisboa.
Há dias, esteve no Fórum Lisboa (antigo cinema Roma) onde disse se fosse o actual Presidente da Câmara já tinha feito muita obra (só se fosse o aumento do buraco orçamental!).
No domingo, na SIC, disse, se fosse o actual edil, que a obra de Gehry no Parque Mayer estava a terminar. Já disse, várias vezes, que a sua obra aí está, para os lisboetas verem: o Túnel do Marquês. Se isto não é vontade de avançar, o que será? É certo que não refere as trapalhadas do projecto do Túnel do Marquês durante a sua gestão e, mais grave e totalmente omitido, que é a actual gestão camarária que tem de pagar o Túnel. Não refere que é a actual gestão camarária que tem de pagar as suas célebres campanhas de mil e uma promessas. Eram obras de Foster, Piano e outros arquitectos de renome mundial que há uns anos podíamos ver anunciados em grandes escaparates entre a Expo e Belém com a célebre máxima: "Aqui vai nascer". Já para não falar nos pequenos grandes pormenores que António Costa e a actual gestão municipal têm vindo a fazer, como por exemplo devolver à cidade o belíssimo Jardim de São Pedro de Alcântara, que ficou em estaleiro vários meses por a Câmara não pagar aos empreiteiros. E podíamos continuar pelas Escolas, que foram esquecidas, pelos jardins por cuidar, pelo Desporto a fomentar, pela Acção Social por concretizar, por aí fora.
Resta saber, neste ano que falta para se conhecer o candidato laranja à capital, se o escolhido é o actual alcaide de Sintra ou o homem que costuma dizer às hostes laranja que foi o único político do PPD que conseguiu derrotar a esquerda em Lisboa (em 2001). Eles andam por aí!
Dia histórico
les comunico que no aspiraré ni aceptaré- repito- no aspiraré ni aceptaré, el cargo de Presidente del Consejo de Estado y Comandante en Jefe.
Fidel sai pelo próprio pé. Pé que há muito já não estava no poder, dada a sua enfermidade.
O período de transição, de certo modo, já começou, quando há poucos meses Raúl disse querer adoptar mudanças. As necessárias para viabilizar um futuro melhor para os cubanos. Resta saber se Raúl estará à altura de fazer a transição da ditadura para a democracia.
Para já, enquanto Fidel estiver presente, tal mudança não deverá consumar-se. Mas hoje não deixa de ser um dia histórico, com a sua saída. Deixa de estar em cena um dos principais políticos do século XX.
A Guerra-Fria, que se desmoronara em 1989, na Europa, chega, hoje, ao fim em Cuba, quase duas décadas depois.
Depois das ditaduras de Fulgencio e Fidel, a Liberdade começa a ver-se ao fundo da pátria de José Martí. Já era tempo!
Fidel sai pelo próprio pé. Pé que há muito já não estava no poder, dada a sua enfermidade.
O período de transição, de certo modo, já começou, quando há poucos meses Raúl disse querer adoptar mudanças. As necessárias para viabilizar um futuro melhor para os cubanos. Resta saber se Raúl estará à altura de fazer a transição da ditadura para a democracia.
Para já, enquanto Fidel estiver presente, tal mudança não deverá consumar-se. Mas hoje não deixa de ser um dia histórico, com a sua saída. Deixa de estar em cena um dos principais políticos do século XX.
A Guerra-Fria, que se desmoronara em 1989, na Europa, chega, hoje, ao fim em Cuba, quase duas décadas depois.
Depois das ditaduras de Fulgencio e Fidel, a Liberdade começa a ver-se ao fundo da pátria de José Martí. Já era tempo!
A preparar o terreno para Lisboa
Da entrevista dada por Santana Lopes à SIC, na noite de domingo, a propósito da questão do Casino de Lisboa, deve registar-se uma declaração do actual líder parlamentar do PPD. Segundo Santana, se fosse actualmente Presidente da Câmara de Lisboa, nesta altura o projecto de Gehry, para o Parque Mayer, estaria a ser concluído.
Na campanha, em 2001, disse que o Parque Mayer estaria como novo em oito meses. Não cumpriu. Na Câmara de Lisboa, onde este um mandato, com um breve interregno de meio ano no segundo semestre de 2004 e principios de 2005, gastou dois milhões de euros com o arquitecto canadiano, sem Lisboa ter ganho nada com isso.
Em 2008 disse que o projecto estaria a terminar.
Não é por nada mas Santana anda por aí a preparar uma candidatura a Lisboa. Há quem diga que o alcaide de Sintra está na disputa, porém o antigo edil de Lisboa quer ter a oportunidade em 2009 que Mendes não lhe deu em 2005. Dará Menezes?
Na campanha, em 2001, disse que o Parque Mayer estaria como novo em oito meses. Não cumpriu. Na Câmara de Lisboa, onde este um mandato, com um breve interregno de meio ano no segundo semestre de 2004 e principios de 2005, gastou dois milhões de euros com o arquitecto canadiano, sem Lisboa ter ganho nada com isso.
Em 2008 disse que o projecto estaria a terminar.
Não é por nada mas Santana anda por aí a preparar uma candidatura a Lisboa. Há quem diga que o alcaide de Sintra está na disputa, porém o antigo edil de Lisboa quer ter a oportunidade em 2009 que Mendes não lhe deu em 2005. Dará Menezes?
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
A debilidade da ETA é um dos maiores feitos de Zapatero
El aparato militar de ETA atraviesa, como consecuencia de la presión policial, agudizada tras el atentado en la T-4 de Barajas que costó la vida a dos inmigrantes ecuatorianos, una situación "de máxima debilidad" que le ha llevado a "perder la iniciativa", según las conclusiones de un informe interno elaborado por las Fuerzas y Cuerpos de Seguridad del Estado al que ha tenido acceso EL PAÍS.
Caro Nuno,
Zapatero, que há dias cometeu um erro lamentável quando referiu a um jornalista que ao PSOE interessava dramatizar, tem nas recentes investidas das Forças de Segurança espanholas sobre a ETA conquistado bons argumentos para deixar Rajoy sem condições para o atacar por falta de coragem perante o terrorismo basco.
O PP, até há pouco tempo, acusava Zapatero de recear a ETA. Os últimos desenvolvimentos indicam o contrário. Torna-se, por isso, interessante assistir à campanha, em especial nestes dias, antes do primeiro debate televisivo, a ter lugar dentro de uma semana. Um debate que deverá ser tenso e no qual Rajoy parte em desvantagem.
Pelo lado de Zapatero, este tem no confronto com Rajoy as condições de impulsionar os socialistas, assim demonstre a vitalidade económica e o combate ao terrorismo. Argumentos que há poucas semanas pareciam ser as mais valias, em termos de crítica, por parte dos populares.
Está a ser uma campanha bastante interessante.
P.S.- Perdendo o PP, como se pode perspectivar, a disputa interna, para suceder a Rajoy, deverá ser renhida. O que farão Gallardón e Aguirre? Há dias nem se podiam ver, agora já se beijam. Uma dupla mediática destas eleições!
Caro Nuno,
Zapatero, que há dias cometeu um erro lamentável quando referiu a um jornalista que ao PSOE interessava dramatizar, tem nas recentes investidas das Forças de Segurança espanholas sobre a ETA conquistado bons argumentos para deixar Rajoy sem condições para o atacar por falta de coragem perante o terrorismo basco.
O PP, até há pouco tempo, acusava Zapatero de recear a ETA. Os últimos desenvolvimentos indicam o contrário. Torna-se, por isso, interessante assistir à campanha, em especial nestes dias, antes do primeiro debate televisivo, a ter lugar dentro de uma semana. Um debate que deverá ser tenso e no qual Rajoy parte em desvantagem.
Pelo lado de Zapatero, este tem no confronto com Rajoy as condições de impulsionar os socialistas, assim demonstre a vitalidade económica e o combate ao terrorismo. Argumentos que há poucas semanas pareciam ser as mais valias, em termos de crítica, por parte dos populares.
Está a ser uma campanha bastante interessante.
P.S.- Perdendo o PP, como se pode perspectivar, a disputa interna, para suceder a Rajoy, deverá ser renhida. O que farão Gallardón e Aguirre? Há dias nem se podiam ver, agora já se beijam. Uma dupla mediática destas eleições!
A UE, uma vez mais, sem posição
Cada Estado-membro da União Europeia (UE) deverá decidir, “segundo as suas práticas nacionais e regras jurídicas", reconhecer ou não a independência do Kosovo, decidiram esta segunda-feira os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.
A França foi o primeiro país a reconhecer a independência do Kosovo e os Estados Unidos também se juntaram ao reconhecimento, tal como, depois, o Reino Unido e a Itália.
Uma vez mais, a UE não tem uma posição conjunta. Continua a verificar-se o gigante económico e o anão político.
A França foi o primeiro país a reconhecer a independência do Kosovo e os Estados Unidos também se juntaram ao reconhecimento, tal como, depois, o Reino Unido e a Itália.
Uma vez mais, a UE não tem uma posição conjunta. Continua a verificar-se o gigante económico e o anão político.
Lamentável
Esta tarde, recebi novo mail sobre a corrida eleitoral na Concelhia de Lisboa. O Gustavo Gouveia, que conheço, teria empregue o termo "fascista", em fim de análise de um comentário, a propósito de uma conversa que a Carla Madeira, Secretária Coordenadora do Bairro Alto - pessoa que conheço bem e por quem tenho muita estima e consideração pessoais, teria tido com militantes da Secção, no sentido destes não irem à sessão com o Miguel Teixeira, que se realizou há dias na sede da FAUL.
Ora, sobretudo pelo respeito e amizade que tenho pela Carla, que está muito acima de qualquer campanha e disputa partidária interna, procurei tirar a limpo esta história, pois tal insinuação é merecedora de total repúdio. Isto porque, independentemente das opções que a Carla Madeira (ou qualquer pessoa) tem em termos de melhor projecto para a Concelhia de Lisboa, e neste ponto eu não tenho a mesma interpretação da Carla, há uma coisa que eu sei que a Carla não faria, intimidar algum militante. E quando não partilhamos dos mesmos projectos, há uma questão de respeito que tem de prevalecer.
A troca de ideias e opiniões são salutares e enriquecem, o insulto dispensa-se, pois além de enfraquecer demonstra um estilo nada digno.
Devo referir, inclusive, a propósito desta campanha, que a 'Carla militante' tem apoiado o Miguel Coelho, o que é natural e legítimo, e a 'Carla Secretária-Coordenadora' tem dado a conhecer aos militantes do Bairro Alto as iniciativas dos dois candidatos, com imparcialidade. Numa atitude digna por parte dela, de modo a proporcionar o máximo de informação possível de cada candidatura a cada militante.
Ora, o Gustavo fez esse comentário e tal merece o meu total repúdio, pois o bom nome da Carla merece respeito.
Enfim... Espero que esta campanha interna não tenha mais episódios destes, que em nada contribuem para um bom e frutífero debate. Há que saber elevar e dignificar o PS/Lisboa, não rebaixar e insultar.
Ora, sobretudo pelo respeito e amizade que tenho pela Carla, que está muito acima de qualquer campanha e disputa partidária interna, procurei tirar a limpo esta história, pois tal insinuação é merecedora de total repúdio. Isto porque, independentemente das opções que a Carla Madeira (ou qualquer pessoa) tem em termos de melhor projecto para a Concelhia de Lisboa, e neste ponto eu não tenho a mesma interpretação da Carla, há uma coisa que eu sei que a Carla não faria, intimidar algum militante. E quando não partilhamos dos mesmos projectos, há uma questão de respeito que tem de prevalecer.
A troca de ideias e opiniões são salutares e enriquecem, o insulto dispensa-se, pois além de enfraquecer demonstra um estilo nada digno.
Devo referir, inclusive, a propósito desta campanha, que a 'Carla militante' tem apoiado o Miguel Coelho, o que é natural e legítimo, e a 'Carla Secretária-Coordenadora' tem dado a conhecer aos militantes do Bairro Alto as iniciativas dos dois candidatos, com imparcialidade. Numa atitude digna por parte dela, de modo a proporcionar o máximo de informação possível de cada candidatura a cada militante.
Ora, o Gustavo fez esse comentário e tal merece o meu total repúdio, pois o bom nome da Carla merece respeito.
Enfim... Espero que esta campanha interna não tenha mais episódios destes, que em nada contribuem para um bom e frutífero debate. Há que saber elevar e dignificar o PS/Lisboa, não rebaixar e insultar.
A ambição dos responsáveis políticos e militares iranianos
Iran Revolutionary Guard chief: Hezbollah will soon destroy Israel
"In the near future, we will witness the destruction of the cancerous germ of Israel by the powerful and competent hands of the Hezbollah combatants," Jafari was quoted as saying.
Iran does not recognize Israel's right to exist, and its president, Mahmoud Ahmadinejad, has often predicted the imminent demise of Israel.
Os altos responsáveis iranianos continuam a evidenciar o seu desejo de Israel desaparecer do mapa.
Depois do Presidente iraniano ter referido um conjunto de barbaridades a propósito de Israel, desde logo o colocar em causa a existência do Holocausto, agora é a vez de Ali Jafari, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, prognosticar o fim do Estado israelita.
O Irão, potência regional, devia contribuir para a estabilidade, todavia só se lhe reconhece capacidade para incendiar uma zona extremamente vulnerável.
É com estes senhores, políticos e militares, que se quer deixar o Irão alcançar o poderio nuclear? Bem podem proclamar os fins pacíficos do projecto nuclear. As suas palavras não desmentem qual o verdadeiro sentimento que os move.
"In the near future, we will witness the destruction of the cancerous germ of Israel by the powerful and competent hands of the Hezbollah combatants," Jafari was quoted as saying.
Iran does not recognize Israel's right to exist, and its president, Mahmoud Ahmadinejad, has often predicted the imminent demise of Israel.
Os altos responsáveis iranianos continuam a evidenciar o seu desejo de Israel desaparecer do mapa.
Depois do Presidente iraniano ter referido um conjunto de barbaridades a propósito de Israel, desde logo o colocar em causa a existência do Holocausto, agora é a vez de Ali Jafari, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, prognosticar o fim do Estado israelita.
O Irão, potência regional, devia contribuir para a estabilidade, todavia só se lhe reconhece capacidade para incendiar uma zona extremamente vulnerável.
É com estes senhores, políticos e militares, que se quer deixar o Irão alcançar o poderio nuclear? Bem podem proclamar os fins pacíficos do projecto nuclear. As suas palavras não desmentem qual o verdadeiro sentimento que os move.
Os ásperos caldos laranja
«António Oliveira Salazar era um aprendiz de ditador ao pé de José Sócrates», afirmou Paulo Tito Morgado, presidente da Câmara de Alvaiázere,durante um jantar de sociais-democratas.
Hoje há Conquilhas
Há pouco tempo o líder do PSD prometeu o "desmantelamento do Estado", entregando tudo ao sector privado. Agora diz que não encerra serviços públicos.
Em que ficamos!?
Causa Nossa
A estas duas calinadas deve ser acrescentada a comparação feita há dias pelo líder do PPD/Algarve, que estabeleceu uma analogia entre a ASAE e a PIDE.
Precisa-se de um partido da oposição com responsabilidade, quanto antes.
Os dislates referidos são tantos que a piada inicial deixou de ter graça, dada a pouca coerência assumida e a pesporrência verbal.
Hoje há Conquilhas
Há pouco tempo o líder do PSD prometeu o "desmantelamento do Estado", entregando tudo ao sector privado. Agora diz que não encerra serviços públicos.
Em que ficamos!?
Causa Nossa
A estas duas calinadas deve ser acrescentada a comparação feita há dias pelo líder do PPD/Algarve, que estabeleceu uma analogia entre a ASAE e a PIDE.
Precisa-se de um partido da oposição com responsabilidade, quanto antes.
Os dislates referidos são tantos que a piada inicial deixou de ter graça, dada a pouca coerência assumida e a pesporrência verbal.
Espanha não reconhece novo país
El ministro español de Asuntos Exteriores, Miguel Ángel Moratinos, confirmó hoy que España "no va a reconocer el acto unilateral" de la proclamación este domingo de la independencia de Kosovo, "porque no respeta la legalidad internacional".
Como seria de esperar, Espanha não se junta ao grupo de países europeus que está disposto a reconhecer o Kosovo independente.
Também não seria para menos. Ontem, após a declaração de independência, a porta-voz do Governo basco já reclamou o Kosovo como exemplo a seguir.
Veremos, hoje, na reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros a decorrer em Bruxelas, quais as posições de cada um dos 27 Estados-membros.
Como seria de esperar, Espanha não se junta ao grupo de países europeus que está disposto a reconhecer o Kosovo independente.
Também não seria para menos. Ontem, após a declaração de independência, a porta-voz do Governo basco já reclamou o Kosovo como exemplo a seguir.
Veremos, hoje, na reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros a decorrer em Bruxelas, quais as posições de cada um dos 27 Estados-membros.
A eleição sem sentido
Pelo menos cinco pessoas, entre as quais um candidato da oposição, foram assassinadas durante a noite de domingo para segunda-feira na região Oriental do Paquistão, poucas horas antes da abertura das urnas para as eleições legislativas e provinciais que hoje se realizam em todo o país.
Os paquistaneses votam hoje numa eleição legislativa que só serve para inglês ver.
O mais estapafúrdio é a atitude de alguns países, nomeadamente os Estados Unidos, pensando que com este acto, o Paquistão adquire a estabilidade e a segurança e o terrorismo se elimina.
Os paquistaneses votam hoje numa eleição legislativa que só serve para inglês ver.
O mais estapafúrdio é a atitude de alguns países, nomeadamente os Estados Unidos, pensando que com este acto, o Paquistão adquire a estabilidade e a segurança e o terrorismo se elimina.
A dinâmica da mudança
M. Teixeira falou e obteve palmas.
Talvez porque se propôs a re-organizar ''a casa do PS Lisboa.'', com mais e melhor informação (nos dois sentidos), com planeamento de actividades, com prestação regular de contas, com transparência, com apoio e audição de militantes secções e autarcas, quanto aos problemas (e propostas de solução ou posição) das freguesias, município de Lisboa e do país, com referendos internos e primárias para escolher representantes e deputados.
Valeu bem a pena ouvir o Miguel Teixeira. Não tinha ainda qualquer opinião formada sobre o próprio, mas resolvi dar-lhe a mesma oportunidade que dei ao Miguel Coelho. Fui escutá-lo e hoje não tenho dúvidas, que dinâmica e sobretudo que evidência nas palavras e na estratégia de trabalho político.
in PS/Lumiar
Está a ser uma interessante e entusiasmante campanha interna da Concelhia de Lisboa do PS. Com muita dinâmica, a candidatura Dar Força aos Militantes tem vindo a reunir muitos apoios. E, o mais interessante, como um testemunho acima prova, é o querer conhecer os projectos em causa e, depois, de observados os dois, reconhecer que o do Miguel Teixeira garante a inovação e a mudança que a Concelhia precisa de receber.
Depois de há dias se notar o andar a reboque em termos de uma mensagem da candidatura do Miguel Coelho, com o anunciado militante no centro da política, quando o Miguel Teixeira assumiu, desde o princípio, o militante no centro da decisão, gosto de ver que a candidatura do Miguel Coelho começa assumir causas que o Miguel Teixeira já garantiu implementar no seu mandato, como o "assumir integralmente as ligações com todas as Freguesias da Cidade" e "lançar o debate sobre a reforma administrativa da cidade".
Estranha-se, todavia, como é que nestes últimos dois anos, em que estas questões são essenciais, não tenham sido assumidas. Até neste ponto, de marcar a agenda e propostas de campanha, a candidatura Dar Força aos Militantes se tem revelado uma autêntica lufada de ar fresco.
O debate está a gerar-se no PS/Lisboa e isso é bom para a vida interna do partido na cidade e para a militância, que tantas pessoas têm referido estar ausente.
Mudança geopolítica de França
Ministro francês deseja "boa sorte" ao Kosovo independente
No concerto das nações europeias, estranho a posição da França, de aceder e incentivar, com grande facilidade, a independência do Kosovo, uma vez que era das principais potências continentais europeias a grande aliada dos sérvios.
As palavras de Kouchener, além de levianas, são totalmente descabidas, como se uma declaração, ainda por cima unilateral, em plena Europa, fosse algo normal.
No concerto das nações europeias, estranho a posição da França, de aceder e incentivar, com grande facilidade, a independência do Kosovo, uma vez que era das principais potências continentais europeias a grande aliada dos sérvios.
As palavras de Kouchener, além de levianas, são totalmente descabidas, como se uma declaração, ainda por cima unilateral, em plena Europa, fosse algo normal.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Memória e responsabilidade
Quem vem depois de mim não tem nenhuma culpa, mas continuam a ser tão responsáveis como a minha geração. Há que transmitir de novo esta ideia a cada geração. E assim será, porque não há liberdade sem memória. Um povo só é realmente livre se conhecer a sua História - também as piores fases - e a enfrenta consciente da sua responsabilidade.
Gerhard Schröder
Caro Lutz,
Estou a ler nestes dias as memórias de Schröder, no qual o antigo Chanceler alemão alude à intervenção no Kosovo como uma medida essencial do seu Governo, e, nem de propósito, as palavras acima transcritas, que ontem li, assentam que nem uma luva à questão sérvia.
Quando refiro os "Tratados de Versalhes" é o sentimento de enxovalho que se pretende impor, por modos mais ou menos directos, aos perdedores e como os "Tratados de Versalhes" são os maiores aliados e fomentadores dos nacionalismos.
A Sérvia já foi demasiado fustigada para continuar a ser alvo de ataque. E, não esqueçamos, há demasiado nacionalismo na Sérvia e este bem pode empunhar o déspota Milosevic e os cruéis Mladic e Karadzic como heróis destes tempos. Quando as suas políticas e práticas merecem total repúdio.
Os sérvios transportam um fardo histórico pesado e o seu povo, que ainda há dias escolheu, na eleição presidencial, a via da moderação não merece o que se está a passar. Amputar o seu berço histórico.
A maioria dos sérvios assumiram a sua responsabilidade. Parte da Comunidade Internacional parece querer não a reconhecer.
Gerhard Schröder
Caro Lutz,
Estou a ler nestes dias as memórias de Schröder, no qual o antigo Chanceler alemão alude à intervenção no Kosovo como uma medida essencial do seu Governo, e, nem de propósito, as palavras acima transcritas, que ontem li, assentam que nem uma luva à questão sérvia.
Quando refiro os "Tratados de Versalhes" é o sentimento de enxovalho que se pretende impor, por modos mais ou menos directos, aos perdedores e como os "Tratados de Versalhes" são os maiores aliados e fomentadores dos nacionalismos.
A Sérvia já foi demasiado fustigada para continuar a ser alvo de ataque. E, não esqueçamos, há demasiado nacionalismo na Sérvia e este bem pode empunhar o déspota Milosevic e os cruéis Mladic e Karadzic como heróis destes tempos. Quando as suas políticas e práticas merecem total repúdio.
Os sérvios transportam um fardo histórico pesado e o seu povo, que ainda há dias escolheu, na eleição presidencial, a via da moderação não merece o que se está a passar. Amputar o seu berço histórico.
A maioria dos sérvios assumiram a sua responsabilidade. Parte da Comunidade Internacional parece querer não a reconhecer.
Copenhaga continua a arder
Bandos de jovens incendiaram uma escola nos arredores de Copenhaga. É a sétima noite de tumultos na Dinamarca. Dezenas de jovens foram já detidos ou interpelados, depois de várias escolas e automóveis terem sido incendiados ou vandalizados.
A capital dinamarquesa está há sete dias em chamas e com graves prejuízos sociais e de infra-estruturas.
A violência juvenil não consegue ser travada.
A capital dinamarquesa está há sete dias em chamas e com graves prejuízos sociais e de infra-estruturas.
A violência juvenil não consegue ser travada.
Um Afeganistão na Europa?
Mainstream accounts of the Kosovo War are silent about the role of al Qaeda in training and financing the UCK/KLA, yet this fact has been recognized by experts and to my knowledge never contested by them. For example, James Bissett, former Canadian ambassador to Yugoslavia, said "Many members of the Kosovo Liberation Army were sent for training in terrorist camps in Afghanistan.. Milosevic is right. There is no question of their [al Qaeda's] participation in conflicts in the Balkans. It is very well documented."[50] In March 2002, Michael Steiner, the United Nations administrator in Kosovo, warned of "importing the Afghan danger to Europe" because several cells trained and financed by al-Qaeda remained in the region.
No Parlamento kosovar já se declarou a independência do Kosovo.
Será que o líder da Al-Qaeda vai emitir alguma nota de congratulação? Não me admiraria que considerasse uma vitória na Europa.
No Parlamento kosovar já se declarou a independência do Kosovo.
Será que o líder da Al-Qaeda vai emitir alguma nota de congratulação? Não me admiraria que considerasse uma vitória na Europa.
Cúmulo do paradoxo
O dia de hoje bem pode despertar em muitos sérvios a homenagem e rendição ao déspota Milosevic, por considerarem a sua intervenção, em 1999, no Kosovo, contra os albaneses, válida.
Tristes e nocivas contradições.
Os Tratados de Versalhes não mais deviam ter lugar na Europa.
Tristes e nocivas contradições.
Os Tratados de Versalhes não mais deviam ter lugar na Europa.
Por que prefiro McCain a Obama... e aos dois, Hillary!
Caro Rui,
Não sou nenhum anti-Obama. Apesar de não ter grande simpatia com as suas propostas (a nível de política externa, a que mais nos diz respeito), reconheço-lhe capacidade pela grande campanha que está a realizar. Tem conseguido cativar muitas pessoas, sobretudo os jovens, que estão afastados da política e isso, por si, é um grande feito e ninguém pode retirar esse mérito a Obama.
Mas, em política, como bem sabes, não basta apenas a forma (na qual Obama é o melhor de todos os candidatos nestas eleições), é preciso conhecer o conteúdo. Neste âmbito, como já referi, em termos internos, prefiro qualquer candidato Democrata a qualquer Republicano, pelas políticas que cada partido assume. Todavia, eu, enquanto europeu, percepciono com base no que nos diz mais respeito e o que mais directamente nos afecta, ou seja, a política externa, e nesta, entre Obama e McCain tenho mais afinidades com as propostas do Senador do Arizona.
Obama não tem, no meu entendimento, uma leitura acertada do combate ao terrorismo e de como lidar com os principais palcos problemáticos do globo, onde os Estados Unidos estão presentes, a começar pelo Iraque.
A proposta de Obama, de retirar quanto antes do Iraque, é um erro, como é um erro colossal a sua proposta de intervir no Paquistão se as autoridades locais não conseguirem deter os radicais. Para quem tanto critica a intervenção no Iraque, é mais irresponsável cometer um erro ainda maior (não esquecer, o Paquistão é uma potência nuclear).
É óbvio que Obama, que em campanha tanto apregoa ser contra o sistema de Washington, se chegar à presidência, acabará por desiludir muitos dos que hoje acreditam nele, por considerarem que o Senador do Illinois vai mudar o país e o mundo. Para já, em quatro anos não se muda um país, muito menos um sistema que funciona por si, mas em quatro anos pode-se destruir muito, como o primeiro mandato de Bush tragicamente demonstrou.
McCain, o pouco amado entre os Republicanos (basta lembrar que ele foi um dos grandes adversários da política externa de Bush e foi um dos principais críticos pela violação dos Direitos Humanos desta Administração), sabe que os combates externos a travar não são fáceis e não se mudam, da noite para o dia, com meras pretensões. E os problemas do Iraque, do Afeganistão, do Paquistão e a luta contra o terrorismo não vão desaparecer nos próximos quatro anos. McCain não promete milagres, mas garante determinação. Essencial nestes tempos.
De qualquer forma, continuo a torcer para que Hillary vença. Afinal, preenche tanto o que entendo dever fazer-se em política doméstica, em especial em termos de Saúde, como na política exterior.
Não sou nenhum anti-Obama. Apesar de não ter grande simpatia com as suas propostas (a nível de política externa, a que mais nos diz respeito), reconheço-lhe capacidade pela grande campanha que está a realizar. Tem conseguido cativar muitas pessoas, sobretudo os jovens, que estão afastados da política e isso, por si, é um grande feito e ninguém pode retirar esse mérito a Obama.
Mas, em política, como bem sabes, não basta apenas a forma (na qual Obama é o melhor de todos os candidatos nestas eleições), é preciso conhecer o conteúdo. Neste âmbito, como já referi, em termos internos, prefiro qualquer candidato Democrata a qualquer Republicano, pelas políticas que cada partido assume. Todavia, eu, enquanto europeu, percepciono com base no que nos diz mais respeito e o que mais directamente nos afecta, ou seja, a política externa, e nesta, entre Obama e McCain tenho mais afinidades com as propostas do Senador do Arizona.
Obama não tem, no meu entendimento, uma leitura acertada do combate ao terrorismo e de como lidar com os principais palcos problemáticos do globo, onde os Estados Unidos estão presentes, a começar pelo Iraque.
A proposta de Obama, de retirar quanto antes do Iraque, é um erro, como é um erro colossal a sua proposta de intervir no Paquistão se as autoridades locais não conseguirem deter os radicais. Para quem tanto critica a intervenção no Iraque, é mais irresponsável cometer um erro ainda maior (não esquecer, o Paquistão é uma potência nuclear).
É óbvio que Obama, que em campanha tanto apregoa ser contra o sistema de Washington, se chegar à presidência, acabará por desiludir muitos dos que hoje acreditam nele, por considerarem que o Senador do Illinois vai mudar o país e o mundo. Para já, em quatro anos não se muda um país, muito menos um sistema que funciona por si, mas em quatro anos pode-se destruir muito, como o primeiro mandato de Bush tragicamente demonstrou.
McCain, o pouco amado entre os Republicanos (basta lembrar que ele foi um dos grandes adversários da política externa de Bush e foi um dos principais críticos pela violação dos Direitos Humanos desta Administração), sabe que os combates externos a travar não são fáceis e não se mudam, da noite para o dia, com meras pretensões. E os problemas do Iraque, do Afeganistão, do Paquistão e a luta contra o terrorismo não vão desaparecer nos próximos quatro anos. McCain não promete milagres, mas garante determinação. Essencial nestes tempos.
De qualquer forma, continuo a torcer para que Hillary vença. Afinal, preenche tanto o que entendo dever fazer-se em política doméstica, em especial em termos de Saúde, como na política exterior.
Das legitimidades
Locais e factos, deste mundo, que a independência do Kosovo conduz a legitimar, e com mais sentido:
Os bascos declararem a sua independência, afinal a terra há séculos que é por si habitada, antes de se formar o país Espanha... e França. Os bascos não se mudaram para a Euskadi, como os albaneses foram para o Kosovo. Já lá estavam.
Os israelitas continuarem a construir colonatos. Afinal, uma das referências para o Kosovo ser um país independente é a maioria de albaneses e haver uma minoria de sérvios. Os israelitas, se não ocuparem o território, sujeitam-se a ficar sem terra. (Não esquecer a baixa taxa de natalidade existente em Israel e a elevada taxa de natalidade dos países árabes.)
O mundo inteiro reconhecer a República Turca do Chipre do Norte. O país já existe. As instituições também. Porquê continuar a não reconhecer um Estado que só a Turquia legitima?
Conceder o acesso a Taiwan às Nações Unidas. A China não admite, mas se o Kosovo não tem razão de existir e deve passar a existir, qual a razão para os países que reconhecem a independência do Kosovo não apoiarem e defenderem a adesão da Formosa à ONU?
Defender a criação do Estado Curdo, redefinindo, para tal, as fronteiras de cinco países da Ásia.
Pode-se continuar... Sahara, Java, Ossétia do Sul, Sri Lanka, Chechénia, República da Sprska, Cabinda... etc, etc...
Não esquecer a História dos Balcãs: hoje, domingo, não se chega ao fim da História e os povos viverão felizes para sempre debaixo do chapéu de uma sociedade liberal... Antes pelo contrário.
Mas os Kosovars querem lá saber disto e vão avançar, sentindo-se apoiados pelos EUA, Alemanha e outros grandes estados da UE.
Caro Lutz,
Pode prever-se com alguma facilidade. A factura do novo país não vai parar a Washington, mas aos nossos bolsos, aos contribuintes europeus. Eu não me importo, e até devo destacar, que somos, UE, os primeiros contribuintes líquidos de ajuda humanitária ao mundo. Porém, sustentar uma artificialidade, dispenso. Infelizmente, não podemos dispensar o poço de problemas que o novo Estado vai dar ao nosso continente, pois queiramos ou não, ele aí está.
O pouco que aprendi com a fratricida guerra dos Balcãs, é que por aqueles lados não há inocentes. Tito, ainda os segurou durante décadas através de uma ditadura férrea. Com a sua morte, pequenos Titos se multiplicaram.
Caro Carlos,
A memória não devia ser curta. É bem verdade que Tito controlou com mão de ferro as diversas nacionalidades que compunham a Jugoslávia. Mas, vendo com mais atenção o período em que Tito governou, perceber-se-á quem mais sentiu na pele a ditadura: os sérvios. É bem verdade que "por aqueles lados não há inocentes", mas, à luz destes dias, parece que só há um culpado: os sérvios, que ainda por cima tiveram de apanhar com o déspota Milosevic. O ditador que, por sinal, até foi corrido do poder, imagine-se?!: pelos sérvios.
Os bascos declararem a sua independência, afinal a terra há séculos que é por si habitada, antes de se formar o país Espanha... e França. Os bascos não se mudaram para a Euskadi, como os albaneses foram para o Kosovo. Já lá estavam.
Os israelitas continuarem a construir colonatos. Afinal, uma das referências para o Kosovo ser um país independente é a maioria de albaneses e haver uma minoria de sérvios. Os israelitas, se não ocuparem o território, sujeitam-se a ficar sem terra. (Não esquecer a baixa taxa de natalidade existente em Israel e a elevada taxa de natalidade dos países árabes.)
O mundo inteiro reconhecer a República Turca do Chipre do Norte. O país já existe. As instituições também. Porquê continuar a não reconhecer um Estado que só a Turquia legitima?
Conceder o acesso a Taiwan às Nações Unidas. A China não admite, mas se o Kosovo não tem razão de existir e deve passar a existir, qual a razão para os países que reconhecem a independência do Kosovo não apoiarem e defenderem a adesão da Formosa à ONU?
Defender a criação do Estado Curdo, redefinindo, para tal, as fronteiras de cinco países da Ásia.
Pode-se continuar... Sahara, Java, Ossétia do Sul, Sri Lanka, Chechénia, República da Sprska, Cabinda... etc, etc...
Não esquecer a História dos Balcãs: hoje, domingo, não se chega ao fim da História e os povos viverão felizes para sempre debaixo do chapéu de uma sociedade liberal... Antes pelo contrário.
Mas os Kosovars querem lá saber disto e vão avançar, sentindo-se apoiados pelos EUA, Alemanha e outros grandes estados da UE.
Caro Lutz,
Pode prever-se com alguma facilidade. A factura do novo país não vai parar a Washington, mas aos nossos bolsos, aos contribuintes europeus. Eu não me importo, e até devo destacar, que somos, UE, os primeiros contribuintes líquidos de ajuda humanitária ao mundo. Porém, sustentar uma artificialidade, dispenso. Infelizmente, não podemos dispensar o poço de problemas que o novo Estado vai dar ao nosso continente, pois queiramos ou não, ele aí está.
O pouco que aprendi com a fratricida guerra dos Balcãs, é que por aqueles lados não há inocentes. Tito, ainda os segurou durante décadas através de uma ditadura férrea. Com a sua morte, pequenos Titos se multiplicaram.
Caro Carlos,
A memória não devia ser curta. É bem verdade que Tito controlou com mão de ferro as diversas nacionalidades que compunham a Jugoslávia. Mas, vendo com mais atenção o período em que Tito governou, perceber-se-á quem mais sentiu na pele a ditadura: os sérvios. É bem verdade que "por aqueles lados não há inocentes", mas, à luz destes dias, parece que só há um culpado: os sérvios, que ainda por cima tiveram de apanhar com o déspota Milosevic. O ditador que, por sinal, até foi corrido do poder, imagine-se?!: pelos sérvios.
sábado, 16 de fevereiro de 2008
À beira de se abrir a caixa de Pandora
Primeiro-ministro kosovar confirma proclamação da independência para amanhã
Na quinta, anunciava-se a independência kosovar amanhã, domingo. Ontem, sexta, havia hesitações. Provavelmente, as chancelarias europeias devem ter tido, nas últimas horas, muito trabalho, no sentido de garantirem o apoio e estarem preparadas para dizer sim e dar as boas-vindas ao novo país balcânico.
Em Belgrado e Moscovo, sobretudo na capital sérvia, o sono deve ter sido escasso, pois a declaração de independência do seu berço histórico pressente-se mais perto do que jamais se sentira.
Resta, então, acompanhar com atenção as próximas horas, que podem inscrever um novo capítulo na Europa, o surgimento do mais artificial de todos os Estados europeus.
Na história do secular conflito balcânico, a grande novidade é o surgimento dos albaneses, que até agora não tinham estado, em mais de dois mil anos, nos entendimentos e, principalmente, desavenças dos eslavos dos Balcãs, que emergiram desde a repartição do Império Romano em 395 d.C. (os ocidentais: croatas e, bastante afastados da contenda, os eslovenos, e os orientais: os sérvios; sem esquecer que ficaram no meio: os bósnios, parte dos quais, mais tarde, no século XIV receberam e passaram a ter um nova identidade, com a conquista por parte do Império Otomano).
O precedente kosovar, se existir, como tudo indica, vai acicatar, ainda mais, as brechas da Europa, que há séculos padece de uma grave enfermidade denominada nacionalismo.
Está à beira de nascer o mais pobre e problemático país europeu.
Pobre Europa, esta, que não quer aprender com os erros do passado, nem respeitar as identidades de cada um.
Na quinta, anunciava-se a independência kosovar amanhã, domingo. Ontem, sexta, havia hesitações. Provavelmente, as chancelarias europeias devem ter tido, nas últimas horas, muito trabalho, no sentido de garantirem o apoio e estarem preparadas para dizer sim e dar as boas-vindas ao novo país balcânico.
Em Belgrado e Moscovo, sobretudo na capital sérvia, o sono deve ter sido escasso, pois a declaração de independência do seu berço histórico pressente-se mais perto do que jamais se sentira.
Resta, então, acompanhar com atenção as próximas horas, que podem inscrever um novo capítulo na Europa, o surgimento do mais artificial de todos os Estados europeus.
Na história do secular conflito balcânico, a grande novidade é o surgimento dos albaneses, que até agora não tinham estado, em mais de dois mil anos, nos entendimentos e, principalmente, desavenças dos eslavos dos Balcãs, que emergiram desde a repartição do Império Romano em 395 d.C. (os ocidentais: croatas e, bastante afastados da contenda, os eslovenos, e os orientais: os sérvios; sem esquecer que ficaram no meio: os bósnios, parte dos quais, mais tarde, no século XIV receberam e passaram a ter um nova identidade, com a conquista por parte do Império Otomano).
O precedente kosovar, se existir, como tudo indica, vai acicatar, ainda mais, as brechas da Europa, que há séculos padece de uma grave enfermidade denominada nacionalismo.
Está à beira de nascer o mais pobre e problemático país europeu.
Pobre Europa, esta, que não quer aprender com os erros do passado, nem respeitar as identidades de cada um.
Uma dupla improvável
Caro Rui,
Concordo inteiramente com o teu escrito. A questão da idade, a primeira que enumeraste (e não foi por acaso), em termos de formação da equipa seria um ponto incontornável e, Hillary, é agora ou nunca que chega à Casa Branca. Já Obama tem uma "estrada maior" pela sua frente.
Porém, como referes, a questão do ego de cada um deve ser a determinante e Obama, que ganhou mais Estados até ao momento, não deve estar muito disposto a ceder a Hillary.
De qualquer forma, Obama, se não vencer, não está fora da corrida à Casa Branca. 2012 e 2016 estão no seu horizonte.
Numa disputa final, este ano, entre Obama e o Senador do Arizona, continuo a preferir o último.
Concordo inteiramente com o teu escrito. A questão da idade, a primeira que enumeraste (e não foi por acaso), em termos de formação da equipa seria um ponto incontornável e, Hillary, é agora ou nunca que chega à Casa Branca. Já Obama tem uma "estrada maior" pela sua frente.
Porém, como referes, a questão do ego de cada um deve ser a determinante e Obama, que ganhou mais Estados até ao momento, não deve estar muito disposto a ceder a Hillary.
De qualquer forma, Obama, se não vencer, não está fora da corrida à Casa Branca. 2012 e 2016 estão no seu horizonte.
Numa disputa final, este ano, entre Obama e o Senador do Arizona, continuo a preferir o último.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
À beira de um erro seriamente comprometedor para a Europa
O primeiro-ministro do Kosovo, Hashem Thaçi, escusou-se hoje a dar uma data concreta para proclamar a independência da província sérvia, mas disse que, num Kosovo soberano, todos terão uma perspectiva de futuro.
Em conferência de imprensa, em Pristina, depois de o Parlamento aprovar uma moção para a independência desta província sérvia, Thaçi evitou avançar uma data, o que a maioria da população esperavam que fizesse hoje.
Os analistas preveêm que a proclamação de independência ocorra domingo.
Espera-se que não haja uma declaração de independência do Kosovo, seguida da aprovação e apoio por parte de grande parte das chancelarias europeias do novo Estado (sem sentido, nem razão).
Ontem, era quase um dado adquirido que a independência seria declarada no próximo domingo. Hoje, depois da quase interminável conferência de imprensa de Putin (quase cinco horas) de ontem, refere-se a possibilidade de a declaração não ter lugar depois de amanhã.
A Rússia tem rugido, e muito, nestes últimos dias. Parece que o seu eco foi ouvido no mundo.
Mais importante não são as ameaças russas, a ter em consideração, mas o erro que vários Estados europeus, a reboque de Washington, podem dar, reconhecendo o novo país.
O Kosovo, além de ser mais um atentado à integridade e soberania sérvias, sujeita-se a transformar numa terra promotora de insegurança para todo o continente europeu, dadas as ligações do UÇK a grupos nada recomendáveis.
Em conferência de imprensa, em Pristina, depois de o Parlamento aprovar uma moção para a independência desta província sérvia, Thaçi evitou avançar uma data, o que a maioria da população esperavam que fizesse hoje.
Os analistas preveêm que a proclamação de independência ocorra domingo.
Espera-se que não haja uma declaração de independência do Kosovo, seguida da aprovação e apoio por parte de grande parte das chancelarias europeias do novo Estado (sem sentido, nem razão).
Ontem, era quase um dado adquirido que a independência seria declarada no próximo domingo. Hoje, depois da quase interminável conferência de imprensa de Putin (quase cinco horas) de ontem, refere-se a possibilidade de a declaração não ter lugar depois de amanhã.
A Rússia tem rugido, e muito, nestes últimos dias. Parece que o seu eco foi ouvido no mundo.
Mais importante não são as ameaças russas, a ter em consideração, mas o erro que vários Estados europeus, a reboque de Washington, podem dar, reconhecendo o novo país.
O Kosovo, além de ser mais um atentado à integridade e soberania sérvias, sujeita-se a transformar numa terra promotora de insegurança para todo o continente europeu, dadas as ligações do UÇK a grupos nada recomendáveis.
A autonomia que pode comprometer a ampla vitória do PSOE
Para las generales del 9-M, los socialistas pasarían de una intención de voto del 37,3% al 27,1, una caída de más de diez puntos
Caro Nuno,
Uma queda sunstancial do PSC (na Catalunha) pode comprometer as aspirações de maioria absoluta do PSOE.
Pelos vistos, a CiU está a saber colher o desgaste do PSC no Governo regional. A proposta, de poder viabilizar um Governo minoritário socialista, como Más fez saber, hoje parece dependente da mudança de liderança na Generalitat, ou seja, o PSC teria de abdicar e Montilla sair do poder para a CiU, formação mais votada nas últimas eleições para a região.
Quando tanto se fala em independência, não só no País Basco como na Catalunha, onde recentemente os apelos tiveram maior projecção, a sondagem realizada dá um bom sinal da preocupação dos catalães, colocando como prioritária a escolha nacional, em vez da autonómica.
El barómetro del CEO destaca que las elecciones más importantes para los catalanes son las generales (40,4%), seguidas de las autonómicas (23,5%) y las municipales (10%).
Caro Nuno,
Uma queda sunstancial do PSC (na Catalunha) pode comprometer as aspirações de maioria absoluta do PSOE.
Pelos vistos, a CiU está a saber colher o desgaste do PSC no Governo regional. A proposta, de poder viabilizar um Governo minoritário socialista, como Más fez saber, hoje parece dependente da mudança de liderança na Generalitat, ou seja, o PSC teria de abdicar e Montilla sair do poder para a CiU, formação mais votada nas últimas eleições para a região.
Quando tanto se fala em independência, não só no País Basco como na Catalunha, onde recentemente os apelos tiveram maior projecção, a sondagem realizada dá um bom sinal da preocupação dos catalães, colocando como prioritária a escolha nacional, em vez da autonómica.
El barómetro del CEO destaca que las elecciones más importantes para los catalanes son las generales (40,4%), seguidas de las autonómicas (23,5%) y las municipales (10%).
O cepticismo europeu continua na República Checa
Vaclav Klaus reeleito Presidente da República Checa
A reeleição de Klaus representa a continuação de um político que não confia no projecto europeu.
Felizmente, Václav Havel conduziu os checos à União Europeia, espaço que tem garantido um significativo crescimento do país ao longo destes anos.
Se na época da adesão a República Checa fosse liderada Klaus e pelos seus adeptos, bem poderiam os checos ter actualmente uma situação pouco favorável.
A reeleição de Klaus representa a continuação de um político que não confia no projecto europeu.
Felizmente, Václav Havel conduziu os checos à União Europeia, espaço que tem garantido um significativo crescimento do país ao longo destes anos.
Se na época da adesão a República Checa fosse liderada Klaus e pelos seus adeptos, bem poderiam os checos ter actualmente uma situação pouco favorável.
Depois de França a Dinamarca - segurança urbana
Quinto dia de distúrbios na periferia de Copenhaga.
Pequenos grupos de jovens emigrantes incendiaram, com cocktails molotov, carros, caixotes do lixo e até um edifício publico, nos subúrbios da capital dinamarquesa.
Depois dos distúrbios que já incendiaram várias cidades francesas, a Dinamarca surge, agora, como o novo palco de violência urbana provocado por grupos de jovens.
A segurança urbana deve começar a ser uma das áreas prioritárias a nível europeu. Segurança que precisa de ter uma dimensão social e de integração, sem esquecer a política de emprego, pois o bastão não é nem pode ser a única resposta a dar, muito menos a única solução, sob pena de se atiçar ainda mais os conflitos existentes nas urbes.
No nosso pacato País, quando comparado com outras realidades europeias, não podemos deixar-nos conformar, uma vez que contamos, nas principais áreas metropolitanas, com focos merecedores de intervenção.
Afinal, e recorrendo aos adágios, as trancas devem ser colocadas antes da casa assaltada e é preferível prevenir do que remediar.
Pequenos grupos de jovens emigrantes incendiaram, com cocktails molotov, carros, caixotes do lixo e até um edifício publico, nos subúrbios da capital dinamarquesa.
Depois dos distúrbios que já incendiaram várias cidades francesas, a Dinamarca surge, agora, como o novo palco de violência urbana provocado por grupos de jovens.
A segurança urbana deve começar a ser uma das áreas prioritárias a nível europeu. Segurança que precisa de ter uma dimensão social e de integração, sem esquecer a política de emprego, pois o bastão não é nem pode ser a única resposta a dar, muito menos a única solução, sob pena de se atiçar ainda mais os conflitos existentes nas urbes.
No nosso pacato País, quando comparado com outras realidades europeias, não podemos deixar-nos conformar, uma vez que contamos, nas principais áreas metropolitanas, com focos merecedores de intervenção.
Afinal, e recorrendo aos adágios, as trancas devem ser colocadas antes da casa assaltada e é preferível prevenir do que remediar.
A dinâmica da mudança
Uma reunião interessante e frutífera, a que se realizou ontem à noite na Secção do Lumiar.
Tive muito gosto em conhecer pessoalmente quem faz deste blog um dos bons exemplos de militância socialista, diária, no País.
Gostei de ouvir o camarada Branquinho dizer que com tantas propostas da candidatura Dar Força aos Militantes, como é que o Miguel Teixeira irá implementá-las no seu mandato.
O Miguel foi objectivo, este é um projecto de quatro anos, período correspondente a dois mandatos que ele quer assumir, não mais, conforme assegurou. E um projecto que se consubstanciará assim que tomar posse, com carácter de implementação imediata: em termos de informação e comunicação directa com o militante, por forma a envolver o militante na vida interna do partido; assim como, arrancará o trabalho das freguesias, preparando, desde já, as autárquicas do próximo ano. E, muitas das propostas não são difíceis de concretizar. Aliás, algumas, pela sua simplicidade, estranha-se como ainda não foram concretizadas. Trata-se de aberturas básicas, mas essenciais, para uma efectiva militância, que têm no militante um activo e não um mero receptor, sem qualquer preocupação no seu envolvimento.
Por outro lado, um projecto partidário não se faz sem a participação das pessoas, não apenas os das listas concorrentes à Comissão Política, mas de todos os militantes. Por isso, gostei de ouvir o Miguel Teixeira dizer, com total abertura, que em termos de utilização das novas tecnologias o PS/Lisboa deve e tem de contar com os camaradas que estão dispostos a participar e assumir este projecto de militância aberto e plural, e no Lumiar há vários camaradas com capacidades e experiência para dinamizar um site, como o blog é disso prova.
O desafio que o Miguel Teixeira de certo modo lançou aos blogueres do PS/Lumiar, para que eles sejam parte envolvida e activa de um site da concelhia que seja efectivamente interactivo com os militantes, é um bom exemplo de que a futura concelhia será dinâmica e contará com todos.
A reforma necessária
Jorge Sampaio salienta a política "corajosa" do Governo na área da saúde
Mais um reconhecido neoliberal, Jorge Sampaio, que destaca a importância do trabalho desenvolvido pelo Governo na área da Saúde.
Mais um reconhecido neoliberal, Jorge Sampaio, que destaca a importância do trabalho desenvolvido pelo Governo na área da Saúde.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
A política para a imprensa cor-de-rosa
La enfermedad que sufre Sarkozy no tiene la gravedad del cáncer de próstata de Mitterrand, pero afecta a un órgano tan vital como es el ego, que sufre de una hipertrofia probablemente irreversible. Siendo una persona tan joven y activa, sobre todo sentimentalmente, la dolencia es seria y de tratamiento difícil.
Um artigo interessante de Lluís Bassets, no El País, evidencia muito do que se esperava e (não) está a acontecer em França com a presidência de Sarkozy.
O Tomás Vasques pergunta, no seguimento da certeira e excelente análise da Cristina, se o Presidente gaulês não terá pés de barro. Pelo menos o Tomás deseja-lhe felicidades no matrimónio. Sobre a sua vida pessoal nem sei que pensar. Há dias li alhures que Bruni se dizia, para já, Primeira-Dama de França e mulher de Sarkozy para o resto da vida. Hoje, ao passar numa banca de jornais, vejo numa revista cor-de-rosa, não sei precisar qual, que a boda está em risco.
Em suma, Sarkozy cavou o túmulo onde está deitado. Prometeu aumentar o poder de compra dos franceses e este, quase um ano depois de estar no poder, não subiu. A reforma do país foi prometida na campanha, por enquanto está a aguardar melhores dias. E, com eleições autárquicas à porta, em que a UMP está à beira de sofrer uma derrota, também não convida, para o calculista Sarkozy, empreender esforços para já.
Todo o mandato político de Sarkozy viveu, praticamente, de Cecilia e Bruni. Haverá mais protagonistas até ao final do mandato. Sinceramente não me admiraria.
Um artigo interessante de Lluís Bassets, no El País, evidencia muito do que se esperava e (não) está a acontecer em França com a presidência de Sarkozy.
O Tomás Vasques pergunta, no seguimento da certeira e excelente análise da Cristina, se o Presidente gaulês não terá pés de barro. Pelo menos o Tomás deseja-lhe felicidades no matrimónio. Sobre a sua vida pessoal nem sei que pensar. Há dias li alhures que Bruni se dizia, para já, Primeira-Dama de França e mulher de Sarkozy para o resto da vida. Hoje, ao passar numa banca de jornais, vejo numa revista cor-de-rosa, não sei precisar qual, que a boda está em risco.
Em suma, Sarkozy cavou o túmulo onde está deitado. Prometeu aumentar o poder de compra dos franceses e este, quase um ano depois de estar no poder, não subiu. A reforma do país foi prometida na campanha, por enquanto está a aguardar melhores dias. E, com eleições autárquicas à porta, em que a UMP está à beira de sofrer uma derrota, também não convida, para o calculista Sarkozy, empreender esforços para já.
Todo o mandato político de Sarkozy viveu, praticamente, de Cecilia e Bruni. Haverá mais protagonistas até ao final do mandato. Sinceramente não me admiraria.
Uma dupla improvável
Será que o DNC "permitirá" um ticket que não contemple Hillary e Barack?
Caro Rui,
É uma questão pertinente que quase conduziria a uma resposta de bom-senso. Todavia, duvido muito que os dois formem equipa. Afinal, quem estaria disposto a correr no segundo lugar? Nenhum, provavelmente.
Caro Rui,
É uma questão pertinente que quase conduziria a uma resposta de bom-senso. Todavia, duvido muito que os dois formem equipa. Afinal, quem estaria disposto a correr no segundo lugar? Nenhum, provavelmente.
Segunda morte em Londres
Exiled Georgian opposition figure dies suddenly
Depois do assassinato de Livtinenko, morre, em Londres, Patarkatsishvili, um dos principais rostos da oposição georgiana.
A capital britânica parece começar a ser palco de ajustes de contas de pessoas dos Estados saídos da defunta União Soviética.
Várias teorias (da conspiração) começaram a surgir. Uma das quais refere o envolvimento do magnata russo Berezovsky, que reside em Londres e que é um dos adversários de Putin.
Para já, o único dado avançado é a morte devido à falha do coração.
A polícia britânica, por enquanto, limita-se a referir que uma autópsia é essencial para apurar a verdadeira causa da morte do magnata georgiano que há poucos meses chegou a ambicionar e esteve perto de conquistar a presidência do seu país, que decorreu no início deste ano. Não visse o seu nome, no final de 2007, manchado por negócios nada lícitos em que o milionário esteve envolvido, conduzindo ao abandono da candidatura, e, provavelmente, o actual Presidente da Geórgia, Saakashvili, poderia ver a sua reeleição comprometida.
Recorde-se que Putin, quando trabalhava na Câmara de São Petersburgo, após a queda da URSS, tinha contactos regulares com Patarkatsishvili.
Para já, seja de causa natural ou não, está instalada a suspeição, uma vez que o seu estado de saúde, pelo que era conhecido, estava em boas condições e recomendava-se.
Depois do assassinato de Livtinenko, morre, em Londres, Patarkatsishvili, um dos principais rostos da oposição georgiana.
A capital britânica parece começar a ser palco de ajustes de contas de pessoas dos Estados saídos da defunta União Soviética.
Várias teorias (da conspiração) começaram a surgir. Uma das quais refere o envolvimento do magnata russo Berezovsky, que reside em Londres e que é um dos adversários de Putin.
Para já, o único dado avançado é a morte devido à falha do coração.
A polícia britânica, por enquanto, limita-se a referir que uma autópsia é essencial para apurar a verdadeira causa da morte do magnata georgiano que há poucos meses chegou a ambicionar e esteve perto de conquistar a presidência do seu país, que decorreu no início deste ano. Não visse o seu nome, no final de 2007, manchado por negócios nada lícitos em que o milionário esteve envolvido, conduzindo ao abandono da candidatura, e, provavelmente, o actual Presidente da Geórgia, Saakashvili, poderia ver a sua reeleição comprometida.
Recorde-se que Putin, quando trabalhava na Câmara de São Petersburgo, após a queda da URSS, tinha contactos regulares com Patarkatsishvili.
Para já, seja de causa natural ou não, está instalada a suspeição, uma vez que o seu estado de saúde, pelo que era conhecido, estava em boas condições e recomendava-se.
Possível dupla para a Casa Branca
Ao que consta, Hillary e John Edwards têm mantido contacto nestes últimos dias, tendo, inclusive, Hilary ido a casa Edwards.
A concretizar-se este entendimento e o apoio de Edwards a Hillary, tal seria o sinal de uma possível e boa dupla com que os Estados Unidos poderiam contar nos próximos quatro anos na Casa Branca.
A Hillary, depois das últimas pesadas derrotas, resta um resultado positivo no Ohio e Texas, no próximo dia 4 de Março. E, em possível caso de igualdade, após estes Estados com Obama, a Pennsylvania, no dia 22 de Abril, será decisivo para o desempate Democrata.
É evidente que a eleição de 134 delegados da Carolina do Norte, em 6 de Maio, é relevante, pelo número de lugares na convenção em causa, mas penso que nessa altura as contas já estarão feitas. Para acompanhar.
A concretizar-se este entendimento e o apoio de Edwards a Hillary, tal seria o sinal de uma possível e boa dupla com que os Estados Unidos poderiam contar nos próximos quatro anos na Casa Branca.
A Hillary, depois das últimas pesadas derrotas, resta um resultado positivo no Ohio e Texas, no próximo dia 4 de Março. E, em possível caso de igualdade, após estes Estados com Obama, a Pennsylvania, no dia 22 de Abril, será decisivo para o desempate Democrata.
É evidente que a eleição de 134 delegados da Carolina do Norte, em 6 de Maio, é relevante, pelo número de lugares na convenção em causa, mas penso que nessa altura as contas já estarão feitas. Para acompanhar.
Bons dados económicos para o PSOE
Espanha cresceu o PIB em 3,8% em 2007 (+1,1pp que a zona euro) e a desaceleração no último trimestre não foi tão grande como parecia, situando-se o cresciemnto nos 3,5%. Apesar do aumento da inflação e do desemprego, a economia espanhola dá mostras de estar sólida (não nos podemos esquecer que Espanha é dos paises europeus aquele que tem neste momento o maior superavit relativo). Pelo que, a argumentação do PP e principalmente do seu candidato para a matéria económica, sofreu um duro golpe com estes novos dados.
Caro Nuno,
São, de facto, boas notícias, as da economia, para o PSOE, que tem no PP um adversário com propostas cada vez mais radicais. Agora, Rajoy até contraria a posição de Esperanza Aguirre, enquanto Presidente da Comunidade de Madrid, e Ana Botella (mulher de Aznar), número dois da Câmara de Madrid, em termos de política de imigração.
Por outro lado, a Galeuscat (CiU, o PNV e o BNG) está a ver se se assume como força preponderante no dia 10 Março, estando na expectativa de ninguém obter maioria absoluta, para travar os seus interesses locais.
Caro Nuno,
São, de facto, boas notícias, as da economia, para o PSOE, que tem no PP um adversário com propostas cada vez mais radicais. Agora, Rajoy até contraria a posição de Esperanza Aguirre, enquanto Presidente da Comunidade de Madrid, e Ana Botella (mulher de Aznar), número dois da Câmara de Madrid, em termos de política de imigração.
Por outro lado, a Galeuscat (CiU, o PNV e o BNG) está a ver se se assume como força preponderante no dia 10 Março, estando na expectativa de ninguém obter maioria absoluta, para travar os seus interesses locais.
A dinâmica da mudança
A dinâmica de mudança que a candidatura Dar Força ao Militante está a gerar no PS/Lisboa tem sido bastante interessante, pois a cada dia que passa sente-se que a mudança está a começar a ter lugar, pois muitos militantes têm aderido e assumido um projecto que é de todos e para todos.
Ontem, o Miguel Teixeira, a Inês Drummond (que teve uma produtiva reunião de apresentação da sua candidatura à Secção de Benfica) e o Nuno Baltazar Mendes reuniram-se com António Costa. Um encontro relevante, pela importância cimeira que o PS tem de servir melhor Lisboa e os lisboetas; e, António Costa, pelo árduo e excelente trabalho que tem desenvolvido na Câmara Municipal, bem precisa de contar com um PS/Lisboa forte e activo.
Hoje à noite, no encontro com os militantes de Campo de Ourique, onde estive, gostei de ver a sala da histórica Padaria do Povo cheia. Foi fácil perceber, pelas inúmeras intervenções, que os militantes de Campo de Ourique querem tanto a sua Secção activa como a Concelhia.
No fundo, nota-se que a desilusão e o afastamento de muitos militantes começa a dar lugar ao interesse e ambição de cada um participar e voltar a contar na vida do partido.
Ontem, o Miguel Teixeira, a Inês Drummond (que teve uma produtiva reunião de apresentação da sua candidatura à Secção de Benfica) e o Nuno Baltazar Mendes reuniram-se com António Costa. Um encontro relevante, pela importância cimeira que o PS tem de servir melhor Lisboa e os lisboetas; e, António Costa, pelo árduo e excelente trabalho que tem desenvolvido na Câmara Municipal, bem precisa de contar com um PS/Lisboa forte e activo.
Hoje à noite, no encontro com os militantes de Campo de Ourique, onde estive, gostei de ver a sala da histórica Padaria do Povo cheia. Foi fácil perceber, pelas inúmeras intervenções, que os militantes de Campo de Ourique querem tanto a sua Secção activa como a Concelhia.
No fundo, nota-se que a desilusão e o afastamento de muitos militantes começa a dar lugar ao interesse e ambição de cada um participar e voltar a contar na vida do partido.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Mais um investimento social
O primeiro-ministro anunciou, esta quarta-feira, um investimento de cerca de 100 milhões de euros na construção de novas 75 creches e de mais 760 salas para o sistema pré-escolar nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Ora cá está mais uma medida do Governo do PS que é, no entender da direita, populista, e, no dos mais à esquerda, neoliberal.
Ora cá está mais uma medida do Governo do PS que é, no entender da direita, populista, e, no dos mais à esquerda, neoliberal.
A coragem de pedir desculpa e fazer Justiça
"As prime minister of Australia, I am sorry. On behalf of the government of Australia, I am sorry. On behalf of the parliament of Australia, I am sorry," Rudd said.
"Personally I think sorry’s a very important word to say," Dorethea Randall, chairwoman of Mutitjulu council told Al Jazeera.
Um dia histórico, na Austrália, com o Primeiro-Ministro, Kevin Rudd, a pedir desculpa ao povo aborígene, pelo que passaram de mau nos últimos 200 anos.
Rudd dá um bom exemplo de como a palavra conta e é importante em política.
Quando se diz que os políticos não têm valores nem causas, eis um bom exemplo de rectidão.
"Personally I think sorry’s a very important word to say," Dorethea Randall, chairwoman of Mutitjulu council told Al Jazeera.
Um dia histórico, na Austrália, com o Primeiro-Ministro, Kevin Rudd, a pedir desculpa ao povo aborígene, pelo que passaram de mau nos últimos 200 anos.
Rudd dá um bom exemplo de como a palavra conta e é importante em política.
Quando se diz que os políticos não têm valores nem causas, eis um bom exemplo de rectidão.
A importância da eleição espanhola na UE
Rajoy plantea un contrato de integración para inmigrantes a escala europea
Esta eleição espanhola tem um alcance mais vasto do que as próprias políticas de âmbito nacional, nomeadamente no âmbito da política de imigração europeia.
Como se referiu aqui há poucos dias:
Uma vitória expressiva de Zapatero em Espanha será um bom exemplo para a Europa, nomeadamente em termos de política de imigração, que se paute por valores e princípios, não pela discriminação e exclusão.
Como se nota, da visita hoje feita por Rajoy a Merkel, a imigração é um assunto cimeiro a nível europeu, e uma vitória do PP significaria a defesa de uma Europa fortaleza, que tem no residente mor do Eliseu um defensor.
A direita europeia tem vindo a distanciar-se do equilíbrio e equidade sociais e tem na imigração uma área de intervenção que procura anular certos fracassos e/ou problemas internos. Obviamente, a imigração é uma matéria delicada, que, contudo, não pode ser tratada com desdém.
A imigração merece mais trato e a própria Merkel devia ter percebido isso, quando o seu partido sofreu uma hecatombe eleitoral, há poucos dias, no land de Essen, devido à campanha xenófoba realizada pelo democrata-cristão e líder do land Koch.
Bem sei que a recente visita de Erdogan, Primeiro-Ministro turco, à Alemanha, causou um certo mal-estar em Merkel, pela defesa que o governante turco fez da língua e tradições turcas. Mas, nem oito nem 80. E a ostracização, como certa direita europeia demonstra ter vontade imprimir, não é bom sinal.
A esperada vitória de Berlusconi em Itália pode ser mais uma achega às pretensões de governantes de direita moldarem, no Conselho Europeu, uma política de imigração europeia que deposita pouca valorização do imigrante nas sociedades europeias.
Mas é Espanha, pela pujança económica e política que tem, e pelo número de imigrantes que conta, que pode determinar esta guinada europeia que Sarkozy pretende dar. Uma vitória de Rajoy seria uma má notícia para a Europa inclusiva que se quer.
Esta eleição espanhola tem um alcance mais vasto do que as próprias políticas de âmbito nacional, nomeadamente no âmbito da política de imigração europeia.
Como se referiu aqui há poucos dias:
Uma vitória expressiva de Zapatero em Espanha será um bom exemplo para a Europa, nomeadamente em termos de política de imigração, que se paute por valores e princípios, não pela discriminação e exclusão.
Como se nota, da visita hoje feita por Rajoy a Merkel, a imigração é um assunto cimeiro a nível europeu, e uma vitória do PP significaria a defesa de uma Europa fortaleza, que tem no residente mor do Eliseu um defensor.
A direita europeia tem vindo a distanciar-se do equilíbrio e equidade sociais e tem na imigração uma área de intervenção que procura anular certos fracassos e/ou problemas internos. Obviamente, a imigração é uma matéria delicada, que, contudo, não pode ser tratada com desdém.
A imigração merece mais trato e a própria Merkel devia ter percebido isso, quando o seu partido sofreu uma hecatombe eleitoral, há poucos dias, no land de Essen, devido à campanha xenófoba realizada pelo democrata-cristão e líder do land Koch.
Bem sei que a recente visita de Erdogan, Primeiro-Ministro turco, à Alemanha, causou um certo mal-estar em Merkel, pela defesa que o governante turco fez da língua e tradições turcas. Mas, nem oito nem 80. E a ostracização, como certa direita europeia demonstra ter vontade imprimir, não é bom sinal.
A esperada vitória de Berlusconi em Itália pode ser mais uma achega às pretensões de governantes de direita moldarem, no Conselho Europeu, uma política de imigração europeia que deposita pouca valorização do imigrante nas sociedades europeias.
Mas é Espanha, pela pujança económica e política que tem, e pelo número de imigrantes que conta, que pode determinar esta guinada europeia que Sarkozy pretende dar. Uma vitória de Rajoy seria uma má notícia para a Europa inclusiva que se quer.
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